inpEV divulga vencedores de concurso de redação e desenho do PEA Campo Limpo

Com o tema “Casa Ecoeficiente”, seis trabalhos, produzidos por alunos dos 4º e 5º anos do ensino fundamental, foram reconhecidos

O Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV) divulgou, na última quarta-feira (18/10), os vencedores dos concursos de redação e desenho do Programa de Educação Ambiental (PEA) Campo Limpo. Foram reconhecidos seis trabalhos – três redações e três desenhos – produzidos por alunos dos 4º e 5º anos do ensino fundamental, dos estados da Bahia, Goiás, Mato Grosso do Sul, Paraná e São Paulo.    

Os concursos de desenho e de redação integram o conjunto de atividades propostas para as escolas participantes do PEA Campo Limpo, cujo foco é a responsabilidade compartilhada pela gestão dos resíduos sólidos. Após entrarem em contato com o conceito da ecoeficiência, abordado na edição de 2023 do PEA, os estudantes tiveram o desafio de produzir os trabalhos com tema “Casa Ecoeficiente”.    

“Na edição deste ano, o PEA atingiu mais de 261 mil alunos em todo o Brasil. Nesses excelentes trabalhos apresentados nos concursos, os estudantes imprimem os conteúdos abordados em sala de aula e refletem sobre a importância da adoção de práticas sustentáveis em suas vidas”, destaca Marcelo Okamura, presidente do inpEV.    

Os concursos contaram com a participação de alunos de instituições de ensino de 19 estados brasileiros, localizadas no entorno de 100 unidades de recebimento de embalagens vazias que integram o Sistema Campo Limpo. Os desenhos foram elaborados pelos alunos do 4º ano e as redações pelos estudantes do 5º ano.  

Após passarem por uma etapa local, realizada pelas unidades de recebimento, um total de 157 trabalhos foram selecionados para a etapa nacional. Por fim, uma comissão julgadora – formada por educadores, jornalistas e designers – escolheu os seis trabalhos vencedores.    

Confira, abaixo, os trabalhos selecionados: 

inpEV conquista Selo Bronze no programa GHG Protocol

A solenidade de lançamento da publicação dos inventários de emissões de gases do efeito estufa (GEE), do Ciclo 2023, do GHG Protocol, ocorreu na terça-feira (24/10), em São Paulo

O Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV) acaba de ser reconhecido com o Selo Bronze no Programa Brasileiro GHG Protocol, desenvolvido pelo Centro de Estudos em Sustentabilidade (FGVces), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), e World Resources Institute (WRI). Em seu primeiro ano de participação, o inpEV apresentou um Inventário de emissões de gases de efeito estufa (GEEs) no Registro Público de Emissões do programa. 

A solenidade de lançamento da publicação dos inventários do Ciclo 2023 ocorreu na terça-feira (24/10), no Evento Anual do Programa Brasileiro GHG Protocol, realizado no Auditório da FGV EAESP, em São Paulo. 

O Inventário é um diagnóstico realizado para determinar as fontes de emissões das atividades produtivas e quantificar o lançamento na atmosfera. Fazer essa contabilidade significa organizar corretamente a quantidade de emissões e suas origens, fundamental para que as organizações cumpram seus acordos e metas de descarbonização. 

“O Inventário é o primeiro passo que damos para avançarmos em ações cada vez mais sustentáveis, nesse caso com foco na descarbonização da economia. Com isso, estamos também cumprindo um compromisso firmado no nosso Relatório de Sustentabilidade, ao mapearmos e quantificarmos nossas emissões de gases do efeito estufa para destinar corretamente as embalagens de defensivos agrícolas pelo Sistema Campo Limpo”, destacou Marcelo Okamura, presidente do inpEV. 

O Programa Brasileiro GHG Protocol foi criado em 2008 e é responsável pela adaptação do método ao contexto brasileiro e pelo desenvolvimento de ferramentas de cálculo para estimativas de lançamentos de gases do efeito estufa (GEE). Um de seus objetivos é estimular a cultura corporativa de Inventário de emissões de GEE no Brasil para uma agenda de enfrentamento às mudanças climáticas nas organizações.

inpEV participa de evento no Peru

O presidente do Instituto, Marcelo Okamura, ministrou palestra, no dia 29 de novembro, no X Congresso da REDEMPA e do I Congresso Internacional de Fiscais de Controle

O Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV) esteve presente no X Congresso da REDEMPA (Rede Latino-americana de Ministério Público Ambiental) e do I Congresso Internacional de Fiscais de Controle, que ocorreu de 29 de novembro a 1º de dezembro, em Lima, no Peru. 

O presidente do inpEV, Marcelo Okamura, participou da mesa “Objetivos do Desenvolvimento Sustentável na América Latina”, realizada no primeiro dia do evento. “Foi uma ótima oportunidade de compartilharmos o case de sucesso que é o Sistema Campo Limpo, para um público muito qualificado.”, destacou Marcelo Okamura, presidente do inpEV. 

O congresso teve como tema “Governança Ambiental e Controle Funcional na América Latina” e reuniu palestrantes de diversos países, como representantes do Ministério Público e ambientalistas. Houve também debates de temas como: “Corrupção e meio ambiente”, “Desastres naturais e proteção do meio ambiente”, “Cidadania e governança ambiental”.

inpEV participa da Semana Lixo Zero, da UFMS

No evento acadêmico, representantes do Instituto ministraram palestras sobre o Sistema Campo Limpo e economia circular

O Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV) esteve presente na Semana Lixo Zero, da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul. A Gerente de Sustentabilidade, Marilene Iamauti, a Coordenadora de Educação, Fernanda Cardozo, e o Coordenador Regional de Operações, Hamilton Flandoli, ministraram palestras sobre o Sistema Campo Limpo e economia circular.  

Os palestrantes abordaram o conceito de economia circular e relacionaram às atividades desenvolvidas pelo inpEV, por meio do Sistema Campo Limpo, destacando a estrutura, os resultados e impactos positivos gerados pelo programa, que é referência mundial em logística reversa de embalagens vazias de defensivos agrícolas.  

“Tivemos oportunidade de falar com um público diverso, formado por estudantes de vários cursos, para além do agro. Os participantes estavam realmente muito interessados no tema e fizeram questionamentos relevantes”, observou Hamilton Flandoli.  

A Semana Lixo Zero, da UFMS, ocorreu de 16 e 28 de outubro, com atividades de conscientização ambiental e coleta de resíduos na Cidade Universitária e nos Campi. A programação contemplou oficinas, palestras, rodas de conversa e a arrecadação de materiais recicláveis, lixo eletrônico e medicamentos vencidos. 

SIPAT mobiliza colaboradores do Sistema Campo Limpo

Atividades contaram com a participação de cerca de 850 integrantes de centrais, postos e do setor administrativo do inpEV

“A Segurança está em suas mãos”. Esse foi o tema da 5ª Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho (SIPAT) do Sistema Campo Limpo, realizada de 27 de novembro a 1º de dezembro. Cerca de 850 colaboradores participaram das palestras, dinâmicas e treinamento que integraram o evento. A edição deste ano da SIPAT envolveu 102 centrais e 125 postos de recebimento, que fazem parte do Sistema, além de equipes da sede em São Paulo. 

As atividades tinham o objetivo de conscientizar os participantes sobre o cuidado com as mãos, a principal ferramenta de trabalho dos colaboradores. As palestras abordaram os seguintes temas: segurança no trânsito, ergonomia, acidente de trabalho, prevenção ao alcoolismo e tabagismo e dependência digital. Houve também um treinamento relacionado à proteção das mãos, que reforçou os cuidados necessários para evitar acidentes de trabalho que envolvam as mãos. 

“A SIPAT é essencial e visa uma mudança de cultura e comportamento na organização. A segurança representa um importante valor do Sistema Campo Limpo e deve estar presente no nosso dia a dia”, observou Michael Silva, Técnico de Segurança do Trabalho do inpEV.

Museu do SCL recebe estudantes da Unesp de Jaboticabal (SP)

Ao todo, 73 alunos do curso de agronomia visitaram a unidade nos dias 4 e 5 de outubro

O Museu do Sistema Campo Limpo, em Guariba (SP), abriu suas portas para 73 alunos do curso de agronomia da Universidade Estadual Paulista (Unesp), de Jaboticabal (SP). Os universitários, acompanhados de três professores, estiveram presentes na unidade nos dias 4 e 5 de outubro, para conhecer a história do Sistema Campo Limpo e o funcionamento do processo de logística reversa de embalagens vazias de defensivos agrícolas.  

O grupo também visitou a Central de Recebimento de Embalagens Vazias de Guariba, para conferir, na prática, parte da operação do Sistema Campo Limpo. “Foi uma ótima oportunidade para os estudantes conhecerem o inpEV e o Sistema Campo Limpo. É muito importante que alunos do curso de agronomia sejam também multiplicadores do Sistema. Afinal, eles têm a missão de educar e conscientizar agricultores e outros integrantes do setor rural”, destaca Fernanda Cardozo, coordenadora de Educação do inpEV.  

“A visita foi muito esclarecedora. Não conhecia o inpEV e nem o Sistema Campo Limpo. Realmente foi muito interessante ver a história e como essa tecnologia mudou a forma como os materiais são reciclados”, avalia João Pedro Kazuo, estudante do curso de agronomia da Unesp.  

Como visitar o Museu? 

Os interessados em visitar o Museu podem fazer o agendamento pelo link https://inpev.org.br/inpev20anos/museu/. As visitas são voltadas principalmente para os elos da cadeia do Sistema, além da comunidade escolar e pessoas interessadas em aprender na prática a importância da economia circular e a logística reversa de embalagens vazias de defensivos agrícolas.  

Entrevista com o professor Eduardo Murakami

“Hoje, da mesma forma que não se admite uma educação que não seja antirracista, não há espaço para uma educação que não dialogue com as questões ambientais”, destaca o responsável pelo Núcleo de Educação Ambiental da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo, Eduardo Murakami

Eduardo Murakami é mestrando em Ensino e História da Ciência pela Universidade Federal do ABC (UFABC), Especialista em Ensino de Ciências e em Educação em Direitos Humanos, também pela UFABC, além de Bacharel e Licenciado em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual Paulista (UNESP/RC). Atua como professor de Ciências da Rede Municipal de Educação da cidade de São Paulo e é um dos responsáveis pelo Núcleo de Educação Ambiental da Secretaria Municipal de Educação (NEA/DC/COPED/SME). 

O inpEV, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação de São Paulo, está oferecendo, até mês que vem, a formação “Educação Ambiental Crítica: responsabilidade compartilhada na gestão dos resíduos sólidos – conceitos e práticas pedagógicas”. Cerca de 500 professores da rede municipal participam do curso, em formato de Educação à Distância (EAD). Em entrevista ao Portal do Sistema Campo Limpo, Murakami destaca a importância dessas formações e da educação ambiental.  

1) Como surgiu a parceria com o inpEV para a realização das formações? 

Na época, eu trabalhava na Divisão Pedagógica de uma das 13 Diretorias Regionais da cidade de São Paulo e surgiu a possibilidade de uma parceria para abordar a questão dos resíduos sólidos junto aos professores da Rede Municipal de Educação. Como estava num órgão regional, passei essa informação aos responsáveis da Secretaria Municipal de Educação que deram sequência aos trâmites de formalização da parceria.  

2) Qual é a importância dessas formações que estão sendo oferecidas aos professores da rede municipal de São Paulo? 

Uma cidade como São Paulo tem inúmeras demandas quando tratamos das questões ambientais. Com toda certeza, a questão do descarte de resíduos é uma questão premente. Não há como organizar uma capacitação sobre Educação Ambiental se não ocorrer uma reflexão sobre resíduos sólidos. Nesta perspectiva, a formação continuada de professores é a garantia de que a temática será abordada nas unidades escolares. E, em consequência, os estudantes passarão por um processo de reflexão e ressignificação do resíduo, podendo, assim, adotar hábitos mais sustentáveis. 

3) Por que ter educação ambiental no currículo escolar? 

Para responder a esta questão precisamos entender qual concepção de Educação Ambiental é proposta. A Rede Municipal de Educação defende que as escolas trabalhem na perspectiva da Educação Ambiental Crítica. Com isso, pretende-se a análise da cidade e seus distintos territórios, refletindo-se sempre na perspectiva da complexidade, considerando-se todas as dimensões possíveis para se analisar um determinado fenômeno. Assim é importante se fazer uma reflexão não só da questão ambiental, mas da intersecção entre o ambiente e as questões políticas, econômicas e sociais.  

Portanto, ter Educação Ambiental no currículo escolar é, em primeira instância, garantir a obrigatoriedade da discussão dos temas que envolvem o ambiente, mas, acima de tudo, é garantir o acesso a uma educação de fato qualificada e contextualizada. Afinal, hoje, da mesma forma que não se admite uma educação que não seja antirracista, não há espaço para uma educação que não dialogue com as questões ambientais.  

4) Como você avalia as formações até aqui? 

As formações têm sido de extrema importância para a qualificação dos professores e para que a temática continue sendo discutida dentro da rede. Quando a gente fala em resíduos sólidos e em seu descarte, há uma simplificação da temática e, essas formações têm auxiliado na ressignificação do tema, permitindo a percepção de que o resíduo é só o fim de um processo, o que indica a necessidade de conscientização sobre o consumo e, assim, a consequente redução de materiais descartados. 

Para além do exposto, a qualidade das formações é indiscutível. Com professores e professoras muito qualificados, as abordagens múltiplas apresentadas possibilitam além da reflexão e construção do conhecimento, o aumento do repertório didático dos professores cursistas.  

5) Tem perspectiva de haver continuidade das formações nos próximos anos? 

A ideia é que a parceria seja mantida. Afinal, a Rede Municipal de Educação sempre se renova e as boas formações sempre serão bem-vindas. 

Buritizeiro ganha posto de recebimento

Unidade, credenciada ao Sistema Campo Limpo, atenderá 11 munícipios da região. Com esse posto, Minas Gerais passa a ter 63 unidades de recebimento

Na última quinta-feira (dia 28), foi inaugurado um posto de recebimento de embalagens vazias de defensivos agrícolas em Buritizeiro (MG). A unidade, credenciada ao Sistema Campo Limpo, atenderá 11 municípios da região e terá capacidade de receber 80 toneladas de embalagens vazias no primeiro ano. 

Com esse posto, Minas Gerais passa a ter 63 unidades de recebimento ligadas ao Sistema, que é gerido pelo Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV). Além de Buritizeiro, o novo posto atenderá os municípios de Brasilândia de Minas, Ponto Chique, Santa Fé de Minas, João Pinheiro, São Gonçalo do Abaeté, Três Marias, Lassance, Várzea da Palma, Pirapora, Lagoa dos Patos e Ibiaí. A Associação dos Distribuidores de Insumos Agrícolas do Cerrado (Adicer) gerenciará a unidade, localizada na Rua Projetada, 361, Alto São Francisco, Buritizeiro (MG). 

“É um posto que vem contribuir muito com o desenvolvimento do agronegócio no Vale do São Francisco. Com o avanço do setor na região, há uma necessidade de implementação de novas unidades de recebimento de embalagens vazias”, destaca Jair Furlan, coordenador Regional de Operações do inpEV. 

Os postos de recebimento de embalagens vazias de defensivos agrícolas são unidades com área mínima de 80 m2, gerenciados por associações ou cooperativas ligadas ao Sistema Campo Limpo. São responsáveis pelo recebimento de embalagens; inspeção e classificação das embalagens entre lavadas e não lavadas; emissão de recibo confirmando a entrega pelos agricultores e pelo encaminhamento das embalagens às centrais de recebimento.

Posto inicia operações no CeasaMinas em Contagem

Unidade credenciada ao Sistema Campo Limpo começa a funcionar no dia 4 de setembro e atenderá os municípios da região metropolitana de Belo Horizonte

A partir desta segunda-feira, 4 de setembro, inicia as operações do novo posto de recebimento de embalagens vazias de defensivos agrícolas, localizado na CeasaMinas, de Contagem (MG). A unidade é credenciada ao Sistema Campo Limpo, que tem como entidade gestora o Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV). 

O posto atenderá os municípios da região metropolitana de Belo Horizonte e funcionará de segunda a sexta-feira, das 8 às 17h. A unidade será gerida pela Associação dos Revendedores de Defensivos Agrícolas do Vale do Paraopeba e Região (ARDAVPR) e terá capacidade de receber cerca de 40 toneladas de embalagens por ano. A instalação do posto e as operações têm como parceiros estratégicos a CeasaMinas, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) e a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG).  

“São muitos os benefícios desse posto. A Ceasa é um local muito frequentado pelos agricultores. Isso facilitará muito para os produtores, já que não precisarão mais se deslocar cerca de 30 km até a Central de São Joaquim de Bicas a fim de entregarem as embalagens vazias”, destaca Jair Furlan, Coordenador Regional de Operações do inpEV. 

Os postos de recebimento de embalagens vazias de defensivos agrícolas são unidades com área mínima de 80 m2, geridas por associações ou cooperativas ligadas ao Sistema Campo Limpo. São responsáveis pelo recebimento de embalagens lavadas e não lavadas; inspeção e classificação das embalagens entre lavadas e não lavadas; emissão de recibo confirmando a entrega das embalagens pelos agricultores; e encaminhamento das embalagens às centrais de recebimento. No Brasil, há outros 290 postos que prestam tais serviços à sociedade. Somente em Minas Gerais são 62.

Entrevista com o deputado federal Luiz Carlos Hauly

Reforma Tributária em pauta. O novo sistema “é simples, democrático, transparente e traz uma concorrência justa”, assegura um dos idealizadores da PEC.

O deputado federal Luiz Carlos Hauly (Podemos/PR) é um dos idealizadores do Projeto de Emenda à Constituição (PEC) 110/2019, que integra a Reforma Tributária. No final de agosto, o parlamentar – em seu oitavo mandato – ministrou uma palestra com representantes e associadas do inpEV, em São Paulo, para tirar dúvidas sobre o novo modelo proposto, que tramita no Congresso.

Em entrevista ao Portal do Sistema Campo Limpo, Hauly esclareceu os principais pontos referentes à Reforma e destaca a sua importância para o processo de logística reversa de embalagens de defensivos agrícolas.

1) Por que é necessário que ocorra a Reforma Tributária?

O atual sistema tributário brasileiro é de 1965. Trata-se de um modelo tão complexo, que é conhecido como “Manicômio Tributário”. Esse sistema acumulou muitos problemas, gerando a informalidade, a inadimplência, a sonegação, entre outras anomalias, que classificamos como efeitos indesejáveis. Isso fez com o que o país deixasse de arrecadar. Não por acaso, o Brasil ocupa o 184º lugar no ranking dos piores sistemas tributários do mundo, entre 190 países medidos pelo Banco Mundial. Isso derruba o ambiente de negócios no país, que também é um dos piores do mundo.

2) O que implicou para que esse novo modelo tributário demorasse para sair do papel?

Houve uma resistência muito grande do próprio governo federal (todos os governos) e dos maiores estados e municípios. Esse foi, sem dúvida, o primeiro grande entrave, que foi superado agora.

3) O Imposto sobre Valor Agregado (IVA) representa uma das principais mudanças no sistema tributário com a Reforma. Como se dá na prática?

O IVA é um imposto tributário único já implementado em 174 países. No Brasil, o IVA proposto pela Reforma Tributária unifica o pagamento de cinco tributos que incidem sobre o consumo de bens e serviços: o IPI, PIS, Confins, ICMS e ISS.  É possível implementar o IVA no Brasil e, com isso, eliminar a guerra fiscal, a inadimplência e o custo burocrático. Um dos objetivos do IVA é deixar a cadeia produtiva neutra, ou seja, todo imposto que for pago por uma empresa, será devolvido. Com o modelo novo, por exemplo, o produtor rural receberá tudo o que pagou com os insumos para a sua produção. Outra mudança, é que não será preciso mais declarar o imposto, com a cobrança no ato da compra com o imposto retido. A proposta é devolver dinheiro para a população de baixa renda, individualmente, pela nota fiscal.

Resumidamente, é uma mudança qualitativa e substantiva, de um modelo impessoal e atemporal. É um modelo tecnológico. Haverá uma mudança de paradigma do atual modelo, que é totalmente declaratório. Então é isso que defendemos na PEC 110.

4) Como a Reforma pode impactar as empresas associadas ao inpEV?

Positivamente. O inpEV, assim como outras atividades da economia – embora seja da logística reversa – faz todo o ciclo produtivo em substituição ao produto rural. É o serviço, é o industrial e o fornecedor. Então será muito positivo e com muitos ganhos.

5) De que forma a Reforma contribuirá para o desenvolvimento do país?

Através da diminuição dos custos. É um sistema simples, democrático e transparente, trazendo concorrência justa. Com isso, diminui o custo de produção, reduz o custo de contratação, melhora a empregabilidade, o salário, o lucro das empresas e o poder de compra. Somente dessa maneira, cria-se um ciclo virtuoso de renda-consumo na sociedade brasileira.