ACIAGRI representa o Sistema Campo Limpo no oeste da Bahia e celebra resultados e legado 

Atuando em uma das regiões mais produtivas do Brasil, ACIAGRI reforça o compromisso com a logística reversa, a conscientização dos agricultores e o destino correto das embalagens vazias. 

ACIAGRI representa o Sistema Campo Limpo no oeste da Bahia

Com mais de duas décadas de atuação, a Associação do Comércio de Insumos Agropecuários (ACIAGRI) tem papel essencial no fortalecimento da logística reversa e na disseminação de boas práticas agrícolas no oeste da Bahia, que é uma das regiões mais produtivas do país. A entidade representa mais de 70 canais de distribuição e é responsável pela gestão de três centrais e três postos de recebimento de embalagens vazias de defensivos agrícolas, ampliando a capilaridade do Sistema Campo Limpo no estado.

Reconhecida por sua atuação próxima ao produtor rural e por seu engajamento em ações ambientais e educativas, a ACIAGRI é exemplo de integração entre eficiência logística e sustentabilidade. Em entrevista exclusiva ao Portal do Sistema Campo Limpo, Adilson Gonçalves de Campos, presidente da associação, destaca resultados expressivos, o diálogo constante com agricultores e o compromisso com um futuro mais sustentável para o agro brasileiro.

Adilson Gonçalves de Campos

1. Como a ACIAGRI tem fortalecido a logística reversa das embalagens vazias e contribuído com os resultados do Sistema Campo Limpo no oeste da Bahia?

A ACIAGRI foi fundada em 2003, em um momento em que a destinação das embalagens vazias de agrotóxicos ainda era incipiente. Na época, os agricultores não tinham o hábito de devolver corretamente essas embalagens. Com a conscientização do tema, passamos a atuar de forma estruturada na região oeste da Bahia, onde hoje fazemos a gestão de três centrais e três postos de recebimento.

Representamos mais de 70 empresas associadas e administramos unidades em Barreiras, Roda Velha e Rosário, todas localizadas em áreas estratégicas. A Central de Barreiras é há anos uma das maiores do Brasil, com previsão de fechar 2025 com cerca de 2 mil toneladas de embalagens vazias recebidas. As centrais de Roda Velha e Rosário devem somar juntas mais de 2,5 mil toneladas. Desde o início da operação, já contabilizamos 58 mil toneladas de embalagens recebidas, processadas e destinadas corretamente, um número expressivo que reflete o engajamento dos produtores e a eficiência da logística reversa.

Além disso, Barreiras, cidade-polo que atende cerca de 12 municípios, realiza regularmente recebimentos itinerantes, ampliando o alcance do Sistema Campo Limpo e garantindo que até os pequenos produtores possam cumprir seu papel legal.

2. A proximidade com o produtor rural é uma marca da ACIAGRI. De que maneira essa relação contribui para disseminar boas práticas agrícolas e ampliar a conscientização sobre a importância da devolução correta das embalagens?

Temos três frentes principais de abordagem junto aos produtores: os canais de distribuição, formados pelas mais de 70 empresas associadas; a atuação técnica, por meio de agrônomos e consultores que levam informação diretamente ao campo; e os canais de comunicação da própria ACIAGRI, incluindo as redes sociais.

Também realizamos um programa de visitas às propriedades, em que os gerentes e auxiliares das centrais vão até as fazendas, fazem palestras e orientam os produtores sobre o processo correto de devolução. Além disso, participamos do projeto AIBA Mais Perto dos Produtores, desenvolvido pela Associação dos Agricultores e Irrigantes da Bahia (AIBA). Nessa iniciativa, temos espaço para dialogar diretamente com os agricultores sobre desafios estruturais e reforçar a importância da logística reversa.

Acreditamos muito na comunicação direta, no “olho no olho”. Sempre que há eventos nas comunidades rurais, estamos presentes para ouvir, orientar e construir soluções junto aos produtores.

3. A sustentabilidade está cada vez mais presente no cotidiano do agro. Quais iniciativas ou projetos da ACIAGRI você destacaria como exemplo de compromisso com o meio ambiente?

A sustentabilidade é parte essencial do nosso trabalho. Participamos ativamente de ações do Sistema Campo Limpo, como o Dia Nacional do Campo Limpo (DNCL) e o Programa de Educação Ambiental (PEA) Campo Limpo, alcançando mais de mil crianças por ano em escolas da região.

Também integramos os Conselhos Municipais de Meio Ambiente dos principais municípios do oeste da Bahia, contribuindo para debates sobre a gestão da água, a conservação dos rios e a destinação de resíduos sólidos. Mantemos diálogo frequente com órgãos ambientais, universidades e entidades de fiscalização, participando de palestras, eventos técnicos e projetos de conscientização.

Essas ações reforçam o compromisso da ACIAGRI com a sustentabilidade e com a formação de uma cultura de responsabilidade ambiental cada vez mais sólida no campo.

4. O Sistema Campo Limpo é um exemplo de responsabilidade compartilhada que envolve todos os elos da cadeia agrícola. Como a ACIAGRI avalia o papel das associações nesse trabalho coletivo pela sustentabilidade?

As associações estão na base da pirâmide da responsabilidade compartilhada. Fazemos um trabalho de formiguinha, levando informação e educação ambiental às comunidades e difundindo boas práticas de gestão de resíduos sólidos.

Na ACIAGRI, atuamos em parceria com os canais de distribuição e participamos ativamente de comitês de bacias hidrográficas, já que o oeste da Bahia é o maior polo irrigado do país, com 350 mil hectares de áreas cultivadas irrigadas e uma meta de alcançar 1 milhão de hectares irrigados. Nosso trabalho também contribui para a preservação do Rio São Francisco e de seus afluentes, e temos orgulho em dizer que, graças à conscientização dos produtores, não vemos embalagens descartadas nos rios, o que é um sinal claro de que o Sistema Campo Limpo está funcionando.

5. O lema “Por um destino melhor” expressa o propósito do Sistema Campo Limpo. De que forma essa mensagem dialoga com a missão da ACIAGRI?

O lema “Por um destino melhor” é extremamente simbólico e representa exatamente o que praticamos há mais de 20 anos. Todos os elos da cadeia agrícola: indústria, distribuidores, produtores, associações e órgãos de fiscalização têm um papel essencial em conduzir um dos maiores programas de logística reversa do mundo.

“Por um destino melhor” reflete nossa missão de transformar responsabilidade em resultados concretos, garantindo que as embalagens vazias tenham o destino correto e contribuam para um futuro mais sustentável. Em um momento em que o mundo volta suas atenções para temas ambientais, especialmente com a COP30 se aproximando, é fundamental valorizar o trabalho do Sistema Campo Limpo e mostrar como o agro brasileiro é parte da solução para o planeta

Pioneirismo e eficiência marcam a atuação da ADITA no Sistema Campo Limpo

ADITA - Campo Mourão
Crédito: ADITA

Com mais de duas décadas de atuação, a Associação dos Distribuidores de Insumos e Tecnologia Agropecuária (ADITA) se consolidou como uma das principais referências em logística reversa de embalagens vazias e sustentabilidade no Sul do Brasil. Atuando de forma integrada ao Sistema Campo Limpo, a entidade avança continuamente na ampliação de sua rede, na inovação dos processos e na conscientização ambiental junto aos seus associados, parceiros e produtores rurais.

Crédito: ADITA

Em entrevista exclusiva ao Portal do Sistema Campo Limpo, o engenheiro agrônomo e diretor executivo Waldir José Baccarin fala sobre os resultados da associação, o trabalho junto aos agricultores e as perspectivas para o futuro do agro sustentável.
Confira:

1. A ADITA celebrou recentemente um marco no primeiro semestre de 2025: mais de 1.100 toneladas de embalagens vazias de defensivos agrícolas destinadas corretamente. Fale um pouco sobre o trabalho da associação e o que esse número representa.

A ADITA foi fundada em 1999 por um grupo de distribuidores que buscavam soluções seguras e organizadas para a destinação de embalagens vazias de defensivos agrícolas. Desde então, crescemos de forma estruturada, sempre com foco em eficiência, segurança e responsabilidade ambiental. Esse marco de mais de 1.100 toneladas destinadas corretamente apenas no primeiro semestre de 2025 reflete o compromisso de toda a equipe e dos nossos parceiros. Hoje, atuamos em mais de 50% do território do Paraná e no oeste de Santa Catarina, atendendo uma área de cerca de 11 milhões de hectares e envolvendo 294 empresas associadas e parceiras. Nosso trabalho é totalmente licenciado e realizado com frota própria, garantindo controle em todas as etapas, da coleta ao transporte e à entrega nas centrais de recebimento.

2. Como é a relação da ADITA com os produtores rurais? E como essa relação contribui para ampliar a conscientização sobre a importância da logística reversa e da sustentabilidade?

A relação com o agricultor é o coração do nosso trabalho. Mantemos um call center exclusivo para o agendamento das devoluções e para o esclarecimento de dúvidas sobre o processo. Atendemos de forma direta cerca de 13 mil produtores cadastrados, e esse contato constante é essencial para garantir que todos compreendam as etapas e a importância da devolução correta das embalagens vazias. Cada ligação é uma oportunidade de conscientização: explicamos o que deve ser feito, por que é importante e quais são as responsabilidades de cada elo da cadeia. Além disso, realizamos mais de 600 recebimentos itinerantes por ano, o que aproxima ainda mais o agricultor do Sistema e facilita a logística, especialmente nas regiões mais distantes das centrais. O resultado é muito positivo porque temos uma adesão praticamente total e um nível de organização e segurança que refletem o quanto o produtor já entende seu papel na sustentabilidade do agro.

3. Nos últimos anos, o agronegócio brasileiro tem avançado em tecnologia e sustentabilidade. Como a ADITA tem acompanhado esse movimento e incentivado seus associados a adotarem práticas alinhadas a esses conceitos?

A inovação é uma prioridade para nós. Digitalizamos todo o processo de gestão das embalagens, utilizando o Sistema de Informação das Centrais (SIC) e o Sistema de Informação de Postos (SIP). Essas ferramentas permitem rastrear cada embalagem vazia, do cadastro do agricultor até o destino final, com dados atualizados em tempo real. Isso traz transparência, agilidade e segurança, tanto para os órgãos de fiscalização quanto para nossos associados. Também mantemos uma comunicação direta com os distribuidores por meio de boletins informativos diários e reuniões periódicas. Nelas, tratamos de temas como boas práticas agrícolas, legislações ambientais e segurança operacional, fortalecendo o conhecimento e a responsabilidade compartilhada entre todos.

ADITA - Umuarama
Crédito: ADITA

4. Quais ações da ADITA você destacaria como exemplo de eficiência na operação das embalagens vazias junto ao Sistema Campo Limpo?

O nosso Programa de Recebimento Itinerante é um exemplo de eficiência e inovação. Foi estruturado com frota própria e equipes treinadas para atuar em total conformidade com as exigências ambientais. Atualmente, contamos com seis veículos de grande porte, incluindo carretas e furgões totalmente identificados e licenciados, que realizam coletas em pontos estratégicos definidos em conjunto com cooperativas e revendas. Essa operação garante segurança, otimização de rotas e um aproveitamento logístico que reduz custos e emissões. Além disso, temos um índice de qualidade muito alto: o material recolhido por nossas equipes chega às centrais em condições até 40% melhores do que as devoluções diretas, devido ao acompanhamento técnico e à orientação ao produtor. Trabalhamos ainda com mais de 40 colaboradores diretos, em um processo totalmente controlado e rastreado. Isso nos permite oferecer um serviço de excelência dentro do Sistema Campo Limpo.

ADITA - Maringá
Crédito: ADITA

5. Olhando para o futuro, quais são os principais desafios e oportunidades que a ADITA enxerga para o desenvolvimento sustentável do agro?

Vejo dois grandes caminhos: o primeiro é continuar investindo em educação ambiental e conscientização, especialmente entre as novas gerações. Nesse sentido, temos orgulho de participar do Programa de Educação Ambiental (PEA) Campo Limpo, que já rendeu diversos prêmios nacionais a escolas da nossa região. O segundo é expandir nosso modelo de operação para atender novas regiões e associações interessadas. Já estamos sendo procurados por entidades de outros estados que querem adotar o mesmo formato de gestão integrada, pela qualidade e eficiência que oferecemos. Nosso objetivo é continuar contribuindo para um agronegócio mais limpo, inovador e responsável, sempre em sintonia com o propósito do Sistema Campo Limpo e com as metas de sustentabilidade do setor.

6. Espaço aberto para considerações finais

Nosso trabalho é movido por um propósito claro: proteger o meio ambiente e fortalecer o agro brasileiro. Quando olhamos nossa trajetória, desde 1999 até hoje, vemos o quanto evoluímos: saímos de 330 toneladas destinadas no primeiro ano para a previsão de destinar 2.200 toneladas em 2025. A ADITA é, acima de tudo, uma rede de pessoas comprometidas com o futuro. Seguiremos investindo em tecnologia, capacitação e educação para manter nossa excelência operacional e fazer a nossa parte na proteção ao meio ambiente.

Workshop do inpEV reúne mais de 200 participantes para discutir devolução em vendas diretas

Evento remoto esclareceu como indicar corretamente o local de devolução das embalagens vazias na nota fiscal e respondeu dúvidas do setor

Workshop do inpEV

Com 204 participantes, o Workshop “Indicação de Local de Devolução na Nota Fiscal de Venda Direta” reuniu profissionais de todo o país em um encontro remoto promovido pelo inpEV. A iniciativa teve como foco orientar sobre a obrigatoriedade de indicar, na nota fiscal, o endereço onde o agricultor deve devolver as embalagens de defensivos agrícolas em casos de venda direta. Do total, 194 participantes representavam 85 empresas associadas e 10 eram integrantes do Instituto, reforçando o engajamento do setor em alinhar procedimentos e garantir o cumprimento da legislação de logística reversa.

A exigência está prevista no Decreto Federal nº 4.074/2002 e reforçada pela Lei Federal 14.785/2023, que estabelecem as responsabilidades compartilhadas da logística reversa. Nas vendas diretas, apenas unidades conveniadas podem ser indicadas na nota. Esses convênios, firmados pelo inpEV em parceria com associações e indústria, permitem dividir custos e garantir clareza no processo.

Workshop do inpEV - Linha do Tempo

Os participantes também conheceram ferramentas digitais, como a Área Restrita do Sistema Campo Limpo e a API do inpEV, que oferecem dados atualizados das unidades de recebimento e facilitam a emissão correta das notas fiscais.

Conduzido por Renata Stringueta Nishio (Gerente de Assuntos Institucionais), o encontro contou também com a participação de representantes do Instituto: Bárbara Kobayashi (Gerente Jurídica), Marilene Iamauti (Gerente de Sustentabilidade) Alexander Santos (Gerente de Destinação Final, Desenvolvimento Tecnológico e Logística) e Ana Telma Maia (Coordenadora Regional Institucional).

“O Sistema Campo Limpo só é possível porque cada elo da cadeia cumpre seu papel. Eventos como este workshop são fundamentais para esclarecer dúvidas e alinhar procedimentos, garantindo que a logística reversa continue sendo uma referência de sustentabilidade no Brasil.” comentou Renata Stringueta Nishio.

No fim, o espaço de perguntas e respostas permitiu que dúvidas práticas fossem esclarecidas, em um momento de grande interação com o público. A alta participação mostrou o interesse do setor em alinhar procedimentos e reforçou a importância da indicação correta do local de devolução nas vendas diretas.

5 perguntas que poderiam surgir das crianças se estudassem sobre o Sistema Campo Limpo e a logística reversa das embalagens vazias? (e que todo adulto também deveria saber)

Crianças têm a capacidade de transformar temas complexos em perguntas simples e diretas. Inspirados nessa curiosidade, reunimos cinco questões que poderiam surgir e que todo adulto também deveria saber responder sobre educação ambiental e logística reversa.

Antes de responder às perguntas, vale conhecer melhor o Programa de Educação Ambiental (PEA) Campo Limpo e o Concurso de Desenho e Redação, que unem educação ambiental, criatividade e sustentabilidade em todo o Brasil.

O que é o PEA Campo Limpo?

Criado em 2010, o Programa de Educação Ambiental (PEA) Campo Limpo tem como missão apoiar escolas no ensino de temas ambientais, conectando-se com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN).

Voltado para alunos do 4º e 5º ano do Ensino Fundamental, o PEA Campo Limpo promove a reflexão sobre responsabilidade compartilhada na gestão de resíduos sólidos, consumo consciente, reciclagem e destinação ambientalmente adequada destes resíduos. Desde a sua criação, o PEA Campo Limpo já alcançou mais de 2,8 milhões de alunos em todo o país.

Além disso, o programa busca estimular mudanças de atitude e o protagonismo dos estudantes, incentivando práticas de consumo consciente que contribuam para reduzir, reutilizar, e reciclar e resíduos, além de dispor adequadamente rejeitos.

O programa distribui kits educacionais a escolas públicas e privadas da rede de relacionamento das Unidades de Recebimento de Embalagens Vazias do Sistema Campo Limpo em todo o país, com caderno do professor, pôsteres temáticos, jogos colaborativos e materiais de apoio para sala de aula. Só em 2024, foram mais de 3.200 escolas participantes, em 378 municípios, beneficiando cerca de 294 mil alunos e 16 mil educadores.

Em 2025, foram entregues 8 mil kits e o tema central Mudanças Climáticas, sempre em conexão com a gestão de resíduos sólidos e a sustentabilidade. Os materiais contam com QR Codes que levam a conteúdos virtuais extras, e o portal do PEA Campo Limpo oferece ainda o Espaço do Educador, com planos de aula, atividades e vídeos de apoio aos professores.

O Concurso de Desenho e Redação

Educação Ambiental

Uma das iniciativas mais aguardadas do Programa de Educação Ambiental (PEA) Campo Limpo é o Concurso de Desenho e Redação, que mobiliza alunos e professores de diferentes regiões desde 2010. Em 2025, os trabalhos refletiram sobre sustentabilidade, mudanças climáticas e o papel de cada pessoa cidadã na construção de um futuro mais equilibrado.

A produção inventiva dos estudantes é um retrato inspirador da nova geração, que traz para o presente a consciência de cuidar do planeta.

As perguntas que poderiam vir das crianças e as respostas para todos nós

Embora as crianças não aprendam diretamente sobre a logística reversa das embalagens vazias, o PEA Campo Limpo desperta nelas a curiosidade sobre temas como gestão de resíduos, consumo consciente e responsabilidade ambiental. Inspirados nesse olhar, reunimos cinco perguntas que poderiam surgir em sala de aula e que todo adulto também deveria saber responder.

1. Para onde vão as embalagens vazias depois que meu familiar agricultor entregou na unidade de recebimento?

Elas passam por triagem nas unidades do Sistema Campo Limpo. A maior parte segue para reciclagem, virando novos itens, como embalagens, tampas e tubos. O que não pode ser reciclado é destinado de forma ambientalmente correta, para a incineração em empresas homologadas.

2. De que forma isso ajuda o meio ambiente?

A devolução das embalagens garante que elas tenham uma destinação correta, contribuindo para a conservação do solo e da água. Além disso, quando são recicladas, diminui-se a necessidade de extrair novos recursos da natureza, fortalecendo a economia circular.

3. E se alguém jogar a embalagem vazia de defensivo no lixo comum?

Esse é um grande risco e é ilegal. A devolução das embalagens vazias de defensivos agrícolas além de ser uma boa prática é uma obrigação prevista na Lei Federal nº 14.785/23 e no Decreto Federal nº 4.074/02.Quem descarta de forma incorreta pode causar sérios danos ao meio ambiente, colocando em risco a saúde de pessoas e animais, além de estar sujeito a penalidades.

4. Quem garante que tudo funciona direito?

O Sistema Campo Limpo é um modelo de responsabilidade compartilhada: agricultores devolvem as embalagens no período de até 12 meses após a compra, canais de distribuição direcionam o local de entrega presente na nota fiscal, a indústria financia a logística do Sistema e a destinação, e o poder público fiscaliza todo processo.

5. Dá mesmo para transformar “lixo” em coisa nova?

Sim! Esse é um dos grandes resultados do Sistema Campo Limpo. Hoje, já existem 38 artefatos homologados pelo inpEV, fabricados com o plástico reciclado das embalagens, entre eles tubos de irrigação, conduítes elétricos, tampas plásticas, novas embalagens de defensivos agrícolas e outros produtos que voltam para o mercado de forma segura e sustentável.

A inspiração das novas gerações

Assim como o Concurso de Desenho e Redação do PEA Campo Limpo 2025, essas perguntas fictícias mostram como o olhar infantil pode nos ajudar a refletir sobre sustentabilidade e responsabilidade.

Ao transformar curiosidade em aprendizado, o Sistema Campo Limpo reforça sua missão: “Juntos por um destino melhor”.

Com duas centrais do Sistema Campo Limpo, Paragominas (PA) é destaque no recebimento de embalagens vazias

Expansão do Sistema Campo Limpo no município fortalece a logística reversa de embalagens vazias de defensivos agrícolas e reforça o protagonismo do Pará no agro sustentável.

Central inpEV em Paragominas (crédito: inpEV)
Central inpEV em Paragominas (crédito: inpEV)

O município de Paragominas (PA), um dos mais estratégicos do agronegócio brasileiro, deu mais um passo no fortalecimento de sua infraestrutura de sustentabilidade com a atuação de duas centrais do Sistema Campo Limpo (SCL). Uma unidade foi inaugurada e outra passou a integrar a rede como parceira, ampliando a capacidade de destinação ambientalmente correta das embalagens vazias de defensivos agrícolas.

A expansão do SCL acontece em meio ao crescimento acelerado do agro no Pará. Segundo o Boletim Agropecuário do Pará 2024, elaborado pela FAPESPA, o estado lidera a produção nacional de soja, milho e cacau, resultado de investimentos em tecnologia, ampliação da fronteira agrícola e melhoria da infraestrutura logística. Só a soja representou 61,3% das exportações agropecuárias em 2023, movimentando mais de US$ 1,6 bilhão.

Nesse cenário, Paragominas tem papel de destaque: responde por 25,1% do volume exportado de soja do estado, à frente de Santarém (21,9%). O milho também cresce em relevância, com alta de 44,7% nas exportações em 2023, somando US$ 401,6 milhões. Ao mesmo tempo, o Sistema Campo Limpo registrou no Pará a destinação correta de 386 toneladas de embalagens vazias de defensivos agrícolas apenas em 2024. A expectativa é que, com as novas unidades em Paragominas, essa contribuição aumente ainda mais, ampliando a conveniência para agricultores da região.

As centrais são estruturas licenciadas para garantir a destinação ambientalmente correta das embalagens. No local, os recipientes passam por inspeção, classificação, separação por tipo de material, compactação e emissão de recibo, que assegura que o agricultor cumpriu sua responsabilidade legal — requisito fundamental também para acessar mercados mais exigentes. Depois, o inpEV organiza a coleta e o transporte para reciclagem ou incineração segura, fechando o ciclo da logística reversa.

Para os produtores, a presença de centrais no município significa redução de deslocamentos, economia de tempo e custos, além de maior segurança jurídica.

Nesse movimento de expansão, o Sistema Campo Limpo já conta com cinco postos de recebimento e três centrais em operação no Pará. Duas delas estão em Paragominas, sendo uma operada pelo inpEV e outra pela Associação do Comércio Agropecuário do Pará (ACAP). “Somadas, essas estruturas possuem mais de 2.100 m² de área e capacidade de receber até 2.160 toneladas por ano. Entre 2022 e 2025, destinamos corretamente cerca de 1.400 toneladas de embalagens vazias no estado”, afirma Fábio Fonseca, Coordenador Regional Operacional do inpEV.

A gerente administrativa da ACAP, Tamara de Sousa Reis, reforça a relevância da proximidade com os agricultores para garantir os resultados alcançados. “A ACAP nasceu para apoiar os produtores do Pará e continua com essa missão. Nosso diferencial é estar lado a lado com agricultores de diferentes perfis, orientando, participando de recebimentos itinerantes e fortalecendo a consciência ambiental. Em Paragominas, vemos o reflexo desse engajamento: produtores cada vez mais comprometidos com a devolução correta das embalagens e com a sustentabilidade no campo”, destaca. Hoje, o Sistema Campo Limpo conta com mais de 400 unidades de recebimento distribuídas em 26 estados e no Distrito Federal. Desde 2002, já destinou corretamente mais de 800 mil toneladas de embalagens, consolidando o Brasil como referência mundial em logística reversa no setor agrícola.

Serviço – Novas centrais em Paragominas (PA):

  • Central de Paragominas (PA) – Rodovia PA-125, Km 12 – Bairro Presidente Juscelino – CEP 68628-557
  • Central de Paragominas ACAP (PA) – Parceira do Sistema Campo Limpo – Rodovia PA-256, Km 03 – Zona Rural – CEP 68625-484

Sipcam Nichino aposta em tecnologia e sustentabilidade para construir, junto ao Sistema Campo Limpo, um destino melhor

Empresa investe em inovações, apoia práticas sustentáveis e mantém contato próximo com agricultor para contribuir com o avanço da responsabilidade ambiental no agronegócio.

Alexandre Gobbi, presidente da Sipcam Nichino
Alexandre Gobbi, presidente da Sipcam Nichino

Presente no Brasil há mais de 46 anos, a Sipcam Nichino consolidou sua atuação no mercado agrícola ao unir tecnologia, inovação e sustentabilidade. A responsabilidade ambiental da empresa também se reflete na participação ativa no Sistema Campo Limpo.  Com o propósito de oferecer soluções que conciliem produtividade e responsabilidade socioambiental, ajudando agricultores a produzirem mais alimentos com menor impacto ao ecossistema, a companhia acredita na força da sustentabilidade para o futuro próspero do agronegócio brasileiro.

Confira abaixo a entrevista exclusiva que Alexandre Gobbi, presidente da Sipcam Nichino, concedeu ao Portal do Sistema Campo Limpo:

  1. A Sipcam Nichino preza pela agricultura sustentável e com menor impacto ao ecossistema. Como isso ocorre na prática e qual a importância da sustentabilidade para a empresa?

A sustentabilidade está no centro da estratégia da Sipcam Nichino. Para nós, não é apenas um discurso, mas uma prática diária que orienta desde a pesquisa e desenvolvimento até a forma como nos relacionamos com agricultores, comunidades e órgãos reguladores. Na prática, isso significa investir constantemente em soluções que conciliem produtividade com responsabilidade ambiental.

Trabalhamos no desenvolvimento de tecnologias mais eficientes, que exigem doses menores de produtos, reduzem o risco de contaminação e preservam o equilíbrio do ecossistema. Além disso, incentivamos o uso racional dos insumos agrícolas, apoiando o produtor em boas práticas que promovam segurança e sustentabilidade no campo. Esse compromisso é fundamental porque acreditamos que a agricultura só será viável a longo prazo se for sustentável. E, como empresa global, temos a responsabilidade de oferecer ao produtor rural ferramentas que ajudem a produzir mais alimentos, de forma segura, com menor impacto ao meio ambiente. Esse é o nosso propósito e a razão pela qual a sustentabilidade é um valor estratégico para a Sipcam Nichino.

  • De que maneira essa responsabilidade ambiental está ligada com o trabalho desenvolvido pelo Sistema Campo Limpo?

A responsabilidade ambiental da Sipcam Nichino também se expressa por meio da nossa participação ativa no Sistema Campo Limpo, que é referência mundial em logística reversa de embalagens vazias de defensivos agrícolas. Nós acreditamos que a sustentabilidade vai além do desenvolvimento de tecnologias mais seguras, ela inclui também o cuidado com todo o ciclo de vida dos produtos. Por isso, trabalhamos em conjunto com agricultores, canais de distribuição e o Sistema Campo Limpo para garantir que as embalagens tenham a destinação correta, evitando riscos de contaminação do solo e da água.

Esse trabalho é fundamental porque transforma a responsabilidade ambiental em uma ação prática e compartilhada. O Sistema mostra que, quando cada elo da cadeia cumpre seu papel, conseguimos reduzir impactos, preservar recursos naturais e ainda gerar valor para toda a sociedade. Para nós, é um orgulho fazer parte desse esforço coletivo.

  • Com mais de 46 anos de atuação, a Sipcam Nichino acompanhou de perto todo o crescimento do agronegócio brasileiro e a evolução da consciência ambiental. Como avaliam o futuro do setor?

Nestes mais de 46 anos de atuação no Brasil, acompanhamos a transformação do agronegócio em um dos pilares da economia nacional e também a evolução da consciência ambiental dentro do setor. Hoje, vemos um produtor cada vez mais atento à sustentabilidade, à inovação e à necessidade de produzir mais com menos impacto. Olhando para o futuro, acreditamos que o agronegócio brasileiro continuará sendo protagonista mundial na produção de alimentos, mas com um diferencial: a adoção crescente de tecnologias sustentáveis.

A agricultura digital, os bioinsumos e os defensivos mais modernos já estão moldando esse novo cenário. O grande desafio, e ao mesmo tempo a grande oportunidade, será equilibrar produtividade e preservação ambiental. E é nesse ponto que a Sipcam Nichino quer contribuir, trazendo soluções que apoiem o produtor rural a crescer de forma competitiva e responsável. Temos confiança de que o futuro do setor é promissor e que o Brasil continuará se consolidando como referência mundial em uma agricultura sustentável e inovadora

  • A assinatura “Por um destino melhor” traduz o propósito do Sistema Campo Limpo. Como essa mensagem dialoga com a missão da Sipcam Nichino?

A assinatura Por um destino melhor’ traduz de forma muito clara aquilo em que acreditamos também na Sipcam Nichino. Para nós, sustentabilidade não é apenas pensar no presente, mas construir caminhos para que as próximas gerações tenham um futuro mais equilibrado e seguro. Essa mensagem dialoga diretamente com a nossa missão de oferecer soluções que permitam ao agricultor produzir mais, preservando o meio ambiente e cuidando das pessoas.

Quando apoiamos o Sistema Campo Limpo, reforçamos que cada embalagem vazia recebida e destinada corretamente é uma prova concreta de que a responsabilidade ambiental pode ser compartilhada e transformar realidades. Portanto, ‘Por um destino melhor’ é também o nosso compromisso: contribuir para uma agricultura cada vez mais sustentável, competitiva e alinhada às expectativas da sociedade.

  • Espaço reservado para as considerações finais.

Gostaria de agradecer a oportunidade de compartilhar um pouco da visão e do trabalho da Sipcam Nichino. Acreditamos que a agricultura é, ao mesmo tempo, um grande desafio e uma grande oportunidade para o Brasil. Nosso compromisso é seguir apoiando o produtor com soluções inovadoras e sustentáveis, que contribuam para uma produção mais eficiente e responsável. Seguiremos firmes em nosso propósito de unir tecnologia, sustentabilidade e pessoas, sempre em parceria com o setor e com iniciativas como o Sistema Campo Limpo, para que possamos construir juntos um destino melhor para todos.

Liderança que transforma: mulheres do agro conectam propósito, sustentabilidade e ação

Projeto ALMA forma lideranças femininas no campo e reforça práticas alinhadas aos valores do Sistema Campo Limpo, como responsabilidade compartilhada e educação ambiental.

Projeto ALMA

No agronegócio brasileiro, a força das mulheres tem ganhado cada vez mais espaço e reconhecimento. Em um setor que se moderniza, busca soluções sustentáveis e valoriza a responsabilidade compartilhada, como faz o Sistema Campo Limpo há mais de 20 anos, é essencial olhar também para quem está por trás das boas práticas no campo. É nesse cenário que surge o Projeto ALMA, Academia de Liderança para Mulheres do Agronegócio, iniciativa que vem revelando talentos femininos e impulsionando transformações nas propriedades, nas famílias e nas comunidades rurais.

Vídeo institucional ALMA

O Projeto ALMA foi criado em 2018 com a missão de fortalecer a presença feminina no setor. Resultado de uma parceria entre a Corteva Agriscience, a Fia Business School e a Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG), a iniciativa busca acelerar o desenvolvimento de mulheres do campo e estimular a formação de novas líderes.

A cada edição, participantes de diferentes regiões do Brasil se conectam em um ambiente online dinâmico e acolhedor, onde compartilham experiências, trocam aprendizados com especialistas e mergulham em temas que vão da gestão e sustentabilidade à inovação e protagonismo no agro.

Segundo Cristina Pimmel, engenheira agrônoma e uma das participantes do programa, a proposta vai ao encontro de suas necessidades. “O ALMA amplia conhecimentos, fortalece a confiança e oferece ferramentas práticas para que essas mulheres gerem impacto real no campo.”

 Cristina Pimmel - Projeto ALMA
Cristina Pimmel

Um dos méritos do projeto está na forma como os temas técnicos e sociais são tratados com sensibilidade e aplicação prática. Sustentabilidade, boas práticas agrícolas e cuidado com o meio ambiente são abordados por meio de exemplos reais de propriedades que conseguem aliar responsabilidade ambiental com produtividade. O programa mostra que é possível produzir de forma eficiente, cuidando do solo, da água e das pessoas.

Essa abordagem está alinhada aos valores do Sistema Campo Limpo, programa brasileiro de logística reversa de embalagens vazias de defensivos agrícolas, que tem como pilares a educação ambiental e a corresponsabilidade entre os elos da cadeia agrícola. Embora o ALMA não trate diretamente da logística reversa de embalagens, assuntos como o uso responsável de insumos e a destinação ambientalmente correta estiveram presentes nas discussões. Cristina destaca que muitas participantes encerram o programa com a percepção clara de que têm um papel ativo na promoção de boas práticas, seja orientando suas comunidades, sendo exemplo dentro de casa ou buscando soluções sustentáveis para os desafios do campo.

A conexão entre o Projeto ALMA e o Sistema Campo Limpo também se fortaleceu por meio de iniciativas educativas colocadas em prática pelas próprias participantes. Em uma das regiões envolvidas, foi proposta a realização do curso EaD Campo Limpo com agricultores locais, em parceria com o Projeto Descarte Correto, iniciativa das alunas do Projeto Alma.

A ação teve adesão do Colégio Agrícola de Toledo, cujos alunos participaram ativamente da formação, ampliando seus conhecimentos sobre responsabilidade compartilhada e contribuindo para a conscientização sobre o destino ambientalmente adequado de embalagens vazias. Esse tipo de desdobramento mostra como o conteúdo do Sistema pode sair do ambiente formativo e gerar impacto direto nas comunidades rurais.

O projeto também se destaca por estimular conexões entre as participantes. Ao abrir espaço para conversas abertas e trocas de experiências, o ALMA ajuda a formar redes de apoio que permanecem mesmo após o encerramento do curso. Cristina observa que esse ambiente favorece o reconhecimento de realidades semelhantes. “São histórias de sucessão familiar, dificuldades na gestão e dúvidas do dia a dia. Saber que outras mulheres passam pelos mesmos desafios gera acolhimento e confiança”, explica.

Entre os resultados observados, o debate sobre sucessão nas propriedades rurais se destaca. Esse é um tema muitas vezes evitado, mas o programa mostrou que pode ser abordado com planejamento e leveza. O aprendizado contribui para fortalecer os vínculos familiares e dar segurança à continuidade das atividades rurais.

Ainda de acordo com Cristina, a formação impacta a gestão das propriedades e o envolvimento das mulheres nas decisões, o que é algo positivo. “Incluir mulheres nos processos decisórios é uma estratégia que fortalece a organização das propriedades, promove inovação e amplia o compromisso com a sustentabilidade.” Essa transformação está em sintonia com o trabalho do Sistema Campo Limpo, que há décadas demonstra como a união entre diferentes elos pode gerar resultados ambientais e sociais relevantes.

O modelo do ALMA pode inspirar outras ações no setor. O formato online, que respeita a rotina das mulheres no campo, permite maior participação e engajamento. Com isso, as participantes se sentem parte ativa das decisões da família e do negócio. É um formato que pode ser replicado em diferentes iniciativas que tenham como foco a inclusão e o desenvolvimento sustentável.

“Que cada mulher do campo reconheça sua força e não tenha medo de ocupar seu espaço. O agro precisa de diferentes olhares, de coragem para inovar e de compromisso com o futuro. A liderança feminina traz tudo isso. Apoiar esse protagonismo é caminhar junto para construir um agronegócio mais sustentável, integrado e competitivo.” finaliza Cristina.

Órgãos estaduais conhecem logística reversa do Sistema Campo Limpo em Taubaté

Visita técnica reuniu 14 representantes de 12 estados para acompanhar de perto o funcionamento da Central de Recebimento de Taubaté e da Campo Limpo Reciclagem e Transformação de Plásticos

Visita dos Representantes dos Órgãos estaduais (crédito: inpEV)

A Central de Recebimento em Taubaté (SP) e a Campo Limpo Reciclagem e Transformação de Plásticos, recicladora parceira do Sistema Campo Limpo, abriram suas portas no dia 23 de setembro para receber uma comitiva de representantes de órgãos estaduais de agricultura e meio ambiente. A visita técnica teve como objetivo apresentar o novo momento do Sistema e demonstrar, na prática, como funciona a logística reversa de embalagens vazias de defensivos agrícolas e a economia circular gerada a partir desse processo.

Lideranças do Sistema Campo Limpo

O grupo foi recebido por Marcelo Okamura, diretor-presidente do inpEV, acompanhado de Renata Nishio, gerente de Assuntos Institucionais do inpEV, além dos coordenadores regionais institucionais do inpEV, Jair Furlan, Ana Telma Maia, Gelson Lang e Hamilton Flandoli. Pela recicladora, participou também Rogério Fernandes, diretor da Campo Limpo Reciclagem e Transformação de Plásticos.

Marcelo Okamura explicando sobre o Sistema Campo Limpo
Marcelo Okamura (crédito: inpEV)

Representatividade nacional

A visita contou com a presença de 14 representantes de órgãos estaduais, que desempenham papel fundamental na defesa agropecuária e ambiental em seus estados:

  • Janair Barreto Viana – Pará (Superintendência de Agricultura e Pecuária)
  • Filomena Antônia de Carvalho Matos – Maranhão (AGED/MA)
  • Regiane Tiemi Teruya Yogui – São Paulo (CETESB)
  • Rui Leão Mueller – Paraná (Instituto Água e Terra – IAT)
  • Alexandre Mees – Santa Catarina (CIDASC)
  • Rafael Friederich de Lima – Rio Grande do Sul (SEAPI)
  • Carlos César Barbosa Lima – Tocantins (ADAPEC)
  • Carlos Anderson Silveira Pedreira – Sergipe (ADEMA)
  • Rita de Cássia Silva Braga – Bahia (INEMA)
  • Thaís Caramori – Mato Grosso do Sul (IMASUL)
  • Maria da Penha Oliveira Alencar – São Paulo (CETESB)
  • Ricardo de Sousa Carneiro – Mato Grosso (SEMA-MT)
  • Gianfranco Badin Aliti – Rio Grande do Sul (FEPAM)
  • Joyce Rodrigues Lobo – Goiás (SEMAD)
Visita técnica

Entendimento prático da logística reversa

Durante a programação, os participantes conheceram de perto o funcionamento da Central de Recebimento, acompanhando os processos de recebimento, classificação e destinação das embalagens devolvidas pelos agricultores. Em seguida, a comitiva foi recebida na Campo Limpo Reciclagem e Transformação de Plásticos, primeira recicladora criada pelo Sistema Campo Limpo.

No local, puderam observar a transformação das embalagens vazias em matéria-prima para novos produtos plásticos, fechando o ciclo da economia circular e reforçando a importância da responsabilidade compartilhada entre agricultores, canais de distribuição, indústria e poder público.

“Foi uma visita muito importante para nós, órgãos de licenciamento e de fiscalização, no sentido de conhecer o processo da logística reversa desde o recebimento até o processamento das embalagens vazias, entendendo de forma pormenorizada de como isso funciona. Levamos ensinamentos importantes daqui para incluir no entendimento dos técnicos lá enquanto órgão ambiental.” comentou Carlos Anderson Silveira Pedreira, presidente da Administração Estadual do Meio Ambiente (ADEMA), de Sergipe.

“Tivemos a oportunidade de aprender e vivenciar, na prática, o destino das embalagens que o agricultor devolve às unidades de recebimento em nossos estados. O Sistema Campo Limpo evoluiu de forma significativa e hoje transforma essas embalagens em novos produtos, como embalagens e tampas feitas com 100% de material reciclado. Isso representa ganhos tanto para o agricultor, que está cada vez mais consciente do seu papel, quanto para todo o processo de logística reversa.” celebrou Filomena Antônia de Carvalho Matos, Coordenadora de Inspeção Vegetal da Agência de Defesa Agropecuária do Maranhão (AGED/MA)

Visita pela Central de Recebimento em Taubaté (SP)

Espaço para diálogo e troca de experiências

O encontro também foi marcado por uma rica troca de informações, em que os representantes estaduais puderam esclarecer dúvidas e aprofundar o entendimento sobre a estrutura da logística reversa no Brasil. Ao longo da visita, foram discutidos o papel estratégico das centrais e postos de recebimento, a rastreabilidade do processo,  desde o código de barras dos fardos das embalagens até a sua destinação final, além dos indicadores de desempenho e controle do Sistema e os impactos positivos ambientais e sociais promovidos pelo modelo.

“O Ministério da Agricultura, como órgão regulador e fiscalizador, entende a importância da logística reversa de embalagens de agrotóxicos. Este evento mostrou, na prática, como o Sistema Campo Limpo garante a destinação adequada dessas embalagens e comprovou a relevância e a efetividade do processo, que envolve toda a cadeia produtiva.” enfatizou Janair Barreto Viana, Divisão de Defesa Agropecuária-DDA-PA.

“Tivemos a oportunidade de realizar uma visita técnica às instalações de uma central de recebimento e à Campo Limpo Reciclagem, conhecendo de perto como as embalagens vazias de agrotóxicos se transformam em novas embalagens. Foi um momento importante para aprofundar o conhecimento sobre as operações e compreender melhor a circularidade dos materiais, em que embalagens usadas retornam ao ciclo produtivo.” comentou Regiane Tiemi Teruya Yogui, gerente da Divisão de Economia Verde e Logística Reversa da CETESB

Para o diretor-presidente do inpEV, Marcelo Okamura, a visita reforça a relevância da integração entre os elos do Sistema Campo Limpo: indústria fabricante, os órgãos estaduais e recicladora.

“Ao aproximarmos o poder público e mostrarmos na prática como funciona a logística reversa, fortalecemos a confiança e ampliamos a transparência. Esse diálogo é fundamental para garantir a continuidade e a evolução do Sistema, sempre com foco na sustentabilidade e em um destino melhor para as embalagens”, afirmou.

Central de Recebimento Taubaté  - Sistema Campo Limpo
Visita pela Central de Recebimento em Taubaté (SP)

O encontro foi avaliado de forma muito positiva pelos participantes, reforçando a atuação conjunta dos órgãos estaduais no Sistema Campo Limpo e fortalecendo o compromisso coletivo com a sustentabilidade no agronegócio.

ACAP tem trabalho próximo com agricultores e posiciona Sistema Campo Limpo no Pará

Central ACAP - Paragominas (Pará)
Central Paragominas – crédito: ACAP


Com quase 23 anos de atuação, a Associação do Comércio Agropecuário do Pará (ACAP) nasceu da necessidade de um grupo de revendas locais em estruturar um Sistema organizado de logística reversa de embalagens vazias de defensivos agrícolas no estado. Hoje, é uma das principais referências regionais do Sistema Campo Limpo, ao desempenhar um papel fundamental na conscientização e orientação dos produtores rurais.

Presente em Paragominas (PA), ACAP é reconhecida por seu trabalho de proximidade com agricultores de diferentes perfis, pelo incentivo às boas práticas ambientais e pelo compromisso com a sustentabilidade. Na entrevista a seguir, Tâmara de Sousa Reis, gerente administrativa da associação, fala com exclusividade ao Portal do Sistema Campo Limpo sobre as conquistas, desafios e o impacto das ações da ACAP no fortalecimento da logística reversa de embalagens vazias de defensivos agrícolas no Pará.

 ACAP - Paragominas (Pará)
Crédito: ACAP

1. A ACAP tem uma atuação muito importante em um estado estratégico como o Pará. Conte um pouco sobre a história da associação e sobre a atuação na região.

A ACAP nasceu de uma necessidade. Em 2001, seis revendas do estado se uniram para buscar uma solução, já que não havia nenhuma central de recebimento no Pará. Encontraram um espaço, estruturaram a associação e começaram a trabalhar. Dois anos depois, firmamos convênio com o inpEV e, desde então, seguimos em atividade, consolidando nossa atuação ao longo de mais de duas décadas e fortalecendo o Sistema Campo Limpo aqui na região.

2. Quais têm sido os principais resultados da ACAP no fortalecimento da logística reversa das embalagens vazias de defensivos agrícolas no Pará?

No Pará, a ACAP é pioneira e tem 23 anos de trajetória. Um de nossos grandes diferenciais é a proximidade com os agricultores. Gostamos de estar presentes nos recebimentos itinerantes, porque eles permitem dialogar diretamente com os pequenos produtores, visitar propriedades e orientar sobre armazenagem e devolução correta. Essa parceria fortalece a confiança e garante melhores resultados. Hoje, temos índices muito positivos no recebimento das embalagens vazias e isso reflete o engajamento dos produtores rurais e a eficácia da comunicação direta e assertiva.

3. O Pará possui realidades agrícolas muito diversas, do pequeno ao grande produtor. Como a ACAP trabalha para dialogar com o agricultor e conscientizar todos esses perfis sobre a importância da devolução das embalagens?

Gosto de destacar nossa parceria com a APROSOJA, que é a Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado do Pará, o que nos aproxima de produtores de diferentes portes. Por meio desse grupo, enviamos comunicados, textos e áudios sobre agendamentos e sobre a tríplice lavagem. Além disso, utilizamos nossas redes sociais e participamos ativamente de eventos do setor agrícola, reforçando nossa presença e mantendo uma comunicação próxima com agricultores em todo o estado.

4. A responsabilidade compartilhada é um dos pilares do Sistema Campo Limpo. Na visão da ACAP, qual é o papel das associações nesse processo coletivo?

As associações são fundamentais por serem locais de recebimento, informação e troca de conhecimento, elo importante e que ajuda o funcionamento do Sistema. Todo o trabalho de destinação correta passa pelas centrais e postos, que garantem que o material chegue até recicladores e incineradores. Nosso papel é conectar os elos da cadeia, ajudar o meio ambiente e assegurar que as embalagens tenham a destinação adequada. Todos são importantes para a correta destinação, proteção ao meio ambiente e fico feliz por também contribuirmos por meio da ACAP.

5. Além do correto destino das embalagens vazias de defensivos agrícolas, quais outras boas práticas ligadas à sustentabilidade e ao agro responsável têm sido incentivadas pela ACAP?

Além dos recebimentos itinerantes e das conversas diretas com os produtores, temos orgulho do trabalho com o Programa de Educação Ambiental (PEA) Campo Limpo. É muito gratificante levar conhecimento às crianças, visitar escolas e aproximar a nova geração do tema sustentabilidade. Também mantemos parcerias com prefeituras, como a de Paragominas, para expandir o alcance de nossas ações em comunidades próximas, como Vila Canaã, onde há muitos pequenos produtores. Essas iniciativas fortalecem a cultura da responsabilidade socioambiental e geram impactos positivos duradouros.

6. A assinatura “Por um destino melhor” traduz a essência do Sistema Campo Limpo e inspira as ações em prol da sustentabilidade. De que forma essa mensagem está ligada com a missão e o dia a dia da ACAP no Pará?

O Pará tem uma vocação agrícola muito forte, e isso exige responsabilidade. A assinatura “Por um destino melhor” reflete exatamente nosso compromisso: unir esforços para garantir que as embalagens tenham a destinação correta, reduzindo impactos e protegendo o futuro do campo. Para isso, precisamos estar sempre ativos na comunicação, seja por meio de eventos, visitas ou recebimentos itinerantes. Sabemos que nem todos os produtores têm acesso fácil à internet ou telefone, e é por isso que fazemos questão de estar presentes no dia a dia, levando informação e reforçando a importância da logística reversa.

inpEV conquista selo Ouro no GHG Protocol e avança em governança climática

Reconhecimento atesta a qualidade técnica e a transparência do inventário de emissões de GEEs da entidade, validado por verificação independente.

O inpEV conquistou o selo Ouro no ciclo 2025 do Programa Brasileiro GHG Protocol, promovido pelo Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas (FGVces). A certificação representa o mais alto nível de qualificação concedido pelo programa, reconhecendo que o inventário de emissões de gases de efeito estufa (GEE) da entidade é completo, abrange todos os escopos aplicáveis e passou por verificação externa realizada por um organismo acreditado pelo Inmetro.

Esse avanço marca a consolidação de uma jornada iniciada com a conquista do selo Bronze em 2023, seguida pelo selo Prata em 2024. Agora, com o selo Ouro, o inpEV reafirma seu compromisso com a transparência, a gestão climática qualificada e o aprimoramento contínuo de seus processos. A evolução demonstra o alinhamento da organização às melhores práticas internacionais de sustentabilidade e governança ambiental e a eficiência da logística reversa no agronegócio.

“A obtenção do selo Ouro reforça nossa responsabilidade em relação à mensuração e à divulgação qualificada das emissões. Trata-se de uma evolução constante e que consolida com a obtenção do novo selo. É um passo fundamental, pois nos dá confiança, para garantir que as decisões e estratégias da organização estejam baseadas em dados confiáveis, auditáveis e alinhados às exigências de um futuro de baixo carbono”, afirma Marcelo Okamura, diretor-presidente do inpEV.

O Programa Brasileiro GHG Protocol tem como objetivo fomentar a cultura de elaboração e publicação de inventários corporativos de GEE no Brasil. A metodologia utilizada é referência internacional e adaptada ao contexto nacional pelo FGVces, promovendo a transparência e a padronização na divulgação de dados sobre emissões. A qualificação dos inventários é dividida em três níveis: Bronze (inventário parcial), Prata (completo) e Ouro (completo e verificado por terceira parte independente).

A conquista do selo Ouro reforça a credibilidade do inpEV diante de seus públicos de interesse e amplia a confiança nas práticas ambientais adotadas pela entidade. Em um cenário de crescente demanda por responsabilidade ambiental e rastreabilidade, essa conquista reforça a experiência de mais de 20 anos da entidade em uma gestão eficiente e responsável da logística reversa, que se reverte em valor para o agronegócio e para a sustentabilidade do país.