ACAP tem trabalho próximo com agricultores e posiciona Sistema Campo Limpo no Pará

Com quase 23 anos de atuação, a Associação do Comércio Agropecuário do Pará (ACAP) nasceu da necessidade de um grupo de revendas locais em estruturar um Sistema organizado de logística reversa de embalagens vazias de defensivos agrícolas no estado. Hoje, é uma das principais referências regionais do Sistema Campo Limpo, ao desempenhar um papel fundamental na conscientização e orientação dos produtores rurais.
Presente em Paragominas (PA), ACAP é reconhecida por seu trabalho de proximidade com agricultores de diferentes perfis, pelo incentivo às boas práticas ambientais e pelo compromisso com a sustentabilidade. Na entrevista a seguir, Tâmara de Sousa Reis, gerente administrativa da associação, fala com exclusividade ao Portal do Sistema Campo Limpo sobre as conquistas, desafios e o impacto das ações da ACAP no fortalecimento da logística reversa de embalagens vazias de defensivos agrícolas no Pará.

1. A ACAP tem uma atuação muito importante em um estado estratégico como o Pará. Conte um pouco sobre a história da associação e sobre a atuação na região.
A ACAP nasceu de uma necessidade. Em 2001, seis revendas do estado se uniram para buscar uma solução, já que não havia nenhuma central de recebimento no Pará. Encontraram um espaço, estruturaram a associação e começaram a trabalhar. Dois anos depois, firmamos convênio com o inpEV e, desde então, seguimos em atividade, consolidando nossa atuação ao longo de mais de duas décadas e fortalecendo o Sistema Campo Limpo aqui na região.
2. Quais têm sido os principais resultados da ACAP no fortalecimento da logística reversa das embalagens vazias de defensivos agrícolas no Pará?
No Pará, a ACAP é pioneira e tem 23 anos de trajetória. Um de nossos grandes diferenciais é a proximidade com os agricultores. Gostamos de estar presentes nos recebimentos itinerantes, porque eles permitem dialogar diretamente com os pequenos produtores, visitar propriedades e orientar sobre armazenagem e devolução correta. Essa parceria fortalece a confiança e garante melhores resultados. Hoje, temos índices muito positivos no recebimento das embalagens vazias e isso reflete o engajamento dos produtores rurais e a eficácia da comunicação direta e assertiva.
3. O Pará possui realidades agrícolas muito diversas, do pequeno ao grande produtor. Como a ACAP trabalha para dialogar com o agricultor e conscientizar todos esses perfis sobre a importância da devolução das embalagens?
Gosto de destacar nossa parceria com a APROSOJA, que é a Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado do Pará, o que nos aproxima de produtores de diferentes portes. Por meio desse grupo, enviamos comunicados, textos e áudios sobre agendamentos e sobre a tríplice lavagem. Além disso, utilizamos nossas redes sociais e participamos ativamente de eventos do setor agrícola, reforçando nossa presença e mantendo uma comunicação próxima com agricultores em todo o estado.
4. A responsabilidade compartilhada é um dos pilares do Sistema Campo Limpo. Na visão da ACAP, qual é o papel das associações nesse processo coletivo?
As associações são fundamentais por serem locais de recebimento, informação e troca de conhecimento, elo importante e que ajuda o funcionamento do Sistema. Todo o trabalho de destinação correta passa pelas centrais e postos, que garantem que o material chegue até recicladores e incineradores. Nosso papel é conectar os elos da cadeia, ajudar o meio ambiente e assegurar que as embalagens tenham a destinação adequada. Todos são importantes para a correta destinação, proteção ao meio ambiente e fico feliz por também contribuirmos por meio da ACAP.
5. Além do correto destino das embalagens vazias de defensivos agrícolas, quais outras boas práticas ligadas à sustentabilidade e ao agro responsável têm sido incentivadas pela ACAP?
Além dos recebimentos itinerantes e das conversas diretas com os produtores, temos orgulho do trabalho com o Programa de Educação Ambiental (PEA) Campo Limpo. É muito gratificante levar conhecimento às crianças, visitar escolas e aproximar a nova geração do tema sustentabilidade. Também mantemos parcerias com prefeituras, como a de Paragominas, para expandir o alcance de nossas ações em comunidades próximas, como Vila Canaã, onde há muitos pequenos produtores. Essas iniciativas fortalecem a cultura da responsabilidade socioambiental e geram impactos positivos duradouros.
6. A assinatura “Por um destino melhor” traduz a essência do Sistema Campo Limpo e inspira as ações em prol da sustentabilidade. De que forma essa mensagem está ligada com a missão e o dia a dia da ACAP no Pará?
O Pará tem uma vocação agrícola muito forte, e isso exige responsabilidade. A assinatura “Por um destino melhor” reflete exatamente nosso compromisso: unir esforços para garantir que as embalagens tenham a destinação correta, reduzindo impactos e protegendo o futuro do campo. Para isso, precisamos estar sempre ativos na comunicação, seja por meio de eventos, visitas ou recebimentos itinerantes. Sabemos que nem todos os produtores têm acesso fácil à internet ou telefone, e é por isso que fazemos questão de estar presentes no dia a dia, levando informação e reforçando a importância da logística reversa.