Mais de 50 pessoas participaram, em São Paulo, de uma das celebrações do DNCL 2025, marcada por debates sobre Economia Circular e o protagonismo do Sistema Campo Limpo.
A 21ª edição do Dia Nacional do Campo Limpo (DNCL) 2025foi celebrada em diferentes regiões do país, mais de 140 cidades participaram das celebrações. Em São Paulo, a data ganhou destaque especial com um encontro realizado no Espaço Onono, da BASF. O evento reuniu cerca de 50 pessoas, entre empresas associadas, lideranças do setor agrícola e especialistas, para debater os impactos da Economia Circular nos negócios e reforçar o protagonismo do Sistema Campo Limpo na logística reversa das embalagens vazias de defensivos agrícolas.
Abertura e institucionalidade
A abertura contou com a participação de Marilene Iamauti, gerente de sustentabilidade do inpEV, que destacou a nova assinatura institucional do Sistema Campo Limpo, “Por um destino melhor”, e sua importância como símbolo de compromisso coletivo. Em seguida, Jorge Buzetto, presidente do Conselho Diretor do inpEV e diretor de Operações Supply Latam da Syngenta, reforçou a força do DNCL como marco de mobilização setorial e o papel decisivo das empresas associadas.
Marilene Iamauti, gerente de sustentabilidade do inpEV (crédito: inpEV)
“Estou muito orgulhoso do Dia Nacional do Campo Limpo. Essa é uma celebração que ocorre há mais de 20 anos, sempre com a participação ativa de todos os atores do Sistema. Temos trabalhos sociais, de educação, levando conhecimento aos mais diversos públicos. Somos muito orgulhosos do que fazemos e o DNCL é um momento de celebrar o que fazemos todos os dias,”, afirmou Buzetto.
Jorge Buzetto, presidente do Conselho Diretor do inpEV e diretor de Operações Supply Latam da Syngenta (crédito: inpEV)
O público também acompanhou a estreia do novo vídeo institucional, que apresenta os avanços e a visão de futuro do Sistema. Na sequência, Renata Nishio, gerente de assuntos institucionais do inpEV, compartilhou os principais números que demonstram a dimensão do programa em todo o Brasil e apresentou o palestrante convidado.
Renata Nishio, gerente de assuntos institucionais do inpEV (crédito: inpeV)
Economia Circular em destaque
O Professor Flávio de Miranda Ribeiro, especialista em Economia Circular, Logística Reversa e Regulação Ambiental, trouxe uma visão ampla sobre a circularidade como modelo de desenvolvimento.
“Vim aqui no Dia Nacional do Campo Limpo para falar sobre o Sistema Campo Limpo e da sua evolução desde o surgimento até hoje. o Sistema é um exemplo muito bom da economia circular evoluindo a partir da logística reversa. Um sistema que começou coletando as embalagens e que hoje também consegue transformá-las em novas embalagens e novas tampas. Isso mostra uma predisposição das empresas em cumprir a lei e avançar em temas de sustentabilidade rumo a uma economia circular, fazendo com que os recursos fiquem mais tempo em uso na sociedade”, destacou.
Palestra Professor Flávio Ribeiro (crédito: inpEV)
Segundo Ribeiro, essa transformação representa um valor coletivo: “Aquilo que extraímos do meio ambiente precisa ser utilizado por mais tempo, com maior utilidade, e esse é o maior valor para todos nós”.
2025: o ano da Economia Circular no Brasil
O palestrante lembrou ainda que 2025 é considerado o ano da Economia Circular no país, marcado pela publicação da Estratégia e do Plano Nacional de Economia Circular, que contempla 5 eixos estratégicos, 18 micro-objetivos e mais de 70 ações previstas até 2034. O cenário é complementado por avanços em regulamentações de logística reversa, pela realização do World Circular Economy Forum em São Paulo e pelo destaque do tema na COP-30, com debates sobre resíduos e circularidade.
Professor Flávio Ribeiro (crédito: inpEV)
Vozes dos parceiros
As empresas associadas também reforçaram o protagonismo do Sistema Campo Limpo.
Para Paulo Mathias, diretor de Manufatura e Operações de Proteção de Cultivos para a América Latina da BASF a data simboliza um marco. “É um prazer estar aqui hoje celebrando mais um DNCL. Um Sistema que destina mais de 800 mil toneladas de embalagens vazias e se tornou uma referência global para todas as indústrias”.
Na mesma linha, Anna Leticia Malagoli Silva, Coordenadora de Sustentabilidade LATAM – Setor Agro e Ciências da Vida da Sumitomo Chemical Latin America, ressaltou a relevância do programa. “Essa é uma ação muito importante, que enfatiza a logística reversa de embalagens vazias de defensivos agrícolas, comunicando o impacto positivo que proporciona ao meio ambiente. Mostra a referência mundial que o Sistema Campo Limpo é e como, junto com todos os seus elos, orquestra muito bem esse processo. O resultado pode ser visto nas 800 mil toneladas destinadas de forma ambientalmente correta”.
O encontro foi concluído com um espaço para perguntas e interação, no qual os participantes puderam esclarecer pontos e compartilhar percepções. O momento reforçou o espírito de diálogo e cooperação que marca o Sistema Campo Limpo, destacando a importância de integrar diferentes vozes na construção de soluções circulares para o setor agrícola.
Espaço interativo em Guariba (SP) ganha nova estrutura acessível e celebra a sustentabilidade no agro com presença de autoridades do poder público no Dia Nacional do Campo Limpo.
O primeiro andar do Museu do Sistema Campo Limpo conta com uma linha do tempo da história do Sistema e dados de impacto da logística reversa [Foto: Danilo Lysei/CLB]
Guariba (SP) foi palco de uma celebração simbólica para o agro brasileiro: a reinauguração do Museu do Sistema Campo Limpo, totalmente revitalizado, durante o Dia Nacional do Campo Limpo (DNCL) 2025, 18 de agosto. O evento reuniu autoridades, lideranças e convidados em uma programação que reforçou a trajetória do Sistema e sua relevância como referência mundial em logística reversa e economia circular.
Marcelo Okamura na Cerimônia do Dia Nacional do Campo Limpo em Guariba (SP)
A cerimônia contou com a presença do prefeito de Guariba, Dr. Francisco Dias Mançano Junior, do vice-prefeito Daniel Louzada, do Secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), Guilherme Campos Júnior, e da chefe da Divisão da CATI Jaboticabal, Fabiana Ferreira da Costa Gouveia, que representou o Secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Guilherme Piai. Também participaram Chiquinho Matturro, presidente executivo da Rede ILPF e diretor da Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG), e Guilherme Tessari Rocca, presidente do Sindicato Rural de Guariba. Na solenidade, a CropLife Brasil, entidade parceira do Sistema, lançou a sua nova landing page de Logística Reversa, penúltima etapa da Campanha de Boas Práticas Agrícolas vigente.
O Museu reabre suas portas com jogos educativos, experiências sensoriais, conteúdos digitais e novos recursos de acessibilidade, como plataforma elevatória, sinalização inclusiva e materiais adaptados. A revitalização torna a visita mais democrática e interativa, aproximando estudantes, educadores, produtores rurais e comunidades locais dos conceitos de sustentabilidade, logística reversa e economia circular.
Na foto: Daniel Louzada, Vice Prefeito de Guariba; Fabiana Ferreira da Costa Gouveia, Chefe da Divisão da CATI Jaboticabal da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo; Luiz Francisco da Cunha, CEO da SCHÜTZ VASITEX; Marcelo Okamura, diretor-presidente do inpEV; Francisco Dias Mançano Junior, Prefeito de Guariba; Guilherme Campos Júnior, Secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA); Chiquinho Matturro, Presidente Executivo da Rede ILPF, Diretor da Associação Brasileira do Agronegócio – ABAG; Eduardo Leão, diretor-presidente da CropLife Brasil e Bruno Rangel Geraldo Martins, presidente da Coplana.
Instalado em Guariba, cidade que recebeu o projeto piloto da primeira central de recebimento do Sistema Campo Limpo, o espaço ganha ainda mais relevância por estar no berço de uma iniciativa que já destinou corretamente mais de 800 mil toneladas de embalagens de defensivos agrícolas desde sua criação, em 2002.
A iniciativa é viabilizada pela Lei Federal de Incentivo à Cultura – Lei Rouanet regulamentada pelo Ministério da Cultura – Governo Federal, com gestão e coordenação da Coppo Consultoria e Projetos, que também realiza a ação com o apoio do inpEV e patrocínio da Schütz Vasitex e Campo Limpo Reciclagem.
Já o segundo andar, conta com espaço de gamificação, maquete com o caminho da embalagem e estação com painel de vídeo [Foto: inpEV]
O novo espaço traz painéis, jogos e conteúdos digitais que ilustram de forma didática a logística reversa de resíduos e a economia circular. Moderno, educativo e sensorial, os principais destaques da obra estão na habilitação do museu com recursos de acessibilidade – como pisos táteis, elevador, texturas, sonorização e sinalização em Braille – e na entrega de grande painel com conteúdo audiovisual.
Créditos: inpEV
Para Marcelo Okamura, diretor-presidente do inpEV, representante da indústria no Sistema Campo Limpo, a reinauguração representa mais do que uma celebração: “A reinauguração do Museu em Guariba, justamente no Dia Nacional do Campo Limpo, é um marco simbólico que reforça o valor da nossa história coletiva. Foi aqui que tudo começou, com um projeto pioneiro que uniu agricultores, cooperativa, indústria e poder público em torno de uma causa ambiental. Hoje, mais do que celebrar conquistas, queremos inspirar novas gerações a entenderem seu papel na construção de um agro cada vez mais sustentável.”
Realização: Coppo Consultoria e Projetos e Ministério da Cultura – Governo Federal Apoio: inpEV Patrocínio: Schutz Vasitex e Campo Limpo Reciclagem
Com foco em inovação, tecnologia e responsabilidade ambiental, companhia fortalece sua cadeia de suprimentos, amplia a proximidade com os clientes e contribui ativamente para a logística reversa das embalagens vazias de defensivos agrícolas.
Eficiência, sustentabilidade e responsabilidade compartilhada são pilares da estratégia da Albaugh Brasil. Confira a entrevista exclusiva de Marcelo Pace, Diretor de Supply Chain, ao Portal do Sistema Campo Limpo. O executivo destaca os investimentos em pessoas, processos e tecnologia, além da otimização de cargas e rotas, que reduzem emissões e aumentam a competitividade. Empresa também reforça sua participação no Sistema Campo Limpo, promovendo conscientização ambiental e assegurando a destinação correta das embalagens vazias de defensivos agrícolas em todo o país.
1. A Albaugh Brasil tem investido fortemente em eficiência logística nos últimos anos. Quais iniciativas recentes você destacaria como mais estratégicas nesse processo de transformação?
Nos últimos anos, a Albaugh Brasil tem direcionado investimentos estratégicos e significativos para aprimorar nossa eficiência logística, consolidando nosso compromisso inegociável com a satisfação do cliente e a sustentabilidade. Para nós, a logística vai além do transporte; ela é a garantia de que nossos produtos chegam ao agricultor no tempo certo, com a qualidade esperada, contribuindo diretamente para o sucesso de suas safras.
Nossa abordagem estratégica se baseia em três pilares interligados: Pessoas, Processos e Investimentos em Tecnologia. Temos uma equipe altamente qualificada e engajada, formada por profissionais dedicados que revisitam continuamente nossos processos, buscando otimizar fluxos em toda a cadeia para garantir agilidade, transparência e maior controle. Priorizamos a excelência operacional para melhorar cada ponto de contato com o cliente e aprimorar a performance geral. Além disso, a Albaugh investe em sistemas de última geração que nos permitem uma gestão logística robusta e integrada.
Essas soluções nos possibilitam, por exemplo, monitorar a performance e a gestão de todas as nossas operações, garantindo visibilidade e atendimento de excelência ao cliente. Também conseguimos consolidar cargas e roteirizar de forma inteligente, otimizando o transporte e reduzindo o tempo de entrega, e garantimos escalabilidade e alta performance em toda a cadeia, com um sistema de integração global que nos permite agir de forma eficiente em qualquer parte do país.
Complementarmente, com cobertura nacional, temos expandido nossa rede de armazéns para estar mais próximos dos clientes e atender com ainda mais rapidez. Contamos também com a parceria de empresas líderes em transporte na área logística, reforçando nossa capacidade de entrega. Por fim, nossa atuação no Sistema Campo Limpo é parte essencial da experiência responsável que oferecemos aos nossos clientes.
2. Como a otimização de cargas e rotas têm contribuído para tornar as operações da Albaugh mais sustentáveis e com menor impacto ambiental?
A otimização de cargas e rotas, aliada à inteligência dos nossos sistemas avançados, são pilares fundamentais para a sustentabilidade de nossas operações. Ao nos oferecerem uma visão holística e em tempo real de toda a cadeia logística, essas ferramentas nos permitem monitorar e ajustar continuamente o planejamento de cargas e as rotas. Esse ajuste dinâmico resulta em um impacto ambiental significativamente reduzido, com mais quilogramas transportados por veículo e rodando a menor quilometragem possível.
A essência da contribuição reside em nossa capacidade de minimizar o consumo de recursos naturais e reduzir a pegada de carbono. Cada otimização de rota, cada carga completa e cada planejamento inteligente que nossos sistemas habilitam, significam menos quilômetros rodados, menos combustível queimado e, consequentemente, uma menor emissão de gases de efeito estufa. Essa é a base da nossa estratégia de sustentabilidade: as iniciativas são complementares e visam a melhoria da performance somada à redução da pegada de carbono. Nosso foco em eficiência também nos permite identificar e implementar processos que reduzem o desperdício em toda a cadeia, oferecendo serviços confiáveis e ambientalmente responsáveis aos nossos clientes.
3. Esses avanços tecnológicos também trazem impactos positivos em termos de segurança, rastreabilidade e agilidade. Que resultados vocês já conseguem mensurar até aqui?
Os resultados desses avanços tecnológicos são notáveis e mensuráveis em diversas frentes críticas para o nosso negócio e, principalmente, para a satisfação dos nossos clientes. Nossas equipes, apoiadas por sistemas robustos, atuam com maior eficácia e precisão.
Em termos de segurança, a visibilidade aprimorada das operações, garantida pelos nossos sistemas integrados, permite uma ação rápida e assertiva da equipe no eventual caso de um incidente. Isso significa mais segurança para nossos produtos, para nossos parceiros e clientes, e para a comunidade.
A rastreabilidade foi aprimorada de forma exponencial. Com a integração de dados proporcionada pelos nossos sistemas de gestão, temos a capacidade de acompanhar cada etapa do trajeto dos nossos produtos, desde a saída da fábrica e/ou armazém até a entrega final ao cliente. Essa rastreabilidade ponta a ponta assegura que os produtos cheguem aos clientes de forma segura e no prazo estipulado, gerando maior confiança e transparência. Para o cliente, é a certeza de que a informação sobre seu pedido está sempre disponível.
Quanto à agilidade, a otimização dos processos e a capacidade de tomar decisões rápidas, habilitadas pelas informações em tempo real que nossos sistemas oferecem, resultaram em um aumento significativo da nossa capacidade de resposta. A equipe de logística pode responder rapidamente a cenários dinâmicos, garantir que nossos produtos cheguem ao destino com a máxima eficiência e, fundamentalmente, entregar uma experiência logística mais fluida e previsível para nossos clientes.
4. A logística reversa é um elo importante da cadeia de suprimentos da Albaugh. Como a empresa tem atuado dentro do Sistema Campo Limpo para garantir o retorno adequado das embalagens vazias?
A logística reversa é um elo fundamental e intrínseco à nossa cadeia de suprimentos na Albaugh. Temos o orgulho de participar ativamente do Sistema Campo Limpo, que é, sem dúvida, referência mundial em economia circular e um exemplo prático de responsabilidade compartilhada.
Nossa atuação dentro do Sistema Campo Limpo é multifacetada e visa facilitar a vida do agricultor e do distribuidor. Estamos engajados na orientação aos agricultores sobre o uso correto dos defensivos e a importância da destinação correta das embalagens. Divulgamos essas boas práticas através de workshops realizados pela própria empresa ou em parceria com os canais de distribuição parceiros. Os materiais disponibilizados pelo Sistema Campo Limpo, tais como folders e vídeos, são utilizados nessas ocasiões e promovem um conteúdo educativo de grande relevância.
Adicionalmente, expandimos significativamente o alcance das mensagens educativas por meio de nossas plataformas digitais. Nelas, disponibilizamos informações detalhadas e articulamos conteúdos que são disponibilizados pelo Sistema. Essa abordagem integrada garante que os agricultores tenham acesso fácil e rápido a todas as orientações necessárias para cumprir as melhores práticas de logística reversa, reforçando nossa ativa parceria na construção de um ciclo produtivo mais sustentável e eficiente para toda a cadeia.
5. O Sistema Campo Limpo é referência mundial em logística reversa das embalagens vazias de defensivos agrícolas. Para a Albaugh qual a importância de fazer parte desse Sistema?
Fazer parte do Sistema Campo Limpo é mais do que o simples cumprimento de uma obrigação; para a Albaugh, é uma questão de princípio e um reforço tangível do nosso compromisso com a sustentabilidade e a responsabilidade ambiental. Este programa não é apenas um modelo de sucesso, mas um exemplo prático de responsabilidade compartilhada entre todos os elos que envolvem a comercialização de defensivos.
Podemos dizer que a importância para a Albaugh reside em vários aspectos. Primeiramente, reforça nosso posicionamento como uma empresa que não apenas produz, mas se preocupa com o ciclo de vida completo de seus produtos. Ao integrar o Sistema Campo Limpo, contribuímos para fortalecer uma infraestrutura robusta de logística reversa no Brasil, que serve de exemplo global e nos permite alinhar nossas operações com as melhores práticas de economia circular e responsabilidade socioambiental. Acima de tudo, essa participação se traduz em confiança para o nosso cliente, que sabe que o ciclo do produto se encerra de forma correta e segura.
6. Na última semana comemoramos o Dia Nacional do Campo Limpo, celebrado anualmente, em todo território nacional, no dia 18 de agosto. A data é um momento para celebrar os resultados e a união dos elos da cadeia agrícola. A Albaugh participa de alguma ação nesta data?
Sim, definitivamente! O Dia Nacional do Campo Limpo, celebrado anualmente em 18 de agosto, é uma data de grande relevância para a Albaugh. É um momento de celebração dos resultados coletivos e da união dos diversos elos da cadeia agrícola, e a Albaugh participa ativamente dessa data.
Nossa participação se manifesta por meio da promoção de ações de conscientização e educação ambiental. Aproveitamos a oportunidade para reforçar a importância da logística reversa, do descarte correto das embalagens e do papel de cada um nesse processo. São eventos, palestras e campanhas que visam engajar agricultores, distribuidores e a comunidade em geral, destacando os benefícios do Sistema Campo Limpo e incentivando a continuidade das boas práticas.
7. Os avanços da Albaugh em supply chain estão alinhados com os princípios da economia circular. Como a empresa avalia esse papel dentro do agro brasileiro?
Os avanços da Albaugh em supply chain estão intrinsecamente alinhados com os princípios da economia circular, e avaliamos nosso papel dentro do agro brasileiro como fundamental. Ao integrar ativamente práticas de logística reversa e reciclagem, não estamos apenas cumprindo com regulamentações, mas estamos contribuindo de forma proativa para um ciclo produtivo mais eficiente, gerando progresso sustentável ao agronegócio.
Enxergamos o agronegócio como um motor para a inovação e a sustentabilidade. Nosso papel é demonstrar que é possível e vantajoso operar de forma circular, transformando o que antes era considerado resíduo em valor. A Albaugh se posiciona como um agente de mudança, influenciando positivamente toda a cadeia e incentivando a adoção de boas práticas por outros atores do setor. Contribuímos para um agronegócio mais resiliente, com menor impacto ambiental e com um futuro mais promissor para as próximas gerações e, consequentemente, para nossos clientes.
8. Sustentabilidade e competitividade podem caminhar de maneira conjunta? Como equilibrar a busca por eficiência com o compromisso ambiental nas decisões logísticas?
Absolutamente! Acreditamos firmemente que sustentabilidade e competitividade não apenas podem, mas devem caminhar juntas. Elas não são conceitos opostos, mas sim complementares e mutuamente fortalecedoras. O desafio e, ao mesmo tempo, a oportunidade, reside em como equilibrar a busca incessante por eficiência com o compromisso ambiental em todas as nossas decisões logísticas.
A Albaugh aborda esse equilíbrio adotando uma visão de longo prazo e investindo em nossas Pessoas, Processos otimizados e em Tecnologias de ponta que geram valor em ambas as frentes. Por exemplo, a otimização de rotas e o planejamento integrado de nossa cadeia de suprimentos, possibilitados por nossos sistemas avançados, não só reduzem a pegada de carbono, mas também diminuem os custos de combustível e otimizam os tempos de entrega, tornando-nos mais eficientes e competitivos para o mercado. Isso reflete a nossa agenda ESG, onde as iniciativas são complementares e visam melhoria de performance somada à redução de pegada de carbono.
Em essência, investir em práticas sustentáveis nos permite oferecer produtos de alta qualidade e mais competitivos, ao mesmo tempo em que entregamos serviços confiáveis para atender às expectativas de um mercado cada vez mais consciente. É uma equação onde todos ganham: o meio ambiente, a empresa e, fundamentalmente, os nossos clientes, que se beneficiam de uma cadeia de suprimentos mais robusta e responsável.
9. Por fim, a assinatura do Sistema Campo Limpo é “Por um destino melhor”. O que essa mensagem representa para você, à frente da área de supply chain da Albaugh?
A assinatura do Sistema Campo Limpo, “Por um destino melhor”, ressoa profundamente comigo e com toda a equipe de supply chain da Albaugh. Ela traduz a essência do nosso trabalho no dia a dia. Representa um compromisso contínuo e inegociável com a sustentabilidade e a responsabilidade social em todas as nossas operações. Significa que cada decisão logística que tomamos, desde a aquisição de matérias-primas até a entrega final e a logística reversa, é guiada pela visão de construir um futuro mais resiliente e responsável. É a convicção de que nossas ações hoje têm um impacto direto no “destino” do nosso planeta e das próximas gerações. É uma assinatura inspiradora, um lema que nos motiva ainda mais a aprimorarmos nossos serviços, a colaborar e atuar como um exemplo em prol de um agronegócio mais consciente e sustentável para o benefício de todos os elos da cadeia.
10. Espaço aberto para as considerações finais
Gostaria de reiterar que as iniciativas da Albaugh Brasil em eficiência logística sustentável refletem, acima de tudo, nosso compromisso com a confiabilidade e a satisfação do cliente. Nossa jornada é pautada por um investimento estratégico e contínuo no desenvolvimento de Pessoas qualificadas e engajadas, na otimização de Processos bem definidos e na adoção de sistemas de última geração. Tudo isso tem como objetivo primordial fazer a diferença que realmente importa para nossos clientes e para o meio ambiente.
Estamos constantemente buscando maneiras de aprimorar nossas operações, seja através da expansão de nossa infraestrutura logística para reduzir prazos de entrega e estar ainda mais próximos dos clientes, ou fortalecendo nossa atuação em programas como o Sistema Campo Limpo. A sustentabilidade não é um custo, mas um investimento que gera valor, impulsiona a competitividade e nos posiciona como um dos líderes no setor de defensivos, consciente e responsável. É a nossa maneira de construir uma parceria duradoura e de sucesso com cada um dos nossos clientes, utilizando empresas líderes em transporte e tecnologias que garantem escalabilidade e performance global.
Agradeço a vocês por essa oportunidade de compartilhar um pouco mais sobre o trabalho da Albaugh e a nossa participação no Sistema Campo Limpo.
Com quase 25 anos de atuação e atuando no Paraná, a ASSOCAMPOS se consolidou como uma das principais associações do sul do Brasil quando o assunto é logística reversa de embalagens vazias de defensivos agrícolas. Além disso, a associação também se tornou referência em articulação, educação ambiental e responsabilidade socioambiental.
Em entrevista exclusiva ao portal do Sistema Campo Limpo, Janete Zucco, presidente da ASSOCAMPOS, compartilha informações, desafios, conquistas acumuladas e a visão de futuro que guia o trabalho da equipe, sempre em sintonia com os valores de colaboração e responsabilidade ambiental.
Janete Zucco, presidente da ASSOCAMPOS
A ASSOCAMPOS é reconhecida na logística reversa de embalagens vazias de defensivos agrícolas no Paraná. Como foi início da participação da associação no Sistema Campo Limpo e o que motivou esse trabalho?
A nossa fundação foi impulsionada pela promulgação da Lei Federal N° 9.974/00, que introduziu responsabilidades compartilhadas entre os integrantes do Sistema Campo Limpo: agricultores, distribuidores (revendas, cooperativas e empresas do setor fumageiro), indústria fabricante e poder público, com o objetivo de preservar o meio ambiente, assegurando uma destinação final ambientalmente correta para as embalagens vazias de agrotóxicos. Após a promulgação da lei, cada elo do Sistema teve um prazo para se adaptar e cumprir suas obrigações. Sendo que, esta legislação veio a exigir que os distribuidores viessem a possuir instalações adequadas e ambientalmente licenciadas para receber as embalagens vazias pós consumo, necessitando armazená-las temporariamente até que viessem a ser destinadas pelas empresas fabricantes, responsáveis pela destinação final.
Com isso em mente, em 2001, 33 empresas voluntariamente se reuniram para discutir a criação de uma associação que facilitasse o cumprimento coletivo de suas responsabilidades ambientais. Essas empresas, conscientes da importância de uma ação conjunta para atender à legislação, foram fundamentais para a fundação da ASSOCAMPOS em 14 de dezembro de 2001.
Ao longo dos quase 25 anos de atuação, quais os principais resultados e avanços que a ASSOCAMPOS alcançou em parceria com o Sistema Campo Limpo?
Desde nossa fundação, além de atuarmos diariamente focados com a missão de contribuir na preservação ambiental pela logística reversa das embalagens vazias ou contendo resíduos de defensivos agrícolas representando nossos associados em nossa área de atuação, pudemos engajar importantes parceiros em prol do melhor desenvolvimento das atividades. Como o atendimento de mais de 100 ações de Recebimento Itinerante anualmente, atividades estas que visam criar um ponto mais próximo em especial dos pequenos agricultores, que somente no ano de 2024 permitiu que mais de 6.000 agricultores viessem a realizar suas devoluções de forma facilitada, cumprindo com suas responsabilidades legais. Nos orgulhamos que anualmente parceiros como prefeituras municipais, sindicatos rurais, IDR, IAT, ADAPAR, CREA, dentre diversas entidades são convidadas e participam de debates para que as definições dos pontos a serem atendidos venham a ser os mais otimizados. Ao longo desta trajetória pudemos contribuir com diversos projetos desenvolvidos pelo inpEV – entidade que representa a indústria no Sistema – como recebimento e certificação de sacarias de milho tratado pós consumo, recebimento e certificação de embalagens de foliares pós consumo, dentre outros.
Importante destacar que em 30/04/2021 este trabalho realizado foi reconhecido pela Lei Estadual 20.552/2021 como uma atividade de utilidade pública estadual emitido pela Assembleia Legislativa do Estado do Paraná. Motivo de muito orgulho.
Como é o trabalho no dia a dia junto aos produtores rurais da região para promover a conscientização sobre a importância da correta destinação das embalagens vazias?
Entendemos que a difusão de conhecimento aos demais elos do Sistema Campo Limpo começa pela capacitação de nossos colaboradores, sendo que, buscamos mensalmente realizar reuniões de alinhamentos bem como, frequentemente, são realizados treinamentos e capacitações para que estes estejam muito preparados para compartilhar informações a todo e qualquer elo do Sistema Campo Limpo.
Sobre a multiplicação de saberes, nós podemos afirmar que ocorre diariamente seja por canais digitais como whatsapp, e-mail, website ou telefone, bem como, presencialmente em nossas unidades onde nossos colaboradores direcionam os agricultores e usuários de agrotóxicos sobre as corretas práticas e a importância da devolução regular das embalagens pós consumo. Ainda, anualmente, realizamos palestras em instituições de ensino, além de recebermos visitas de alunos, agricultores e profissionais que atuam nos mais diversos setores e atividades que envolvem o manejo com defensivos agrícolas para serem devidamente capacitados e até mesmo certificados como por exemplo em conformidade a Resolução SEMA 57/2014 – que exige que anualmente colaboradores canais de distribuição sejam capacitados para se tornarem multiplicadores das boas práticas para o descarte das embalagens.
A sustentabilidade é uma pauta presente na atuação da ASSOCAMPOS. Quais outras ações e projetos a associação desenvolve visando a preservação ambiental e o desenvolvimento da comunidade local?
Contribuímos fortemente com o Programa de Educação Ambiental (PEA) Campo Limpo na região, que visa conscientizar alunos e professores sobre a importância da gestão sustentável de resíduos, bem como, promover práticas de consumo consciente com temas relacionados ao meio ambiente. Buscamos participar de feiras agrícolas, semanas do meio ambiente, e de grupos técnicos que debatem a preservação do meio ambiente e o desenvolvimento da comunidade local. Em 2025 estamos trabalhando em cinco municípios parceiros: Carambeí, Ipiranga, Irati, Ponta Grossa e Rio Azul, são 48 escolas inscritas quase 3.000 alunos participantes.
Na sua opinião, como a ASSOCAMPOS, em parceria com o Sistema Campo Limpo, contribui para a reputação do agronegócio no Paraná em relação à sustentabilidade e a responsabilidade ambiental?
Podemos afirmar que a ASSOCAMPOS, em parceria com o Sistema Campo Limpo, contribui de forma decisiva para a reputação do agronegócio no Paraná ao promover a logística reversa de embalagens de defensivos com eficiência e responsabilidade. Essa atuação demonstra o compromisso do setor com a sustentabilidade, e fortalecendo o cumprimento da legislação ambiental. Além disso, a associação investe na orientação e educação dos produtores rurais, profissionais que atuam na distribuição e comunidade em geral, o que amplia a conscientização e a adoção de boas práticas no campo.
Com isso, o agro paranaense se posiciona como referência em responsabilidade socioambiental, reforçando sua imagem perante a sociedade, o mercado e os órgãos reguladores.
Quais são os principais desafios que são superados na operação da logística reversa das embalagens vazias?
Desde a nossa fundação, diversos desafios são diariamente superados. Acreditamos que um dos maiores desafios foi de unir cada um dos elos do Sistema Campo Limpo em prol de um objetivo comum. Em seguida, acredito que podemos afirmar que o cumprimento de prazos legais para devolução também tenha sido um desafio superado e que motivou a criação e início das ações de recebimentos itinerantes, criando pontos mais próximos dos agricultores, garantindo o cumprimento de suas responsabilidades legais.
Atualmente, seguimos evoluindo para atender em conformidade às exigências rigorosas de controle ambiental e documental, além de garantir a destinação final adequada das embalagens vazias. Tudo isso exige uma forte articulação entre agricultores, distribuidores, fabricantes e poder público, o que a associação realiza com eficiência por meio do Sistema.
Fale um pouco sobre os planos da ASSOCAMPOS para o futuro e quais projetos estão no radar para os próximos anos.
A ASSOCAMPOS pretende ampliar cada vez mais sua atuação em educação ambiental no campo, com foco na formação contínua dos produtores e demais elos do Sistema Campo Limpo sobre o uso responsável de defensivos e a destinação correta das embalagens vazias. Um dos planos é expandir os pontos de recebimento e fortalecer as ações de recebimentos itinerantes. Também está no radar o investimento em tecnologias de rastreabilidade, digitalização de processos e parcerias com instituições de ensino e pesquisa para desenvolver soluções mais sustentáveis. A meta é seguir contribuindo com a evolução do agronegócio de forma responsável, integrada e ambientalmente segura.
Para você, o que representa ser elo integrante do Sistema Campo Limpo e qual mensagem gostaria de deixar no término desta entrevista?
Ser um elo integrante do Sistema Campo Limpo, especialmente como distribuidor associado à ASSOCAMPOS, representa assumir um compromisso ativo com a sustentabilidade, a responsabilidade ambiental e o futuro do agronegócio. Significa participar de uma cadeia colaborativa que conecta produtores, indústria, associações e sociedade em prol de uma agricultura mais segura e consciente. Como presidente da ASSOCAMPOS, vejo essa participação como uma responsabilidade estratégica: coordenamos de forma conjunta esforços entre agricultores, distribuidores, indústria e poder público para garantir que as embalagens de defensivos sejam destinadas de forma ambientalmente adequada com segurança e eficiência. É um modelo que alia responsabilidade ambiental, engajamento setorial e referência mundial em logística reversa no campo.
Dia Nacional do Campo Limpo em 2024, realizado na cidade de Ponta Grossa-PR, organizado pela ASSOCAMPOS. Foto: Divulgação
Recebimento itinerante realizado na cidade de Irati e organizado pela ASSOCAMPOS. Foto: Divulgação
Ação de recebimento itinerante mostra como agricultores, canais de distribuição, poder público e assistência técnica contribuem para os resultados do Sistema Campo Limpo
Flores da Cunha (RS), cidade localizada na Serra Gaúcha, é reconhecida por ser uma das maiores produtoras de uvas e vinhos do Brasil e o trabalho em parceria entre diferentes elos da cadeia agrícola tem gerado resultados concretos em sustentabilidade. A mais recente edição da ação de Recebimento Itinerante de embalagens vazias de defensivos agrícolas reforçou esse compromisso coletivo, reunindo agricultores, revendas, cooperativas, poder público e entidades técnicas em torno de um objetivo comum: dar o destino correto às embalagens e cuidar do meio ambiente.
Os Recebimentos Itinerantessão ações realizadas em pontos estratégicos, próximos das propriedades rurais, para facilitar que os agricultores façam a devolução das embalagens vazias dentro do prazo legal. Essa modalidade é especialmente importante para pequenos e médios produtores, que muitas vezes têm dificuldades logísticas para se deslocar até as centrais de recebimento. Com apoio de revendas, prefeituras, sindicatos e assistência técnica, essas ações garantem mais capilaridade ao Sistema Campo Limpo e fortalecem a cultura da logística reversa no campo, em que o Brasil é referência mundial.
Recebimento Itinerante – Flores da Cunha – RS
A mais recente edição de 2025 em Flores da Cunha – RS contou com a participação de diversas revendas e cooperativas da região, entre elas: Agrimar, Agroacis, Agrofel, Agrosul, Agro CP, Agrovitti, Cairu, Coopervil, Cooprado, Florença Agro, Safra, Santa Clara, Semear, Serra e Campo e Sonda. A campanha teve ainda o apoio da Prefeitura Municipal, da EMATER-RS, e dos Sindicatos dos Trabalhadores Agricultores Familiares de Flores da Cunha e Nova Pádua.
Neste ano, a revenda Florença Agro foi uma das apoiadoras da ação, ajudando a mobilizar os produtores e orientar sobre os procedimentos para devolução. Para Francinei Bulla, gerente comercial da empresa, a atuação das revendas vai além da venda de insumos. “As revendas atuam como divulgadoras e propagadoras de informações corretas. Ajudamos a levar tecnologia e também a garantir que as embalagens tenham um destino adequado, reforçando práticas sustentáveis.”
Recebimento Itinerante – Flores da Cunha – RS
A Secretaria de Agricultura do município também teve participação ativa na campanha. Tainara Gilioli, chefe de departamento da pasta, destacou a importância dessa continuidade. “Realizamos a campanha há muitos anos. É uma forma de preservar o meio ambiente, evitando que as embalagens cheguem a córregos e matas. Todos os anos cresce a participação e a conscientização dos agricultores.”
O envolvimento da EMATER/RS-Ascar foi essencial no apoio técnico e na conscientização dos produtores. Segundo Fabiano, técnico da entidade: “As campanhas itinerantes facilitam a entrega e ajudam os produtores a cumprir com a obrigação legal. A EMATER orienta sobre o uso correto dos defensivos, a construção dos depósitos e a tríplice lavagem das embalagens.”
No campo, a adesão à iniciativa veio de agricultores de diferentes perfis e gerações. O produtor Plínio Scortegagna, que participa há anos, vê na ação uma prática importante para o bem coletivo. “Participo do recebimento uma vez ao ano. Isso mantém o meio ambiente limpo e saudável.”
Recebimento Itinerante – Flores da Cunha – RS
Já o jovem William Knispel, de 29 anos, mostra como a consciência ambiental vem sendo construída desde cedo. “Desde o colégio sei da importância da devolução. Meu pai tem 65 anos e aprendi com ele a fazer a tríplice lavagem e armazenar corretamente. A gente separa por tipo e devolve no momento certo. Não dá para jogar em qualquer lugar.”
Veja como foi o Recebimento Itinerante em Flores da Cunha em nosso Youtube
O DNCL celebra conquistas ambientais e reforça a importância da responsabilidade compartilhada para a sustentabilidade no campo.
No dia 18 de agosto, o Brasil comemora o Dia Nacional do Campo Limpo (DNCL), data que destaca a união dos elos da cadeia agrícola em prol da sustentabilidade. Confira algumas curiosidades que mostram a importância e o impacto dessa iniciativa:
1. Uma data oficial no calendário nacional
Instituído pela Lei Federal nº 11.657, de 16 de abril de 2008, o DNCL é uma data oficial que reconhece o esforço conjunto de agricultores, indústria, canais de distribuiçao e poder público na destinação correta de embalagens vazias de defensivos agrícolas. Além disso, o DNCL também está instituído no calendário regional de várias cidades, impulsionando ações de conscientização ambiental a partir da realidade local.
Ação do DNCL 2024 em Nova Mutum – MT
2. Mais de 800 mil toneladas de embalagens destinadas corretamente
Desde 2002, o Sistema Campo Limpo já destinou mais de 800 mil toneladas de embalagens vazias de forma ambientalmente correta, consolidando o Brasil como referência mundial em logística reversa no setor agrícola. Isso é motivo de comemorar!
3. Quem move tudo isso são pessoas engajadas
Para cada etapa do processo de logística reversa das embalagens vazias, estão agricultores, técnicos, recicladoras, educadores, estudantes, cooperativas, fiscais e distribuidores. Em 2025, a campanha do DNCL valoriza esses participantes: os protagonistas de um agro mais responsável.
Agricultores Homenageados no DNCL 2024 em Rosário – BA
4. Transformando resíduos em novos produtos
O índice de reciclagem das embalagens vazias que são transformadas é de 95%. O trabalho é feito por meio de 10 recicladoras parceiras do Sistema Campo Limpo, que transformam as embalagens vazias que retornam à cadeia produtiva como matéria-prima para novos produtos, como conduítes, tubos de esgoto e outros artefatos, reduzindo a extração de recursos naturais e promovendo a economia circular. No total, são 38 artefatos homologados.
5. Participação ativa das comunidades
O DNCL é celebrado em mais de 100 cidades brasileiras, com ações que envolvem agricultores, revendas e cooperativas, recicladoras, educadores, estudantes e autoridades locais, promovendo a conscientização ambiental e o engajamento comunitário.
Ação DNCL 2024 em Formosa – GO
6. Reconhecimento internacional
O Sistema Campo Limpo é considerado um dos programas de logística reversa mais eficientes do mundo, servindo de modelo para outros países na gestão de resíduos sólidos e na promoção da sustentabilidade no campo.
7. “Por um destino melhor”: um compromisso coletivo
A nova assinatura do Sistema Campo Limpo, adotada em 2025, simboliza o compromisso contínuo com a responsabilidade socioambiental e a construção de um futuro mais sustentável para todos os envolvidos na cadeia agrícola.
O Dia Nacional do Campo Limpo é uma oportunidade para celebrar sobre as conquistas alcançadas na busca por um agronegócio cada vez mais sustentável, contribuindo para um destino melhor para todos.
Celebre você também o #DNCL2025! Para saber mais, siga o perfil @sistemacampolimpo nas mídias sociais.
Fabrício Soler, advogado e especialista em Direito Ambiental, destaca a organização, a responsabilidade compartilhada e a eficácia do Sistema como inspiração para outras cadeias produtivas
Fabrício Soler
O Sistema Campo Limpo se consolidou como um dos mais bem-sucedidos modelos de logística reversa do mundo. Trata-se de um mecanismo eficaz de destinação ambientalmente adequada de embalagens vazias de defensivos agrícolas, que representa um exemplo de responsabilidade compartilhada entre os diversos elos da cadeia produtiva, conforme destaca Fabrício Soler, advogado especialista em Direito Ambiental, professor e consultor em sustentabilidade, com ampla atuação em políticas públicas e marcos regulatórios de resíduos sólidos.
Em entrevista exclusiva ao Portal do Sistema Campo Limpo, Soler analisou os diferenciais, os marcos normativos e os aprendizados que fazem do Sistema Campo Limpo uma referência dentro e fora do Brasil.
Um modelo nacional de impacto global
Para Soler, o grande diferencial do Sistema Campo Limpo está na sua capacidade de reunir, de forma coordenada e eficiente, os princípios da economia circular, da responsabilidade compartilhada e da logística reversa. O resultado é uma estrutura sólida, com mais de 400 unidades de recebimento espalhadas por todo o território nacional, e com um índice de recebimento superior a 90% das embalagens vazias de defensivos agrícolas, taxa que coloca o Brasil na liderança mundial da sustentabilidade agrícola.
“O Sistema demonstra uma organização exemplar na gestão ambientalmente adequada das atividades de coleta, armazenamento, tratamento e destinação final, incentivando inclusive a produção de novas embalagens com conteúdo reciclado”, pontua Soler.
Responsabilidade compartilhada e base legal sólida
Segundo o especialista, o sucesso do programa que é referência está diretamente relacionado à forma como o conceito de responsabilidade compartilhada, previsto na Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), é colocado em prática. Agricultores, canais de distribuição, fabricantes e a indústria exercem papéis complementares que garantem a eficiência da operação.
“A participação ativa dos agricultores, que realizam a tríplice lavagem e o transporte das embalagens as unidades de recebimento aliada à atuação coordenada do inpEV e das indústrias associadas, garante que a responsabilidade pelo ciclo de vida das embalagens seja efetivamente compartilhada, e não apenas concentrada em um único agente”, destaca.
No aspecto jurídico, Soler enxerga o Sistema Campo Limpo como um norte para outras cadeias que enfrentam o desafio da logística reversa. “A organização, a dinâmica de funcionamento, o financiamento e a operacionalização do Sistema servem como referência para que outros setores se aprimorem, inclusive os que ainda serão regulamentados nos próximos anos.”
Inspiração para outras cadeias produtivas
Ao ser questionado sobre os aprendizados que o Sistema Campo Limpo pode oferecer a outros segmentos, Fabrício Soler foi direto: a articulação e o engajamento entre os diversos agentes da cadeia são o ponto-chave.
“Muitos sistemas de logística reversa ainda não conseguem envolver todos os elos da cadeia, concentrando esforços apenas no fabricante. O Sistema Campo Limpo mostra que é possível operar de forma integrada, com um modelo de governança eficiente, por meio de uma entidade sem fins lucrativos, que reúne credibilidade técnica e compromisso ambiental.”
Marilene Iamauti, gerente de sustentabilidade do inpEV, apresentou dados do Sistema Campo Limpo que reforçam o compromisso dos elos da cadeia agrícola com a logística reversa das embalagens vazias no Brasil
Na manhã do dia 25 de junho, a sede da CNI em São Paulo recebeu o workshop “Descomplicando o Plástico: um workshop para jornalistas”, promovido pela Associação Brasileira da Indústria do Plástico (ABIPLAST). Com o objetivo de qualificar a cobertura jornalística sobre a cadeia do plástico no Brasil, o evento reuniu jornalistas, especialistas, cientistas e apresentou cases empresariais para confirmar dados, esclarecer mitos e dar visibilidade para iniciativas que aliam sustentabilidade e inovação.
Entre os destaques do painel “Casos Reais: Inovação e Circularidade – Quem Está Fazendo Acontecer”, a participação do Sistema Campo Limpo (SCL) chamou a atenção dos jornalistas presentes pela robustez e abrangência do programa. Representando o inpEV, Marilene Iamauti, gerente de Sustentabilidade e porta-voz da indústria no SCL, apresentou os resultados que posicionam o Sistema como uma referência global em logística reversa de embalagens vazias.
“O plástico está em nossa vida de forma intensa. Precisamos de modelos circulares eficazes para lidar com essa realidade e o Sistema Campo Limpo mostra que isso é possível, com escala, rastreabilidade e compromisso multissetorial”, destacou Marilene durante sua fala.
Um modelo de circularidade concreto e replicável
Desde 2002, o SCL já destinou corretamente mais de 800 mil toneladas de embalagens vazias de defensivos agrícolas, das quais cerca de 95% são recicladas, dando origem a produtos como a Ecoplástica®, a Ecocap®, componentes para infraestrutura e transporte, além de outros artefatos homologados como tubos para esgoto e postes de sinalização.
O restante é encaminhado à incineração ambientalmente controlada. A operação cobre todo o país com 411 unidades de recebimento fixas e mais de 4.000 ações itinerantes por ano, promovendo acesso e inclusão de agricultores em todos os estados.
A força do setor e seus desafios: os números do plástico no Brasil
Abrindo o evento, Marcos F. Nascimento, economista-chefe da ABIPLAST, apresentou dados atualizados do setor de transformação e reciclagem de plásticos no Brasil:
A cadeia produtiva reúne mais de 14,1 mil empresas, responsáveis por 378 mil empregos diretos, sendo o 4º maior empregador da indústria de transformação brasileira;
Em 2023, foram produzidas 7 milhões de toneladas de produtos plásticos, com 939 mil toneladas recicladas mecanicamente;
O setor reciclou 24,3% das embalagens plásticas descartadas no país e reinseriu 20,6% dos resíduos plásticos ao mercado na forma de resinas pós-consumo;
Apesar do avanço na circularidade, o setor ainda enfrenta um mercado concentrado e protegido, além de desafios relacionados ao Custo Brasil e à imagem pública do plástico.
Esses dados reforçaram o contexto no qual iniciativas como o Sistema Campo Limpo ganham ainda mais relevância por mostrarem caminhos viáveis, eficientes e já implantados para a circularidade.
Participação de peso e diálogo com a ciência
O workshop foi dividido em dois blocos principais. O primeiro apresentou painéis conceituais e técnicos com nomes de referência como:
Marcos do Nascimento (ABIPLAST) – panorama do setor;
Eloisa Garcia (ITAL) – o papel da ciência nas embalagens sustentáveis;
Anderson Maia (SENAI-SP) – debate entre mitos e evidências sobre o plástico.
Na sequência, o painel de casos reais destacou práticas efetivas implementadas por:
ADS Tigre – reciclagem de tubos;
Valgroup – soluções em filmes flexíveis reciclados;
inpEV – logística reversa agrícola via Sistema Campo Limpo;
ABIPLAST – com o programa Recircula Brasil e a Rede pela Circularidade do Plástico
Educação ambiental e compromisso com o futuro
Durante sua apresentação, Marilene também abordou os avanços em educação ambiental e corresponsabilidade. O Programa de Educação Ambiental (PEA) Campo Limpo, programa do SCL, já impactou 2,8 milhões de alunos e professores, promovendo conscientização e educação ambiental sobre resíduos sólidos.
Além disso, na oportunidade, a gerente de sustentabilidade falou ainda sobre a nova assinatura institucional do programa. “Por um destino melhor”, nova campanha do Sistema, define o compromisso da cadeia agrícola com a sustentabilidade, a corresponsabilidade e a construção de soluções de longo prazo para o uso de plásticos no agronegócio.
Iniciativa de educação ambiental do Sistema Campo Limpo reúne mais de 870 professores e coordenadores pedagógicos em formações presenciais e online com foco em clima, sustentabilidade e cidadania
Em 2025, o Programa de Educação Ambiental Campo Limpo (PEA)mostrou que educar sobre sustentabilidade deve ser uma experiência envolvente, transformadora e cheia de propósito. Comemorando 16 anos de trajetória, o programa traz nesta edição o tema Mudanças Climáticas, abordado sob a ótica da responsabilidade compartilhada na gestão de resíduos sólidos. Ao longo das formações realizadas neste primeiro semestre, 877 educadores mergulharam em conteúdos sobre meio ambiente, clima e cidadania sempre com entusiasmo contagiante.
Formação em Campo Grande (MS)
Foram três encontros presenciais marcantes, em Campo Grande (MS), Carazinho (RS) e Passo Fundo (RS), reunindo professores e coordenadores pedagógicos de diversas escolas, em sua maioria da rede pública. No total, mais de 100 municípios de 16 estados se conectaram ao propósito do programa, somando-se também aos que participaram da formação de professores online ao vivo, com especialistas e atividades interativas.
Formação virtual
Em todas as modalidades, a participação foi calorosa. Os relatos de quem esteve presente revelam a força e o engajamento do encontro entre educação e sustentabilidade:
“Não conhecia o Programa e pensei que seria mais uma daquelas formações chatas […] mas me surpreendi com o PEA Campo Limpo! Fiquei encantada com a organização. Parabéns aos organizadores. Quero bis!”
— Educadora de Passo Fundo (RS)
“Excelente e esclarecedora a formação, meus alunos estão super empolgados nas atividades.” — Professor de Carazinho (RS)
“Simplesmente perfeito. Tem que contar para todo mundo, para o mundo mudar.” — Participante da formação virtual
Formação em Carazinho (RS)
O conteúdo apresentado, como o jogo “Amigos do Clima”, sequências didáticas e propostas práticas foi apontado como um verdadeiro aliado em sala de aula, alinhado à BNCC (Base Nacional Comum Curricular), à Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) e aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Educadores destacaram a facilidade de aplicar os temas propostos, promovendo o engajamento dos estudantes em projetos significativos.
As formações também contaram com a condução da especialista Sheila Ceccon, pedagoga, mestre em educação e referência nacional em projetos de formação de professores com foco em sustentabilidade e cidadania, que trouxe dinâmicas participativas e reflexões potentes para os encontros. Um dos momentos mais marcantes foi a atividade voltada para o concurso de Desenho e Redação 2025 — “Repórter do Clima”, que tem como proposta estimular crianças a observarem e refletirem sobre as mudanças climáticas em suas comunidades. A dinâmica ajudou os educadores a se familiarizarem com a proposta do concurso e a planejarem sua aplicação em sala de aula. Os trabalhos dos alunos poderão participar da Etapa Local e, posteriormente, da Etapa Nacional, celebrada no mês de outubro fortalecendo o protagonismo infantojuvenil na construção de soluções para o planeta.
Outro ponto alto foi a presença dos coordenadores pedagógicos, que representaram cerca de 15% dos participantes. Com seu papel de multiplicadores do saber, eles ampliarão ainda mais o alcance das formações dentro das escolas.
Empresa de origem japonesa, integrante do Sistema Campo Limpo, investe em tecnologia de ponta, pesquisa, desenvolvimento e inovação para reforçar seu compromisso com o agricultor e com a responsabilidade ambiental
Andrea Rodrigues, gerente de registro da IHARA
Em entrevista exclusiva ao Portal do Sistema Campo Limpo, Andrea Rodrigues, gerente de registro da IHARA, empresa brasileira e especializada em pesquisa e desenvolvimento de soluções para agricultura, fala sobre a importância da sustentabilidade como pilar de desenvolvimento para o futuro da agricultura no Brasil e apresenta iniciativas que estão sendo desenvolvidas pela companhia.
A executiva também ressalta o orgulho de fazer parte do Sistema Campo Limpo e comenta sobre a importância de programas de educação e conscientização no campo.
Confira a entrevista:
Com 60 anos, a IHARA tem uma história sólida e é reconhecida por ser uma empresa inovadora. Como você avalia o papel da inovação na promoção de boas práticas agrícolas no campo?
A IHARA segue direcionando todo o seu potencial em tecnologias sustentáveis, produtivamente eficientes e ambientalmente seguras, trazendo moléculas cada vez mais modernas, desenvolvidas no Japão, porém adequando-as à realidade da agricultura brasileira. Essas novas moléculas contribuem para que possamos desenvolver formulações mais concentradas e com menor dose de aplicação, sendo seletivas e de baixo impacto ambiental. Isso resulta também na redução dos custos logísticos, otimização de espaço de armazenamento e menor retorno de embalagens. Além disso, as bulas dos nossos produtos estão cada vez mais amplas para controlar o maior número de alvos de uma única vez, com o objetivo de alcançar o máximo potencial produtivo e reduzir o número de entradas nas lavouras. Estamos também investindo em produtos biológicos, que contribuem com os químicos em um manejo cada vez mais integrado, eficiente e racional.
Quais iniciativas internas ou externas da IHARA se destacam na promoção de uma agricultura mais responsável e ambientalmente equilibrada?
Nossa prioridade é garantir que os agricultores utilizem defensivos agrícolas de maneira correta e segura, respeitando as boas práticas, dosagens recomendadas e empregando Equipamentos de Proteção Individual (EPI). Para isso, realizamos diversos treinamentos de conscientização para nossos clientes durante todo o ano. Na indústria, priorizamos o uso responsável dos recursos naturais, com foco no tratamento da água utilizada nos processos, na redução das emissões de CO₂ e na destinação adequada dos resíduos. Também buscamos reduzir constantemente os índices por unidade produzida. Anualmente, a IHARA publica um relatório de sustentabilidade, baseado em quatro pilares: garantir o uso correto dos produtos e proteger o agricultor, reduzir as emissões de CO2 e diminuir os resíduos e o consumo de água de nossos processos, além de destinar e tratar corretamente tanto o resíduo quanto a água.
Na sua visão, qual é a importância da conscientização de agricultores sobre o descarte correto de embalagens vazias de defensivos agrícolas? Como a IHARA contribui para esse trabalho de conscientização no campo?
A conscientização sobre o descarte correto de embalagens vazias de defensivos agrícolas é essencial para a segurança do trabalhador rural, a preservação do meio ambiente e a sustentabilidade da cadeia do agronegócio como um todo. É fundamental que os agricultores tenham acesso contínuo a informação, orientação e estrutura para realizar esse processo de forma segura e responsável, dentro das boas práticas agrícolas. Nesse contexto, a IHARA contribui por meio de iniciativas como o programa Cultivida, criado em 2012, que incentiva o uso correto e seguro dos defensivos, promove treinamentos sobre o uso de EPIs e aborda temas como tecnologia de aplicação e destinação adequada de embalagens.
O Sistema Campo Limpo é referência mundial em logística reversa de embalagens vazias de defensivos agrícolas. Como a IHARA se conecta com o Sistema e como essa parceria reforça os compromissos da empresa com a responsabilidade ambiental?
A IHARA se orgulha de ser integrante do Sistema Campo Limpo e reconhece a importância da logística reversa como parte essencial do compromisso com a responsabilidade ambiental. Essa parceria garante que as embalagens vazias de nossos produtos tenham a destinação correta, evitando impactos ao meio ambiente e promovendo a sustentabilidade no campo. Um exemplo concreto desse compromisso é a nossa fábrica de embalagens, localizada em Sorocaba (SP), onde parte das bombonas produzidas são feitas com material reciclado proveniente do próprio Ssistema. Ao reintegrar essas embalagens recicladas ao nosso processo produtivo, fechamos um ciclo sustentável e reafirmamos nosso papel ativo na construção de uma agricultura mais segura, responsável, sustentável e alinhada com as melhores práticas ambientais.
A IHARA participa ou apoia alguma ação ou programa voltado para a educação ambiental? Pode compartilhar algum exemplo?
Sim. Desde 2012, a IHARA desenvolve o programa Cultivida, com o objetivo de incentivar o uso correto e seguro dos defensivos agrícolas, especialmente entre pequenos e médios produtores. A iniciativa vem, desde então, promovendo a doação de EPIs e oferecendo treinamentos sobre temas fundamentais, como uso seguro de defensivos, tecnologia de aplicação, descarte adequado de embalagens e boas práticas no campo.
O programa reflete os valores da IHARA — Cuidar do Nosso Planeta, Nosso País, Nossa Gente e Servir com Excelência os Clientes — e reforça nosso compromisso com o uso responsável dos produtos, principalmente em regiões onde o trabalho no campo é feito por famílias e pequenos agricultores, que merecem suporte e orientação para garantir mais segurança e sustentabilidade na produção.
Fale um pouco mais sobre o programa Cultivida.
O Programa Cultivida é um programa amplo e que existe há 13 anos. Foi dividido em duas grandes etapas. A primeira teve início em 2012. Nos primeiros cinco anos, nós visitamos 21 municípios brasileiros, de diferentes regiões, com o foco em pequenos e médios produtores rurais, com áreas de frutas, legumes e verduras. O objetivo foi realizar um levantamento completo e contamos com uma equipe de apoio da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), com a liderança professor doutor Ângelo Zanaga Trapé, que é médico toxicologista e nos auxiliou na parte de capacitação técnica de saúde, bem como na avaliação das condições de saúde da população rural envolvida com atividades agrícolas. Na ocasião, nenhum caso de intoxicação ou outro problema foi constatado.
Além disso, ministramos treinamentos sobre diversos temas relacionados ao uso correto e seguro dos defensivos e EPI´s, tecnologia de aplicação, destinação final de embalagens, dentre outros, beneficiando 5.366 profissionais da agricultura e capacitando cerca de 2 mil agentes de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS), em todas as cidades que passávamos. Ainda nessa primeira fase, levamos entretenimento para as famílias, sempre com o tema de boas práticas agrícolas, em dois dias de evento, que também reunia os profissionais de saúde local.
Desde 2017, quando iniciamos a segunda fase, o programa distribui gratuitamente EPI´s, além de levar informações e promover treinamentos sobre aplicação, uso correto e seguro, boas práticas agrícolas e demais temas de interesse. Ao todo já foram entregues por meio do programa mais de 2 milhões de EPIs, beneficiando milhares de agricultores.
A missão da IHARA é contribuir para que a produtividade da agricultura continue a alimentar e mover o mundo. Sabendo que a produtividade no campo está diretamente ligada à sustentabilidade, como vocês equilibram produtividade com sustentabilidade nas soluções que oferecem aos produtores rurais?
Na IHARA, acreditamos que produtividade e sustentabilidade caminham juntas. Nosso foco é desenvolver soluções inovadoras com diferentes modos de ação, especialmente adaptadas à realidade de um país tropical como o Brasil, onde o clima favorece o maior número de ciclos de pragas, doenças e plantas daninhas ao longo do ano. A aplicação repetida de produtos com o mesmo modo de ação favorece o surgimento de resistências, comprometendo a eficiência no campo. Por isso, investimos constantemente em pesquisa e desenvolvimento para oferecer tecnologias que contribuam com o manejo de resistência, auxiliando o produtor a proteger sua lavoura de forma eficaz, segura e sustentável — sempre respeitando o meio ambiente e garantindo o uso responsável dos defensivos. Dessa forma, conseguimos equilibrar alta produtividade no campo com boas práticas que respeitam o meio ambiente e promovem a sustentabilidade ao longo de toda a cadeia agrícola.
Por fim, olhando para o futuro da agricultura no Brasil, quais são os compromissos da IHARA para continuar contribuindo de forma ativa com um setor produtivo e sustentável?
Com o crescimento da população mundial e a consequente demanda por mais alimentos, a agricultura seguirá como um setor estratégico nessa equação. No entanto, o aumento da resistência de pragas, doenças e plantas daninhas aos defensivos atualmente disponíveis representa um desafio crescente para produtores e para a indústria. Diante desse cenário, a IHARA mantém o compromisso de investir continuamente em inovação tecnológica, desenvolvendo soluções mais eficazes, seguras e sustentáveis. Sempre com o foco no meio ambiente. Isso inclui o avanço em novas formulações químicas, o uso de biotecnologia e o incentivo à adoção do manejo integrado, sempre com foco em proteger o potencial produtivo das lavouras e contribuir para uma agricultura cada vez mais responsável e eficiente.
Espaço aberto para considerações finais.
A IHARA reforça seu compromisso com o agricultor brasileiro, que é a razão da nossa existência, investindo em inovação, segurança e sustentabilidade. Acreditamos que o futuro da agricultura passa pelo uso consciente da tecnologia e por soluções que aliam produtividade, responsabilidade ambiental e respeito à vida no campo.