ADICER: 25 anos promovendo sustentabilidade e boas práticas no agro mineiro com o Sistema Campo Limpo

Associação do Cerrado de Minas reforça seu compromisso na logística reversa de embalagens vazias de defensivos agrícolas e colabora ativamente com os resultados dentro do Sistema Campo Limpo

ADICER - boas práticas

A Associação dos Distribuidores de Insumos Agrícolas do Cerrado (ADICER) completou recentemente 25 anos de história fortalecendo o agronegócio mineiro com foco em representatividade, ética e responsabilidade ambiental. Fundada em 1999, em um cenário de crise econômica e desafiador, a ADICER surgiu como uma resposta coletiva para unir esforços, garantir segurança regulatória e fortalecer seus associados. Hoje, representa 66 empresas com 145 unidades espalhadas pelo Triângulo Mineiro, Alto Paranaíba, Norte e Noroeste de Minas Gerais, consolidando-se como referência em articulação institucional, desenvolvimento sustentável e sendo parte integrante do Sistema Campo Limpo para promover a correta destinação das embalagens vazias de defensivos agrícolas.

Com uma atuação marcada pela inovação e compromisso ambiental, a ADICER se destaca pelo seu sistema estruturado de logística reversa e por programas educacionais como o Campo Legal e o Passo Agro. Além de mobilizar o setor em prol de boas práticas, também busca inspirar as novas gerações de profissionais e produtores rurais comprometidos com um agronegócio mais sustentável. Em entrevista exclusiva ao Portal do Sistema Campo Limpo, Daniel Martins de Oliveira, presidente executivo da associação, conta um pouco sobre essa trajetória e trabalho desenvolvido.

Confira abaixo o bate-papo:

1- A ADICER completou 25 anos de atuação. Quais os marcos dessa trajetória você destaca como mais importantes para o setor agrícola?

Ao longo desses 25 anos, nossa maior conquista foi unir forças para representar com firmeza os interesses dos nossos associados. A criação da ADMinas Plus, por exemplo, ampliou nossa representatividade junto aos órgãos públicos e fortaleceu a atuação em defesa do setor. Além disso, desenvolvemos ações estruturantes como a logística reversa, que hoje garante o recolhimento de mais de 772 toneladas de embalagens por ano, quase metade de tudo que é coletado em Minas Gerais.

2. A logística reversa é uma das frentes mais relevantes da associação. Como esse trabalho é conduzido?

Trabalhamos com uma rede de 14 postos licenciados, estrategicamente localizados para atender as principais regiões produtoras do estado. Além da coleta, seguimos rigorosamente todas as normas ambientais, garantindo que as embalagens vazias tenham destinação correta via Sistema Campo Limpo. Isso é possível graças ao engajamento dos nossos associados, ao investimento contínuo em infraestrutura e ao compromisso com o meio ambiente.

3. A sustentabilidade também aparece em projetos como o Campo Legal e o Passo Agro. Conte um pouco sobre essas ações e seus impactos ao meio ambiente.

O Campo Legal atua na formação de agricultores e técnicos para combater o uso de defensivos ilegais. Já o Passo Agro tem um papel educacional, levando valores como ética, legalidade e responsabilidade técnica para as universidades e instituições de ensino. São ações que geram impacto direto na formação de profissionais e na segurança do setor agrícola.

4. A ADICER também investe no bem-estar de seus colaboradores. Como isso se conecta com a cultura da sustentabilidade?

Acreditamos que sustentabilidade começa dentro de casa. Por isso, garantimos condições de trabalho adequadas, fornecemos EPIs e promovemos treinamentos constantes sobre segurança, meio ambiente e boas práticas operacionais. Esses cuidados refletem nosso compromisso com a responsabilidade social e com a valorização das pessoas que fazem a ADICER acontecer.

5. No ano passado, Minas Gerais foi o 8º estado que mais destinou embalagens vazias de defensivos agrícolas no Sistema Campo Limpo. Sendo 4.403 toneladas e colaborando para os expressivos números de recebimentos. Como vocês avaliam a importância desse trabalho para a sustentabilidade?

Acreditamos que sustentabilidade começa dentro de casa. Por isso, garantimos condições de trabalho adequadas, fornecemos EPIs e promovemos treinamentos constantes sobre segurança, meio ambiente e boas práticas operacionais. Esses cuidados refletem nosso compromisso com a responsabilidade social e com a valorização das pessoas que fazem a ADICER acontecer.

6. O que representa ser um importante elo do Sistema Campo Limpo, o maior programa mundial de logística reversa de embalagens vazias de defensivos agrícolas?

É algo muito importante para nós. Onde a ADICER atua, sempre abrimos portas com o poder público, estabelecemos o Dia Nacional do Campo Limpo nas cidades e também divulgamos o PEA Campo Limpo, para falar sobre educação ambiental. A última cidade a incluir o Dia Nacional do Campo Limpo como atividades oficiais do município, foi a cidade de Buritizeiro-MG e isso é muito importante para a divulgação da sustentabilidade real, que devemos ser ambientalmente corretos e sermos sustentáveis. O produtor faz sua parte e nós estamos aqui para ajudá-los a fazer sua parte. É uma preocupação legitima de ter o campo limpo, tendo em vista a necessidade de sempre aumentar a produtividade, a produção de alimentos, geração de empregos entre outras ações. Além disso, também destaco a propagação do conhecimento e boas práticas por meio de materiais e informativos com orientações aos produtores rurais.

7. Para o futuro, o que podemos esperar da ADICER em relação à sustentabilidade e boas práticas?

Nosso foco está em ampliar ainda mais a eficiência das ações existentes e investir na educação como ferramenta de transformação. Queremos fortalecer o relacionamento com universidades, expandir a cultura da responsabilidade compartilhada e continuar sendo referência em boas práticas no agronegócio brasileiro.

Sistema Campo Limpo compartilha experiência sobre a logística reversa das embalagens vazias no Senagri 2025 

Participação no painel sobre logística reversa no Seminário Nacional sobre Insumos Agropecuários destacou o impacto ambiental positivo e a importância do engajamento e responsabilidade compartilhada entre os elos do setor agrícola 

Crédito: inpEV 

O Sistema Campo Limpo foi um dos destaques do Seminário Nacional sobre Insumos Agropecuários – Senagri 2025, realizado de 10 a 12 de junho no Hangar Convenções & Feiras da Amazônia, em Belém (PA). No dia 10 o painel “Logística reversa das embalagens pós-consumo” reuniu especialistas, gestores públicos e representantes do setor para debater os avanços e os próximos desafios da logística reversa no Brasil tendo como exemplo prático a atuação robusta e colaborativa do Sistema Campo Limpo. 

Crédito: inpEV 

O programa brasileiro de logística reversa de embalagens vazias de defensivos agrícolas, que é referência mundial em sustentabilidade e responsabilidade compartilhada, foi apresentado na ocasião por Marcelo Okamura, diretor-presidente do inpEV, elo integrante e entidade responsável pela destinação de embalagens vazias do Sistema. Em sua fala, Okamura destacou a importância da articulação entre indústria, revendas, produtores, postos, centrais e recicladoras para garantir uma operação eficaz e transformadora com benefícios diretos para o meio ambiente, a sociedade e os próprios elos da cadeia agrícola. 

“Por um destino melhor”: Compromisso com a sustentabilidade em toda a cadeia. 

Durante o painel no Senagri, o público teve a oportunidade de conhecer como o Sistema Campo Limpo atua em todas as etapas da logística reversa de embalagens de defensivos agrícolas. Muito além de uma exigência legal, o modelo brasileiro mostra como é possível transformar um dever ambiental em valor compartilhado para todos os envolvidos: Com o campo mais limpo, a terra mais segura, novas oportunidades de reciclagem e ganhos em reputação e eficiência. 

Esse modelo só é possível graças ao esforço conjunto dos mais de 300 parceiros espalhados pelo país. E é esse compromisso coletivo que inspira a assinatura que orienta a comunicação do Sistema: “Por um destino melhor”

Senagri 2025

Da esquerda para a direita: 
Gustavo Pimentel (Coordenador Regional Operacional), Renata Nishio (Gerente de Assuntos Institucionais), Bárbara Kobayashi (Gerente Jurídica), Jair Furlan (Coordenador Regional Institucional), Marcelo Okamura (Diretor-Presidente), Ana Telma Maia (Coordenadora Regional Institucional), Antonio Carlos Pimentel (Gerente de Operações) e Hamilton Flandoli (Coordenador Regional Institucional). 

Evento estratégico em preparação à COP 30 

Promovido pela Sociedade Brasileira de Defesa Agropecuária (SBDA), com apoio do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o Senagri 2025 antecipou debates estratégicos que devem ganhar ainda mais relevância durante a conferência mundial do clima, a COP 30, que também será realizada em Belém, no Pará. Entre os temas em pauta estiveram bioinsumos, agropecuária digital, defesa agropecuária e segurança alimentar. 

A programação contou ainda com a presença do ex-ministro de Estado Aldo Rebelo, que discutiu o papel da Amazônia na geopolítica global. Nesse cenário de grandes transformações, a presença do Sistema Campo Limpo no evento reforça sua contribuição concreta para o futuro do campo, com sustentabilidade, inovação e compromisso com todos os elos da cadeia

6 motivos para ter orgulho do agronegócio brasileiro quando o assunto é sustentabilidade

Muito além da produção: dados e ações que mostram o campo como exemplo de responsabilidade ambiental.

O agronegócio brasileiro vai muito além da produção de alimentos. Quando o assunto é sustentabilidade, o campo tem mostrado que é possível unir eficiência produtiva, responsabilidade ambiental e transformação social. Com dados sólidos, ações coordenadas e compromisso com o meio ambiente, o setor se tornou exemplo dentro e fora do país. A seguir, você confere seis razões para ter orgulho dessa trajetória.

1. O Brasil tem o maior programa de logística reversa de embalagens vazias de defensivos agrícolas do mundo

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Crédito: inpEV

Em 2024, o Brasil superou em 29% a meta nacional de destinação de embalagens vazias, com 68.589 toneladas corretamente encaminhadas segundo o Relatório de Sustentabilidade do inpEV. Isso só foi possível graças ao engajamento de todos os elos da cadeira agrícola que integram o Sistema Campo Limpo, além da estrutura capilar: 411 unidades fixas, mais de 4 mil operações itinerantes e 18 mil caminhões percorrendo 7,6 milhões de quilômetros em 25 estados. Desde 2002, já foram retiradas do meio ambiente mais de 800 mil toneladas de embalagens vazias, consolidando o Brasil como referência mundial em logística reversa agrícola e contribuindo para um campo limpo livre de contaminações.

2. Embalagens que seriam descartadas viram novos artefatos

artefatos
Crédito: inpEV

A sustentabilidade no agronegócio não para na coleta. As embalagens, depois de lavadas, inutilizadas e devolvidas, são recicladas e transformadas em artefatos utilizados em diferentes setores da indústria, como conduítes, postes plásticos e peças de baterias. Mais de 90% das embalagens primárias recebidas pelo Sistema são recicladas, o que fecha o ciclo da economia circular e ainda reduz a extração de matéria-prima virgem. É a transformação de um resíduo em recursos reutilizáveis.

3. O produtor rural é essencial na sustentabilidade

produtor rural agronegócio
Crédito: inpEV

Por trás de cada dado do Sistema Campo Limpo está o envolvimento direto dos agricultores. Mais de 230 mil produtores rurais estão engajados no processo, seguindo orientações como a tríplice lavagem, a devolução no prazo legal e a separação correta das embalagens. Esse protagonismo mostra que, além de produzir com eficiência, o agronegócio brasileiro também entrega compromisso com o meio ambiente e com a saúde das próximas gerações.

4. O campo brasileiro preserva mais do que muita gente imagina

agronegócio
Shutterstock

De acordo com a Embrapa Territorial, os imóveis rurais no Brasil mantêm 282,8 milhões de hectares de vegetação nativa — o equivalente a 33,2% do território nacional. Em média, 49,4% da área dos imóveis rurais cadastrados no CAR (Cadastro Ambiental Rural) permanece com cobertura vegetal. Já a Forbes Agro aponta que os produtores rurais preservam cerca de 120 milhões de hectares em Áreas de Preservação Permanente e Reservas Legais, o que supera toda a área das Unidades de Conservação públicas do país. Esses números ajudam a desconstruir estigmas e mostram que produção e preservação caminham juntas.

5. O modelo brasileiro de reciclagem agrícola inspira o mundo

Dia Nacional do Campo Limpo
Crédito: inpEV

A eficiência do Sistema Campo Limpo já ultrapassou as fronteiras do país. O modelo brasileiro é reconhecido internacionalmente por sua rastreabilidade, capilaridade e impacto ambiental positivo, sendo estudado por instituições de diversos países como referência em logística reversa no setor agrícola. Aqui dentro, essa consciência também cresce e se celebra. Criado oficialmente em 2008, o Dia Nacional do Campo Limpo mobiliza diferentes elos da cadeia e, em 2024, reuniu mais de 74 mil pessoas em 133 municípios, por meio de ações educativas e comunitárias que reforçam o compromisso coletivo com a sustentabilidade no campo.

6. Sustentabilidade que começa com educação

PEA Campo Limpo
Crédito: inpEV

Responsabilidade ambiental também se aprende. O Programa de Educação Ambiental (PEA) Campo Limpo completou 15 anos em 2024 com mais de 2,8 milhões de estudantes impactados desde sua criação. Só no último ano, foram 294 mil alunos, 695 professores e mais de 3 mil escolas envolvidas.

Além disso, o 1º Desafio Universitário, feito em parceria com a Enactus Brasil, incentivou jovens do ensino superior a desenvolverem soluções alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. Porque quem aprende a cuidar do planeta desde cedo, leva essa consciência para a vida toda.

O agronegócio brasileiro mostra, com números e ações coletivas, que é possível produzir mais conservando o meio ambiente. Do campo à escola, da propriedade à política pública, o setor avança com protagonismo em soluções sustentáveis e em colaboração com todos os elos da cadeia.

O Sistema Campo Limpo é símbolo desse movimento: um modelo que transforma resíduos sólidos em valor, educação em legado e responsabilidade em ação. Esse trabalho coletivo mostra que sustentabilidade no campo é realidade e pode ir ainda mais longe com o engajamento de todos.

Quer acompanhar de perto como esse compromisso acontece na prática? Siga o Sistema Campo Limpo nas redes sociais e fique por dentro de histórias, resultados e iniciativas que mostram que estamos, todos os dias, atuando por um destino melhor.

Educação, engajamento e sustentabilidade: como o Sistema Campo Limpo transforma o campo no Mato Grosso do Sul 

Semana do Meio Ambiente destaca soluções concretas para um agro mais responsável. No MS, o SCL inspira pelas ações com escolas, agricultores e cooperativas. 

Semana do Meio Ambiente
Crédito: inpEV

Na Semana do Meio Ambiente, celebrada anualmente na primeira semana de junho, o foco volta-se para iniciativas que realmente transformam práticas e mentalidades em favor da sustentabilidade. No campo, o Sistema Campo Limpo (SCL) é um dos maiores exemplos de como o Brasil une tecnologia, educação e logística reversa para enfrentar os desafios ambientais do agronegócio. E no Mato Grosso do Sul, esse movimento ganha força com o apoio de lideranças locais, como Gervasio Kamitani, presidente da Copasul.

Gervasio Kamitani

“O mais importante é mostrar desde cedo, nas escolas, como a agricultura pode ser sustentável. As crianças aprendem e repassam para os pais. Isso muda a mentalidade no campo”, afirma Kamitani, que lidera uma das maiores cooperativas do estado e também é presidente da Associação Nipo-Brasileira de Naviraí.

Um programa com impacto real

O Sistema Campo Limpo é referência mundial em logística reversa de embalagens vazias de defensivos agrícolas. Criado em 2002, o programa já destinou corretamente mais de 800 mil toneladas, desde 2002. Em 2024, os resultados foram históricos: 68.589 toneladas de embalagens foram devolvidas e destinadas, superando em 29% a meta prevista para o ano.

Além disso:

  • Foram realizados mais de 4.000 eventos de recebimento itinerante, que ampliam o acesso de pequenos produtores rurais ao programa;
  • 294 mil alunos participaram de ações do Programa de Educação Ambiental (PEA), que leva conteúdos sobre sustentabilidade às escolas rurais e urbanas;
  • A operação envolveu 18 mil caminhões, que percorreram 7,6 milhões de km, garantindo rastreabilidade e segurança.

 Sustentabilidade que começa com educação

Na região de Naviraí, MS, a Copasul foi pioneira ao apoiar a instalação de uma central de recebimento de embalagens, que foi inaugurada em 2018 — passo decisivo para fortalecer a conscientização ambiental entre os cooperados. Hoje, a cooperativa ainda colabora com o Sistema na organização de recebimentos itinerantes e na promoção de parcerias com escolas.

“O Sistema Campo Limpo mostra que agricultura e preservação podem andar juntas. Os agricultores já entendem que cuidar do solo e da água é também proteger sua própria produção”, reforça Kamitani.

Essa mudança de mentalidade também se reflete na nova geração de produtores e produtoras:

“Eles já vêm com essa consciência. Não precisamos mais pedir. Eles sabem o que pode e o que não pode ser feito”, completa o líder rural.

Um exemplo de economia circular no agro

O Sistema Campo Limpo representa um modelo de responsabilidade compartilhada, onde cada elo – produtor, indústria, revenda, recicladora e poder público – tem um papel definido. A nova campanha, “Por um destino melhor reforça a união de esforços em torno de um agro mais consciente e conectado com os compromissos ambientais, sociais e de governança (ESG). A presença em todos os estados brasileiros e no DF também reforça sua capilaridade e impacto.

Semana do Meio Ambiente: reforçando o compromisso coletivo

A Semana do Meio Ambiente é mais do que uma data simbólica, é um chamado à ação. E o Sistema Campo Limpo responde com resultados, especialmente onde mais importa: no dia a dia de quem vive do campo.

Com ações de educação, coleta, reciclagem e mobilização, o Sistema segue mostrando que é possível produzir com responsabilidade, preservar com consciência e crescer com sustentabilidade.

Brasil se consolida como referência mundial em logística reversa agrícola

Relatório de Sustentabilidade 2024 do inpEV mostra superação de metas, avanços em educação ambiental e protagonismo internacional

Relatório de Sustentabilidade - Capa

Ainda que os desafios de atuar em um território com dimensões continentais sejam muitos, o Brasil continua a dar exemplo de como a produtividade e a sustentabilidade podem caminhar juntas no campo. É o que mostra o novo Relatório de Sustentabilidade 2024 do inpEV (Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias). O documento revela que o país superou em 29% a meta anual de destinação correta de embalagens vazias de defensivos agrícolas, consolidando ainda mais o Sistema Campo Limpo como modelo global de logística reversa.

Em apenas 12 meses, 68.589 toneladas de embalagens vazias de defensivos agrícolas foram recebidas em mais de 400 unidades fixas e 4 mil ações itinerantes, distribuídas por 25 estados brasileiros. Mais de 18 mil caminhões foram mobilizados para percorrer 7,6 milhões de quilômetros, garantindo transporte seguro e rastreável de ponta a ponta.

Relatório de Sustentabilidade - página 6

“Com o tamanho do Brasil, garantir capilaridade, eficiência e impacto real é um desafio. O Sistema Campo Limpo faz isso com excelência, indo além da logística e promovendo educação, inovação e transformação local. Trata-se de um impacto real por meio de uma gestão eficiente”, afirma Marcelo Okamura, diretor-presidente do inpEV.

Educação ambiental que forma novas gerações e inspira soluções

A transformação promovida pelo Sistema Campo Limpo vai muito além da logística. Um dos pilares dessa mudança é o Programa de Educação Ambiental (PEA) Campo Limpo, que há 15 anos contribui para a formação de crianças e adolescentes mais conscientes e engajados com a sustentabilidade.

Desde sua criação, o PEA já alcançou mais de 2,8 milhões de estudantes. Em 2024, foram 294 mil alunos impactados, com o envolvimento de 695 professores em mais de 3 mil escolas públicas. Por meio de materiais didáticos, oficinas, concursos culturais e visitas às centrais de recebimento, os alunos aprendem sobre temas como logística reversa, consumo consciente, economia circular e preservação ambiental, levando esse conhecimento para suas famílias e comunidades.

Na educação superior, o inpEV realizou, em parceria com a Enactus Brasil, o 1º Desafio Universitário. A iniciativa mobilizou estudantes e professores conselheiros para desenvolver ações educativas e diagnósticos sobre economia circular nas universidades e comunidades do entorno, utilizando materiais como o curso EAD do Sistema Campo Limpo e o kit do PEA. Os projetos foram avaliados por jurados do inpEV e os times vencedores receberam apoio financeiro para expandir suas soluções.

Com essas iniciativas, o Sistema Campo Limpo reforça seu compromisso com o futuro da sustentabilidade, integrando educação, inovação e impacto social em diferentes fases da vida escolar.

Mobilização nacional e reconhecimento internacional

Em 2024, o Dia Nacional do Campo Limpo mobilizou mais de 74 mil pessoas em 133 municípios, com ações educativas e comunitárias. O inpEV também manteve sua adesão ao Pacto Global da ONU, com foco nos ODS 8 (trabalho decente e crescimento econômico), 12 (consumo e produção responsáveis) e 16 (paz, justiça e instituições eficazes).

Outro reconhecimento importante foi a conquista, pelo segundo ano consecutivo, do Selo Prata do GHG Protocol, que atesta a seriedade do Instituto na gestão das emissões de gases de efeito estufa.

O Relatório de Sustentabilidade 2024 está disponível aqui e oferece uma visão abrangente dos resultados ambientais, sociais e de governança (ESG) que colocam o Brasil em posição de destaque mundial.

inpEV reforça protagonismo do agronegócio em logística reversa durante Sessão de Aceleração do WCEF 2025 

Evento reuniu entidades gestoras de logística reversa e destacou boas práticas em circularidade no campo e em diferentes cadeias produtivas 

Marcelo Pricoli, Marcelo Okamura e Fabrício Soler
Créditos: Rodrigo Silveira

Marcelo Okamura, diretor-presidente do inpEV (Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias), elo responsável pela destinação de embalagens vazias no Sistema Campo Limpo, participou no dia 16 de maio da Sessão de Aceleração do Fórum Mundial de Economia Circular – WCEF 2025, realizada na sede da FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), em São Paulo. Representando o Sistema Campo Limpo, Okamura integrou o painel “Circularidade de Materiais e Recursos”, ao lado de lideranças de diferentes cadeias de logística reversa do país.

Durante sua fala, Okamura destacou os resultados expressivos do Sistema Campo Limpo, referência mundial na destinação correta de embalagens vazias de defensivos agrícolas. “Somente em 2024, foram recebidas mais de 68,5 mil toneladas de embalagens vazias, demonstrando como a circularidade já é uma realidade no campo. A atividade rural gera grande volume de resíduos, por isso a educação ambiental é uma ferramenta essencial para avançarmos com responsabilidade”, afirmou.

O executivo também reforçou o modelo de governança colaborativa do Sistema, que une agricultores, indústria, canais de distribuição e o poder público em torno da responsabilidade compartilhada. “Essa articulação é fundamental para garantir que o ciclo se feche de forma eficiente e sustentável.”

Robson Esteves, Carlos RV Silva Filho, Diego Paludetti, Camila Horizonte, Fabrício Soler, Marcelo Okamura, Marcelo Pricoli
Créditos: Rodrigo Silveira

“Sem dúvida alguma, a abordagem feita pelo Marcelo Okamura trouxe muita clareza sobre a importância do prazo para a maturidade, para uma implementação gradual e progressiva dos sistemas de logística reversa. No decorrer da implementação da história e, naturalmente, do sucesso do Sistema Campo Limpo, houve muitos desafios superados, muitos obstáculos administrados e, sem dúvida alguma, um grande empenho do setor privado empresarial em efetivar as ações de coleta e reciclagem de materiais. Essa troca de experiências no Fórum Mundial de Economia Circular, na Sessão de Aceleração, proporcionou que os setores que ainda não alcançaram aquele nível de maturidade tivessem lições aprendidas com os resultados já alcançados pelo Sistema Campo Limpo. Sem dúvida, engrandeceu sobremaneira a sessão realizada pelo Instituto Brasileiro de Resíduos Sólidos e certamente contribuiu para o debate com uma abordagem pragmática e clara sobre a implementação das medidas de coleta e reciclagem de embalagens no país.” destaca Fabrício Soler, presidente do Instituto Brasileiro de Resíduos Sólidos (Instituto PNRS).

Além do inpEV, participaram da sessão representantes de outras entidades gestoras de logística reversa que atuam em setores estratégicos para a economia circular no Brasil:

  • ABREE (Associação Brasileira de Reciclagem de Eletroeletrônicos e Eletrodomésticos) – Representada por Robson Esteves, destacou a importância das campanhas itinerantes para coleta de eletrônicos e o papel da conscientização como ferramenta de transformação;
  • LogMed (Programa de Logística Reversa de Medicamentos) – Representado por Diego Paludetti, enfatizou a atuação em rede entre os elos da cadeia farmacêutica e o compromisso com a responsabilidade compartilhada;
  • Reciclus (Associação para a Gestão da Logística Reversa de Produtos de Iluminação) – Representada por Camila Horizonte, apresentou experiências de educação ambiental e pontos de recebimento itinerantes para o descarte correto de lâmpadas fluorescentes;
  • ReciclANIP (Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos) – Representada por Marcelo Pricoli, destacou a abrangência nacional do programa de logística reversa de pneus e sua contribuição para a circularidade no setor automotivo.

O painel evidenciou como diferentes cadeias produtivas têm enfrentado desafios semelhantes e desenvolvido soluções alinhadas com os princípios da economia circular. “É inspirador ver como todos esses setores compartilham objetivos parecidos. O Sistema Campo Limpo busca sempre se desenvolver, compartilhando informações e trocando experiências com outras entidades. Esse tipo de evento é extremamente importante”, completou Okamura.

A Sessão de Aceleração fez parte da programação oficial do WCEF 2025 no Brasil e foi promovida pela FIESP em parceria com o Instituto PNRS (Instituto Brasileiro de Resíduos Sólidos). O evento reuniu especialistas, gestores e representantes da sociedade civil com o objetivo de antecipar discussões estratégicas e fortalecer a agenda nacional da economia circular.

Nova marca e mesmo compromisso com a logística reversa: Sistema Campo Limpo lança assinatura 

“Por um destino melhor” reforça a união de esforços para um futuro mais sustentável no Brasil e no mundo 

Destino melhor
Novo logo e assinatura Sistema Campo Limpo

O Sistema Campo Limpo, líder global em logística reversa de embalagens vazias de defensivos agrícolas, apresenta sua nova assinatura institucional: “Por um destino melhor”. A mensagem simboliza a força da colaboração entre todos os envolvidos no processo e destaca o compromisso contínuo com a sustentabilidade e a responsabilidade socioambiental

A operação do Sistema, que já é referência mundial, garante que 100% das embalagens recebidas sejam destinadas de maneira ambientalmente responsável, seja por meio de reciclagem ou incineração controlada, conforme a classificação do resíduo. Graças a essa atuação, o Brasil se consolidou como referência mundial na logística reversa de embalagens vazias do setor agrícola. 

Com mais de 800 mil toneladas de embalagens vazias e sobras pós-consumo corretamente destinadas desde 2002, o Sistema Campo Limpo conta com uma rede de 411 unidades de recebimento e 256 associações de revendas e cooperativas, impactando diretamente mais de 2 milhões de propriedades rurais em todo o Brasil. 

Além da logística, o Sistema é uma verdadeira mobilização setorial, envolvendo indústria, agricultores, canais de distribuição e poder público. O modelo de governança colaborativa fortalece práticas sustentáveis e promove uma cultura de responsabilidade compartilhada no campo. 

Para Aline Zanin, produtora rural e um dos elos do Sistema, fazer parte desse movimento está além de cumprir com uma obrigação legal, é um compromisso coletivo com o futuro do planeta e com a valorização da própria produção no campo

“Realizando uma simples ação de levar as embalagens para reciclar no local correto, além de contribuir à conservação do meio ambiente, ajuda também com a geração de emprego e, reduzindo os gastos, ajuda o produto a ser menos custoso para o próprio consumidor. É uma contraprestação de ajuda que nos engrandece.” — Aline Zanin, produtora rural 

O depoimento de Aline traduz como pequenas ações individuais somam para grandes transformações coletivas, reforçando o espírito da nova assinatura institucional do Sistema Campo Limpo: “Por um destino melhor”

“A nova assinatura reflete a essência do Sistema Campo Limpo: a união de esforços em torno de um objetivo comum. Quando estamos juntos cuidando do destino das embalagens, estamos cuidando de um destino melhor para todos nós”, afirma Marcelo Okamura, diretor-presidente do inpEV (Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias), organização que representa a indústria no Sistema Campo Limpo. 

Com esse movimento, todas as mídias sociais, incluindo Facebook, Youtube, Instagram e TikTok, passaram a adotar o nome @sistemacampolimpo — um passo importante para engajar ainda mais todos os elos da cadeia agrícola e dar visibilidade ao protagonismo coletivo na causa. 

Assista ao vídeo que simboliza esse novo momento e emociona ao mostrar que o destino de todos depende das escolhas de cada um: 

Com informações de qualidade, assuntos de interesse para o setor, a comunicação também é um diferencial do Sistema, que contribui para a disseminação de conhecimento e contribui com a conscientização coletiva sobre sustentabilidade.  

A nova assinatura reforça o papel do Sistema Campo Limpo na construção de um futuro mais consciente, incentivando uma maior integração de esforços em busca de soluções para os desafios ambientais. 

Vamos juntos por um destino melhor? Siga, compartilhe e faça parte desse movimento. 

ACAVASF impulsiona logística reversa no Semiárido com o Sistema Campo Limpo 

Entidade aposta no associativismo e no Sistema Campo Limpo para ampliar a conscientização ambiental e aproximar o pequeno produtor da logística reversa no Semiárido Brasileiro

Créditos: ACAVASF

Atuando no coração do Semiárido nordestino, a Associação do Comércio Agropecuário do Vale do São Francisco (ACAVASF) tem desempenhado um papel estratégico para o fortalecimento do comércio agropecuário regional e para a consolidação de práticas sustentáveis entre produtores rurais.

Recebimento Itinerante – créditos: ACAVASF
Recebimento Itinerante – créditos: ACAVASF

Deusemar dos Santos é Diretor Executivo da Associação e Gestor da Central de Recebimento de Embalagens Vazias da Acavasf – Petrolina. A entidade tem se destacado pela sua significativa atuação junto ao Sistema Campo Limpo, promovendo ações que integram responsabilidade ambiental, orientação técnica e articulação entre os diversos segmentos da cadeia agrícola.”

Recebimento Itinerante – créditos: ACAVASF
Recebimento Itinerante – créditos: ACAVASF

“O papel da ACAVASF é convergir para um comércio agropecuário unido, forte e sustentável, através da aplicação junto aos seus associados das desde o início do associativismo, atuando de forma ativa em defesa do comércio do agro, sobretudo das responsabilidades legais e com o meio ambiente”, afirma Deusemar.

A atuação da associação se dá de maneira prática e próxima ao campo. Por meio de uma parceria com distribuidores e cooperativas, a ACAVASF busca facilitar o acesso dos agricultores às unidades de recebimento de embalagens vazias e disseminar informações sobre a importância da logística reversa – com atenção especial aos pequenos produtores rurais.

Recebimento Itinerante – créditos: ACAVASF
Recebimento Itinerante – créditos: ACAVASF

“A ACAVASF opera de forma alinhada com o Sistema Campo Limpo, atuando em conjunto com nossos distribuidores de forma a aproximar o agricultor das unidades de recebimento de embalagens vazias promovendo a informação sobre a logística reversa, sobretudo ao pequeno agricultor, levando treinamentos, palestras, visitas de campo e aplicando conceitos de marketing.”

Soluções para o Semiárido 

Em uma região marcada por longas distâncias entre as áreas produtivas e os pontos fixos de entrega, a associação encontrou nos recebimentos itinerantes uma solução eficaz para ampliar o alcance do Sistema. Essas ações têm permitido que mais agricultores – especialmente os familiares – consigam fazer a destinação correta das embalagens vazias.

“A ACAVASF está inserida no Sistema Campo Limpo de forma a levar ao produtor rural quais as responsabilidades ambientais, orientando e atuando para que cada vez mais sejam cumpridas as normas legais. No Semiárido Nordestino, principalmente pelas grandes distâncias, atuamos fortemente nos recebimentos itinerantes, aproximando as grandes distâncias entre as unidades de recebimento e as áreas produtivas. Com isso, fomentamos o incremento positivo na destinação correta das embalagens vazias, ainda mais nos pequenos agricultores e na agricultura familiar.”

Com ações concretas, baseadas na união do setor e no compromisso com o meio ambiente, a ACAVASF segue reforçando a importância da logística reversa e do Sistema Campo Limpo como pilares da sustentabilidade no agronegócio regional.

Sistema Campo Limpo realiza encontro em Taubaté/SP para alinhamento de operações e comunicação  

Profissionais das Unidades de Recebimento de MS, MT, RO e SP se reuniram em Taubaté (SP) para alinhar práticas operacionais, segurança no campo e estratégias de educação ambiental voltadas à gestão de embalagens vazias. 

Encontro Taubaté
Profissionais das Unidades de Recebimento de MS, MT, RO e SP

No último mês, Taubaté (SP) recebeu representantes das centrais do Sistema Campo Limpo dos estados de Mato Grosso (MT), Mato Grosso do Sul (MS), Rondônia (RO) e São Paulo (SP), em um encontro estratégico voltado ao fortalecimento das operações, segurança e comunicação. A iniciativa, coordenada pelos coordenadores regionais operacionais, Weider Santana e Rosangela Soto, reforça o compromisso contínuo com a gestão responsável das embalagens vazias de defensivos agrícolas e com o avanço de ações de educação ambiental no campo.

Durante a programação, foram discutidas práticas de segurança operacional, padronização de processos e os resultados alcançados pelas centrais por meio de campanhas e ações educativas. O encontro promoveu a troca de experiências e o alinhamento de diretrizes que impactam diretamente a eficiência do Sistema e o engajamento dos diferentes públicos envolvidos.

Talyta Santos Moraes, coordenadora de comunicação do inpEV.

“O encontro foi uma oportunidade única de apresentar as iniciativas que temos construído em conjunto e que já demonstram resultados significativos. Tenho muito orgulho de ver o quanto o trabalho colaborativo entre as regiões fortalece o todo e amplia o alcance das nossas mensagens. Que venham mais ações com números cada vez maiores”, destacou Talyta Santos Moraes, coordenadora de comunicação do inpEV.

Julio Sousa, gerente de suprimentos do inpEV

O evento reforçou a importância da atuação integrada das centrais na promoção da logística reversa no agronegócio e da conscientização de agricultores, distribuidores e sociedade em geral sobre a destinação correta das embalagens vazias, como elos importantes da cadeia agrícola. Essa união de esforços amplia o impacto das mensagens do Sistema Campo Limpo e contribui para a construção de um campo cada vez mais seguro, sustentável e bem-informado.

Julio Sousa, gerente de suprimentos do inpEV
Encontro Campo Limpo
Visita à fábrica da Campo Limpo Reciclagem e Transformação.

O Sistema Campo Limpo, referência mundial em logística reversa de embalagens de defensivos agrícolas, segue fortalecendo sua atuação por meio da cooperação entre seus elos e da busca constante por inovação, segurança e responsabilidade ambiental. O encontro também contou com uma visita à fábrica da Campo Limpo, proporcionando aos participantes uma compreensão mais aprofundada sobre como as ações realizadas nas centrais impactam diretamente as etapas seguintes do processo, reforçando a importância da integração e valorização de toda a cadeia.

“O encontro foi essencial para o fortalecimento da governança e da padronização dos processos nas centrais. Momentos como este contribuem para a melhoria contínua das operações, reforçam nosso compromisso com a segurança e a sustentabilidade no campo, além de alinharem estratégias que ampliam a efetividade das ações do Sistema Campo Limpo em nível nacional”, destaca Weider Santana, coordenador regional operacional.

“A reunião foi fundamental, pois momentos como este, em que reunimos gestores de centrais e representantes de associações de revendas, nos permitem discutir temas estratégicos do Sistema Campo Limpo, promovendo alinhamento e direcionamento para nossas atividades. As trocas são sempre muito ricas e colaborativas, e é justamente esse engajamento coletivo que nos impulsiona na busca pelos resultados. A visita à recicladora também foi extremamente relevante, pois nos permitiu compreender, na prática, como nossas ações impactam diretamente as etapas seguintes do processo”, destaca Rosangela Soto, coordenadora regional operacional.

ADIAESP e o papel fundamental no Sistema Campo Limpo e na sustentabilidade do agronegócio paulista 

A associação, integrante do Sistema Campo Limpo, promove a destinação correta de embalagens de defensivos agrícolas e diversas ações que visam a sustentabilidade no campo. 

Com mais de 20 anos de atuação, a Associação dos Distribuidores de Insumos Agrícolas do Estado de São Paulo (ADIAESP) integra o Sistema Campo Limpo e fortalece os elos da cadeia agrícola por meio da logística reversa das embalagens vazias de defensivos agrícolas. Além disso, a associação atua de forma ativa junto com as empresas associadas para que estas também contribuam de maneira ativa para a sustentabilidade do setor agrícola. 

Pedro Amadeu, Supervisor Administrativo e Fabio José Soares de Mattos da ADIAESP, participam de entrevista exclusiva ao Portal do Sistema Campo Limpo para destacar a importância do Sistema Campo Limpo, ações de conscientização e educação ambiental, além de contar um pouco sobre o trabalho que a associação desenvolve em parceria com órgãos do setor, empresas, entidades e prefeituras.  Confira abaixo a entrevista.  

Como a ADIAESP contribui para a regulação e segurança do uso de defensivos agrícolas em São Paulo? 

A ADIAESP é a maior associação de logística reversa no Estado de São Paulo, com seus 12 Postos de Recebimento e 03 Centrais de Processamento de Embalagens atendendo mais de 150 cidades no estado e mais de 10 mil atendimentos realizados a produtores rurais anualmente. Trabalhamos forte em conscientização, ações em parcerias com órgãos, empresas, entidades e prefeituras para realizar capacitação de funcionários e parceiros e multiplicadores de forma constante. 

Em contato direto com mais de 60 prefeituras, realizamos recebimentos itinerantes para entrega de embalagens vazias de defensivos por produtores e cooperativas, garantindo a devolução correta em cidades onde não existem postos de recebimento, isto garante a devolução de mais de 80 toneladas por ano. 

A principal contribuição da ADIAESP para a regulação e segurança do uso de defensivos agrícolas em São Paulo reside na sua atuação na logística reversa de embalagens, garantindo a destinação ambientalmente correta desses resíduos e promovendo a conscientização sobre a responsabilidade no uso desses produtos. 

De que forma a associação equilibra inovação, sustentabilidade e produtividade no setor? 

Embora o foco principal seja a logística reversa, contribui indiretamente para o equilíbrio entre inovação, sustentabilidade e produtividade no setor agrícola de diversas formas, entre elas: logística reversa eficiente, conscientização e boas práticas no setor, informação para decisões inteligentes, diálogo com o Poder Público e colaboração entre os setores.  

É importante ressaltar que a ADIAESP não atua diretamente no desenvolvimento de novas tecnologias de produção ou em práticas agrícolas inovadoras. Sua contribuição para a inovação e a produtividade é mais indireta, ao criar um ambiente regulatório e de conscientização que favorece a adoção de práticas sustentáveis, as quais, por sua vez, podem impulsionar a eficiência e a inovação no longo prazo. Ao focar na sustentabilidade através da logística reversa, a ADIAESP estabelece uma base importante para que o setor agrícola possa buscar a inovação e a produtividade de forma mais equilibrada e responsável. 

Quais ações educativas a ADIAESP realiza junto aos agricultores e escolas? Como esse trabalho fortalece a conscientização para toda sociedade? 

A ADIAESP desenvolve diversas ações educativas direcionadas tanto aos agricultores quanto às escolas, com o objetivo de fortalecer a conscientização sobre o uso seguro e o descarte correto de defensivos agrícolas, bem como a importância da preservação ambiental. Existem diversas ações educativas para agricultores, que vão de palestras e treinamentos até parcerias com revendas e cooperativas.  

Importante destacar as ações educativas para as escolas, que envolvem palestras em instituições de ensino, que abordam temas como a importância da agricultura, os cuidados com o meio ambiente, o ciclo de vida dos produtos agrícolas e a necessidade do descarte correto de resíduos. A associação também pode fornecer material de apoio aos professores, como planos de aula e sugestões de atividades, para que eles possam abordar o tema da sustentabilidade e do descarte correto em sala de aula. 

Para o público infantil, a associação pode desenvolver atividades lúdicas e interativas, como jogos e dinâmicas, para introduzir conceitos de sustentabilidade e a importância da preservação do meio ambiente de forma didática e engajadora. O trabalho educativo da ADIAESP, tanto com agricultores quanto com escolas, fortalece a conscientização para toda a sociedade das seguintes formas: 

Em suma, as ações educativas da ADIAESP atuam em diferentes níveis da sociedade, desde a formação das futuras gerações até a capacitação dos profissionais do campo, promovendo uma conscientização mais ampla e engajando diversos atores na construção de um futuro mais sustentável para o agronegócio e para toda a sociedade. 

Qual o impacto do Sistema Campo Limpo na gestão sustentável de embalagens de defensivos agrícolas? 

O Sistema Campo Limpo Contribui para que tenhamos uma unidade no padrão de operação das unidades de recebimento de embalagens vazias de defensivos. Através dele alinhamos procedimentos operacionais nas etapas de recebimento as embalagens, triagem do material, compactação das embalagens granel, armazenamento correto e seguro nas centrais e postos de recebimento, carregamento das embalagens compactadas e transporte até o destino final. 

Como a logística reversa pode evoluir diante de novas regulamentações e desafios ambientais? 

Eficiência e economia de recursos naturais é o que mais se espera da logística reversa atualmente. Sendo assim, a evolução do setor regulatório e os novos desafios ambientais caminham juntos, exigindo do Sistema Campo Limpo uma rápida adaptação nas suas atividades operacionais e estruturas físicas, incluindo a frota de transporte. Diante disso, é inerente que os usos de novas tecnologias sejam para melhorar a segurança, o transporte, o processamento, armazenamento, rastreabilidade e destinação final das embalagens de defensivos. 

Quais eventos são organizados no Dia Nacional do Campo Limpo? Como a data é celebrada junto com as centrais? 

Os eventos organizados para o Dia Nacional do Campo Limpo na ADIAESP é a Solenidade de abertura, homenagens à produtores agrícolas, homenagens às autoridades, premiação municipal do programa de educação ambiental PEA, Plantio de Mudas, ação de conscientização da comunidade local através da divulgação das atividades da ADIAESP, palestras e doação de mudas nativas. 

A data é celebrada com todos os participantes mostrando nossas centrais, explicando nosso processo, fornecendo materiais informativos do Sistema Campo Limpo, brinquedos para o público infantil e proporcionando um espaço para que haja integração e troca de informações entre todos os participantes.