ADICER: 25 anos promovendo sustentabilidade e boas práticas no agro mineiro com o Sistema Campo Limpo
Associação do Cerrado de Minas reforça seu compromisso na logística reversa de embalagens vazias de defensivos agrícolas e colabora ativamente com os resultados dentro do Sistema Campo Limpo

A Associação dos Distribuidores de Insumos Agrícolas do Cerrado (ADICER) completou recentemente 25 anos de história fortalecendo o agronegócio mineiro com foco em representatividade, ética e responsabilidade ambiental. Fundada em 1999, em um cenário de crise econômica e desafiador, a ADICER surgiu como uma resposta coletiva para unir esforços, garantir segurança regulatória e fortalecer seus associados. Hoje, representa 66 empresas com 145 unidades espalhadas pelo Triângulo Mineiro, Alto Paranaíba, Norte e Noroeste de Minas Gerais, consolidando-se como referência em articulação institucional, desenvolvimento sustentável e sendo parte integrante do Sistema Campo Limpo para promover a correta destinação das embalagens vazias de defensivos agrícolas.
Com uma atuação marcada pela inovação e compromisso ambiental, a ADICER se destaca pelo seu sistema estruturado de logística reversa e por programas educacionais como o Campo Legal e o Passo Agro. Além de mobilizar o setor em prol de boas práticas, também busca inspirar as novas gerações de profissionais e produtores rurais comprometidos com um agronegócio mais sustentável. Em entrevista exclusiva ao Portal do Sistema Campo Limpo, Daniel Martins de Oliveira, presidente executivo da associação, conta um pouco sobre essa trajetória e trabalho desenvolvido.

Confira abaixo o bate-papo:
1- A ADICER completou 25 anos de atuação. Quais os marcos dessa trajetória você destaca como mais importantes para o setor agrícola?
Ao longo desses 25 anos, nossa maior conquista foi unir forças para representar com firmeza os interesses dos nossos associados. A criação da ADMinas Plus, por exemplo, ampliou nossa representatividade junto aos órgãos públicos e fortaleceu a atuação em defesa do setor. Além disso, desenvolvemos ações estruturantes como a logística reversa, que hoje garante o recolhimento de mais de 772 toneladas de embalagens por ano, quase metade de tudo que é coletado em Minas Gerais.
2. A logística reversa é uma das frentes mais relevantes da associação. Como esse trabalho é conduzido?
Trabalhamos com uma rede de 14 postos licenciados, estrategicamente localizados para atender as principais regiões produtoras do estado. Além da coleta, seguimos rigorosamente todas as normas ambientais, garantindo que as embalagens vazias tenham destinação correta via Sistema Campo Limpo. Isso é possível graças ao engajamento dos nossos associados, ao investimento contínuo em infraestrutura e ao compromisso com o meio ambiente.
3. A sustentabilidade também aparece em projetos como o Campo Legal e o Passo Agro. Conte um pouco sobre essas ações e seus impactos ao meio ambiente.
O Campo Legal atua na formação de agricultores e técnicos para combater o uso de defensivos ilegais. Já o Passo Agro tem um papel educacional, levando valores como ética, legalidade e responsabilidade técnica para as universidades e instituições de ensino. São ações que geram impacto direto na formação de profissionais e na segurança do setor agrícola.
4. A ADICER também investe no bem-estar de seus colaboradores. Como isso se conecta com a cultura da sustentabilidade?
Acreditamos que sustentabilidade começa dentro de casa. Por isso, garantimos condições de trabalho adequadas, fornecemos EPIs e promovemos treinamentos constantes sobre segurança, meio ambiente e boas práticas operacionais. Esses cuidados refletem nosso compromisso com a responsabilidade social e com a valorização das pessoas que fazem a ADICER acontecer.
5. No ano passado, Minas Gerais foi o 8º estado que mais destinou embalagens vazias de defensivos agrícolas no Sistema Campo Limpo. Sendo 4.403 toneladas e colaborando para os expressivos números de recebimentos. Como vocês avaliam a importância desse trabalho para a sustentabilidade?
Acreditamos que sustentabilidade começa dentro de casa. Por isso, garantimos condições de trabalho adequadas, fornecemos EPIs e promovemos treinamentos constantes sobre segurança, meio ambiente e boas práticas operacionais. Esses cuidados refletem nosso compromisso com a responsabilidade social e com a valorização das pessoas que fazem a ADICER acontecer.
6. O que representa ser um importante elo do Sistema Campo Limpo, o maior programa mundial de logística reversa de embalagens vazias de defensivos agrícolas?
É algo muito importante para nós. Onde a ADICER atua, sempre abrimos portas com o poder público, estabelecemos o Dia Nacional do Campo Limpo nas cidades e também divulgamos o PEA Campo Limpo, para falar sobre educação ambiental. A última cidade a incluir o Dia Nacional do Campo Limpo como atividades oficiais do município, foi a cidade de Buritizeiro-MG e isso é muito importante para a divulgação da sustentabilidade real, que devemos ser ambientalmente corretos e sermos sustentáveis. O produtor faz sua parte e nós estamos aqui para ajudá-los a fazer sua parte. É uma preocupação legitima de ter o campo limpo, tendo em vista a necessidade de sempre aumentar a produtividade, a produção de alimentos, geração de empregos entre outras ações. Além disso, também destaco a propagação do conhecimento e boas práticas por meio de materiais e informativos com orientações aos produtores rurais.
7. Para o futuro, o que podemos esperar da ADICER em relação à sustentabilidade e boas práticas?
Nosso foco está em ampliar ainda mais a eficiência das ações existentes e investir na educação como ferramenta de transformação. Queremos fortalecer o relacionamento com universidades, expandir a cultura da responsabilidade compartilhada e continuar sendo referência em boas práticas no agronegócio brasileiro.