Marilene Iamauti, gerente de sustentabilidade do inpEV, apresentou dados do Sistema Campo Limpo que reforçam o compromisso dos elos da cadeia agrícola com a logística reversa das embalagens vazias no Brasil
Na manhã do dia 25 de junho, a sede da CNI em São Paulo recebeu o workshop “Descomplicando o Plástico: um workshop para jornalistas”, promovido pela Associação Brasileira da Indústria do Plástico (ABIPLAST). Com o objetivo de qualificar a cobertura jornalística sobre a cadeia do plástico no Brasil, o evento reuniu jornalistas, especialistas, cientistas e apresentou cases empresariais para confirmar dados, esclarecer mitos e dar visibilidade para iniciativas que aliam sustentabilidade e inovação.
Entre os destaques do painel “Casos Reais: Inovação e Circularidade – Quem Está Fazendo Acontecer”, a participação do Sistema Campo Limpo (SCL) chamou a atenção dos jornalistas presentes pela robustez e abrangência do programa. Representando o inpEV, Marilene Iamauti, gerente de Sustentabilidade e porta-voz da indústria no SCL, apresentou os resultados que posicionam o Sistema como uma referência global em logística reversa de embalagens vazias.
“O plástico está em nossa vida de forma intensa. Precisamos de modelos circulares eficazes para lidar com essa realidade e o Sistema Campo Limpo mostra que isso é possível, com escala, rastreabilidade e compromisso multissetorial”, destacou Marilene durante sua fala.
Um modelo de circularidade concreto e replicável
Desde 2002, o SCL já destinou corretamente mais de 800 mil toneladas de embalagens vazias de defensivos agrícolas, das quais cerca de 95% são recicladas, dando origem a produtos como a Ecoplástica®, a Ecocap®, componentes para infraestrutura e transporte, além de outros artefatos homologados como tubos para esgoto e postes de sinalização.
O restante é encaminhado à incineração ambientalmente controlada. A operação cobre todo o país com 411 unidades de recebimento fixas e mais de 4.000 ações itinerantes por ano, promovendo acesso e inclusão de agricultores em todos os estados.
A força do setor e seus desafios: os números do plástico no Brasil
Abrindo o evento, Marcos F. Nascimento, economista-chefe da ABIPLAST, apresentou dados atualizados do setor de transformação e reciclagem de plásticos no Brasil:
A cadeia produtiva reúne mais de 14,1 mil empresas, responsáveis por 378 mil empregos diretos, sendo o 4º maior empregador da indústria de transformação brasileira;
Em 2023, foram produzidas 7 milhões de toneladas de produtos plásticos, com 939 mil toneladas recicladas mecanicamente;
O setor reciclou 24,3% das embalagens plásticas descartadas no país e reinseriu 20,6% dos resíduos plásticos ao mercado na forma de resinas pós-consumo;
Apesar do avanço na circularidade, o setor ainda enfrenta um mercado concentrado e protegido, além de desafios relacionados ao Custo Brasil e à imagem pública do plástico.
Esses dados reforçaram o contexto no qual iniciativas como o Sistema Campo Limpo ganham ainda mais relevância por mostrarem caminhos viáveis, eficientes e já implantados para a circularidade.
Participação de peso e diálogo com a ciência
O workshop foi dividido em dois blocos principais. O primeiro apresentou painéis conceituais e técnicos com nomes de referência como:
Marcos do Nascimento (ABIPLAST) – panorama do setor;
Eloisa Garcia (ITAL) – o papel da ciência nas embalagens sustentáveis;
Anderson Maia (SENAI-SP) – debate entre mitos e evidências sobre o plástico.
Na sequência, o painel de casos reais destacou práticas efetivas implementadas por:
ADS Tigre – reciclagem de tubos;
Valgroup – soluções em filmes flexíveis reciclados;
inpEV – logística reversa agrícola via Sistema Campo Limpo;
ABIPLAST – com o programa Recircula Brasil e a Rede pela Circularidade do Plástico
Educação ambiental e compromisso com o futuro
Durante sua apresentação, Marilene também abordou os avanços em educação ambiental e corresponsabilidade. O Programa de Educação Ambiental (PEA) Campo Limpo, programa do SCL, já impactou 2,8 milhões de alunos e professores, promovendo conscientização e educação ambiental sobre resíduos sólidos.
Além disso, na oportunidade, a gerente de sustentabilidade falou ainda sobre a nova assinatura institucional do programa. “Por um destino melhor”, nova campanha do Sistema, define o compromisso da cadeia agrícola com a sustentabilidade, a corresponsabilidade e a construção de soluções de longo prazo para o uso de plásticos no agronegócio.
Iniciativa de educação ambiental do Sistema Campo Limpo reúne mais de 870 professores e coordenadores pedagógicos em formações presenciais e online com foco em clima, sustentabilidade e cidadania
Em 2025, o Programa de Educação Ambiental Campo Limpo (PEA)mostrou que educar sobre sustentabilidade deve ser uma experiência envolvente, transformadora e cheia de propósito. Comemorando 16 anos de trajetória, o programa traz nesta edição o tema Mudanças Climáticas, abordado sob a ótica da responsabilidade compartilhada na gestão de resíduos sólidos. Ao longo das formações realizadas neste primeiro semestre, 877 educadores mergulharam em conteúdos sobre meio ambiente, clima e cidadania sempre com entusiasmo contagiante.
Formação em Campo Grande (MS)
Foram três encontros presenciais marcantes, em Campo Grande (MS), Carazinho (RS) e Passo Fundo (RS), reunindo professores e coordenadores pedagógicos de diversas escolas, em sua maioria da rede pública. No total, mais de 100 municípios de 16 estados se conectaram ao propósito do programa, somando-se também aos que participaram da formação de professores online ao vivo, com especialistas e atividades interativas.
Formação virtual
Em todas as modalidades, a participação foi calorosa. Os relatos de quem esteve presente revelam a força e o engajamento do encontro entre educação e sustentabilidade:
“Não conhecia o Programa e pensei que seria mais uma daquelas formações chatas […] mas me surpreendi com o PEA Campo Limpo! Fiquei encantada com a organização. Parabéns aos organizadores. Quero bis!”
— Educadora de Passo Fundo (RS)
“Excelente e esclarecedora a formação, meus alunos estão super empolgados nas atividades.” — Professor de Carazinho (RS)
“Simplesmente perfeito. Tem que contar para todo mundo, para o mundo mudar.” — Participante da formação virtual
Formação em Carazinho (RS)
O conteúdo apresentado, como o jogo “Amigos do Clima”, sequências didáticas e propostas práticas foi apontado como um verdadeiro aliado em sala de aula, alinhado à BNCC (Base Nacional Comum Curricular), à Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) e aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Educadores destacaram a facilidade de aplicar os temas propostos, promovendo o engajamento dos estudantes em projetos significativos.
As formações também contaram com a condução da especialista Sheila Ceccon, pedagoga, mestre em educação e referência nacional em projetos de formação de professores com foco em sustentabilidade e cidadania, que trouxe dinâmicas participativas e reflexões potentes para os encontros. Um dos momentos mais marcantes foi a atividade voltada para o concurso de Desenho e Redação 2025 — “Repórter do Clima”, que tem como proposta estimular crianças a observarem e refletirem sobre as mudanças climáticas em suas comunidades. A dinâmica ajudou os educadores a se familiarizarem com a proposta do concurso e a planejarem sua aplicação em sala de aula. Os trabalhos dos alunos poderão participar da Etapa Local e, posteriormente, da Etapa Nacional, celebrada no mês de outubro fortalecendo o protagonismo infantojuvenil na construção de soluções para o planeta.
Outro ponto alto foi a presença dos coordenadores pedagógicos, que representaram cerca de 15% dos participantes. Com seu papel de multiplicadores do saber, eles ampliarão ainda mais o alcance das formações dentro das escolas.
Empresa de origem japonesa, integrante do Sistema Campo Limpo, investe em tecnologia de ponta, pesquisa, desenvolvimento e inovação para reforçar seu compromisso com o agricultor e com a responsabilidade ambiental
Andrea Rodrigues, gerente de registro da IHARA
Em entrevista exclusiva ao Portal do Sistema Campo Limpo, Andrea Rodrigues, gerente de registro da IHARA, empresa brasileira e especializada em pesquisa e desenvolvimento de soluções para agricultura, fala sobre a importância da sustentabilidade como pilar de desenvolvimento para o futuro da agricultura no Brasil e apresenta iniciativas que estão sendo desenvolvidas pela companhia.
A executiva também ressalta o orgulho de fazer parte do Sistema Campo Limpo e comenta sobre a importância de programas de educação e conscientização no campo.
Confira a entrevista:
Com 60 anos, a IHARA tem uma história sólida e é reconhecida por ser uma empresa inovadora. Como você avalia o papel da inovação na promoção de boas práticas agrícolas no campo?
A IHARA segue direcionando todo o seu potencial em tecnologias sustentáveis, produtivamente eficientes e ambientalmente seguras, trazendo moléculas cada vez mais modernas, desenvolvidas no Japão, porém adequando-as à realidade da agricultura brasileira. Essas novas moléculas contribuem para que possamos desenvolver formulações mais concentradas e com menor dose de aplicação, sendo seletivas e de baixo impacto ambiental. Isso resulta também na redução dos custos logísticos, otimização de espaço de armazenamento e menor retorno de embalagens. Além disso, as bulas dos nossos produtos estão cada vez mais amplas para controlar o maior número de alvos de uma única vez, com o objetivo de alcançar o máximo potencial produtivo e reduzir o número de entradas nas lavouras. Estamos também investindo em produtos biológicos, que contribuem com os químicos em um manejo cada vez mais integrado, eficiente e racional.
Quais iniciativas internas ou externas da IHARA se destacam na promoção de uma agricultura mais responsável e ambientalmente equilibrada?
Nossa prioridade é garantir que os agricultores utilizem defensivos agrícolas de maneira correta e segura, respeitando as boas práticas, dosagens recomendadas e empregando Equipamentos de Proteção Individual (EPI). Para isso, realizamos diversos treinamentos de conscientização para nossos clientes durante todo o ano. Na indústria, priorizamos o uso responsável dos recursos naturais, com foco no tratamento da água utilizada nos processos, na redução das emissões de CO₂ e na destinação adequada dos resíduos. Também buscamos reduzir constantemente os índices por unidade produzida. Anualmente, a IHARA publica um relatório de sustentabilidade, baseado em quatro pilares: garantir o uso correto dos produtos e proteger o agricultor, reduzir as emissões de CO2 e diminuir os resíduos e o consumo de água de nossos processos, além de destinar e tratar corretamente tanto o resíduo quanto a água.
Na sua visão, qual é a importância da conscientização de agricultores sobre o descarte correto de embalagens vazias de defensivos agrícolas? Como a IHARA contribui para esse trabalho de conscientização no campo?
A conscientização sobre o descarte correto de embalagens vazias de defensivos agrícolas é essencial para a segurança do trabalhador rural, a preservação do meio ambiente e a sustentabilidade da cadeia do agronegócio como um todo. É fundamental que os agricultores tenham acesso contínuo a informação, orientação e estrutura para realizar esse processo de forma segura e responsável, dentro das boas práticas agrícolas. Nesse contexto, a IHARA contribui por meio de iniciativas como o programa Cultivida, criado em 2012, que incentiva o uso correto e seguro dos defensivos, promove treinamentos sobre o uso de EPIs e aborda temas como tecnologia de aplicação e destinação adequada de embalagens.
O Sistema Campo Limpo é referência mundial em logística reversa de embalagens vazias de defensivos agrícolas. Como a IHARA se conecta com o Sistema e como essa parceria reforça os compromissos da empresa com a responsabilidade ambiental?
A IHARA se orgulha de ser integrante do Sistema Campo Limpo e reconhece a importância da logística reversa como parte essencial do compromisso com a responsabilidade ambiental. Essa parceria garante que as embalagens vazias de nossos produtos tenham a destinação correta, evitando impactos ao meio ambiente e promovendo a sustentabilidade no campo. Um exemplo concreto desse compromisso é a nossa fábrica de embalagens, localizada em Sorocaba (SP), onde parte das bombonas produzidas são feitas com material reciclado proveniente do próprio Ssistema. Ao reintegrar essas embalagens recicladas ao nosso processo produtivo, fechamos um ciclo sustentável e reafirmamos nosso papel ativo na construção de uma agricultura mais segura, responsável, sustentável e alinhada com as melhores práticas ambientais.
A IHARA participa ou apoia alguma ação ou programa voltado para a educação ambiental? Pode compartilhar algum exemplo?
Sim. Desde 2012, a IHARA desenvolve o programa Cultivida, com o objetivo de incentivar o uso correto e seguro dos defensivos agrícolas, especialmente entre pequenos e médios produtores. A iniciativa vem, desde então, promovendo a doação de EPIs e oferecendo treinamentos sobre temas fundamentais, como uso seguro de defensivos, tecnologia de aplicação, descarte adequado de embalagens e boas práticas no campo.
O programa reflete os valores da IHARA — Cuidar do Nosso Planeta, Nosso País, Nossa Gente e Servir com Excelência os Clientes — e reforça nosso compromisso com o uso responsável dos produtos, principalmente em regiões onde o trabalho no campo é feito por famílias e pequenos agricultores, que merecem suporte e orientação para garantir mais segurança e sustentabilidade na produção.
Fale um pouco mais sobre o programa Cultivida.
O Programa Cultivida é um programa amplo e que existe há 13 anos. Foi dividido em duas grandes etapas. A primeira teve início em 2012. Nos primeiros cinco anos, nós visitamos 21 municípios brasileiros, de diferentes regiões, com o foco em pequenos e médios produtores rurais, com áreas de frutas, legumes e verduras. O objetivo foi realizar um levantamento completo e contamos com uma equipe de apoio da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), com a liderança professor doutor Ângelo Zanaga Trapé, que é médico toxicologista e nos auxiliou na parte de capacitação técnica de saúde, bem como na avaliação das condições de saúde da população rural envolvida com atividades agrícolas. Na ocasião, nenhum caso de intoxicação ou outro problema foi constatado.
Além disso, ministramos treinamentos sobre diversos temas relacionados ao uso correto e seguro dos defensivos e EPI´s, tecnologia de aplicação, destinação final de embalagens, dentre outros, beneficiando 5.366 profissionais da agricultura e capacitando cerca de 2 mil agentes de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS), em todas as cidades que passávamos. Ainda nessa primeira fase, levamos entretenimento para as famílias, sempre com o tema de boas práticas agrícolas, em dois dias de evento, que também reunia os profissionais de saúde local.
Desde 2017, quando iniciamos a segunda fase, o programa distribui gratuitamente EPI´s, além de levar informações e promover treinamentos sobre aplicação, uso correto e seguro, boas práticas agrícolas e demais temas de interesse. Ao todo já foram entregues por meio do programa mais de 2 milhões de EPIs, beneficiando milhares de agricultores.
A missão da IHARA é contribuir para que a produtividade da agricultura continue a alimentar e mover o mundo. Sabendo que a produtividade no campo está diretamente ligada à sustentabilidade, como vocês equilibram produtividade com sustentabilidade nas soluções que oferecem aos produtores rurais?
Na IHARA, acreditamos que produtividade e sustentabilidade caminham juntas. Nosso foco é desenvolver soluções inovadoras com diferentes modos de ação, especialmente adaptadas à realidade de um país tropical como o Brasil, onde o clima favorece o maior número de ciclos de pragas, doenças e plantas daninhas ao longo do ano. A aplicação repetida de produtos com o mesmo modo de ação favorece o surgimento de resistências, comprometendo a eficiência no campo. Por isso, investimos constantemente em pesquisa e desenvolvimento para oferecer tecnologias que contribuam com o manejo de resistência, auxiliando o produtor a proteger sua lavoura de forma eficaz, segura e sustentável — sempre respeitando o meio ambiente e garantindo o uso responsável dos defensivos. Dessa forma, conseguimos equilibrar alta produtividade no campo com boas práticas que respeitam o meio ambiente e promovem a sustentabilidade ao longo de toda a cadeia agrícola.
Por fim, olhando para o futuro da agricultura no Brasil, quais são os compromissos da IHARA para continuar contribuindo de forma ativa com um setor produtivo e sustentável?
Com o crescimento da população mundial e a consequente demanda por mais alimentos, a agricultura seguirá como um setor estratégico nessa equação. No entanto, o aumento da resistência de pragas, doenças e plantas daninhas aos defensivos atualmente disponíveis representa um desafio crescente para produtores e para a indústria. Diante desse cenário, a IHARA mantém o compromisso de investir continuamente em inovação tecnológica, desenvolvendo soluções mais eficazes, seguras e sustentáveis. Sempre com o foco no meio ambiente. Isso inclui o avanço em novas formulações químicas, o uso de biotecnologia e o incentivo à adoção do manejo integrado, sempre com foco em proteger o potencial produtivo das lavouras e contribuir para uma agricultura cada vez mais responsável e eficiente.
Espaço aberto para considerações finais.
A IHARA reforça seu compromisso com o agricultor brasileiro, que é a razão da nossa existência, investindo em inovação, segurança e sustentabilidade. Acreditamos que o futuro da agricultura passa pelo uso consciente da tecnologia e por soluções que aliam produtividade, responsabilidade ambiental e respeito à vida no campo.
Associação do Cerrado de Minas reforça seu compromisso na logística reversa de embalagens vazias de defensivos agrícolas e colabora ativamente com os resultados dentro do Sistema Campo Limpo
A Associação dos Distribuidores de Insumos Agrícolas do Cerrado (ADICER) completou recentemente 25 anos de história fortalecendo o agronegócio mineiro com foco em representatividade, ética e responsabilidade ambiental. Fundada em 1999, em um cenário de crise econômica e desafiador, a ADICER surgiu como uma resposta coletiva para unir esforços, garantir segurança regulatória e fortalecer seus associados. Hoje, representa 66 empresas com 145 unidades espalhadas pelo Triângulo Mineiro, Alto Paranaíba, Norte e Noroeste de Minas Gerais, consolidando-se como referência em articulação institucional, desenvolvimento sustentável e sendo parte integrante do Sistema Campo Limpo para promover a correta destinação das embalagens vazias de defensivos agrícolas.
Com uma atuação marcada pela inovação e compromisso ambiental, a ADICER se destaca pelo seu sistema estruturado de logística reversa e por programas educacionais como o Campo Legal e o Passo Agro. Além de mobilizar o setor em prol de boas práticas, também busca inspirar as novas gerações de profissionais e produtores rurais comprometidos com um agronegócio mais sustentável. Em entrevista exclusiva ao Portal do Sistema Campo Limpo, Daniel Martins de Oliveira, presidente executivo da associação, conta um pouco sobre essa trajetória e trabalho desenvolvido.
Confira abaixo o bate-papo:
1- A ADICER completou 25 anos de atuação. Quais os marcos dessa trajetória você destaca como mais importantes para o setor agrícola?
Ao longo desses 25 anos, nossa maior conquista foi unir forças para representar com firmeza os interesses dos nossos associados. A criação da ADMinas Plus, por exemplo, ampliou nossa representatividade junto aos órgãos públicos e fortaleceu a atuação em defesa do setor. Além disso, desenvolvemos ações estruturantes como a logística reversa, que hoje garante o recolhimento de mais de 772 toneladas de embalagens por ano, quase metade de tudo que é coletado em Minas Gerais.
2. A logística reversa é uma das frentes mais relevantes da associação. Como esse trabalho é conduzido?
Trabalhamos com uma rede de 14 postos licenciados, estrategicamente localizados para atender as principais regiões produtoras do estado. Além da coleta, seguimos rigorosamente todas as normas ambientais, garantindo que as embalagens vazias tenham destinação correta via Sistema Campo Limpo. Isso é possível graças ao engajamento dos nossos associados, ao investimento contínuo em infraestrutura e ao compromisso com o meio ambiente.
3. A sustentabilidade também aparece em projetos como o Campo Legal e o Passo Agro. Conte um pouco sobre essas ações e seus impactos ao meio ambiente.
O Campo Legal atua na formação de agricultores e técnicos para combater o uso de defensivos ilegais. Já o Passo Agro tem um papel educacional, levando valores como ética, legalidade e responsabilidade técnica para as universidades e instituições de ensino. São ações que geram impacto direto na formação de profissionais e na segurança do setor agrícola.
4. A ADICER também investe no bem-estar de seus colaboradores. Como isso se conecta com a cultura da sustentabilidade?
Acreditamos que sustentabilidade começa dentro de casa. Por isso, garantimos condições de trabalho adequadas, fornecemos EPIs e promovemos treinamentos constantes sobre segurança, meio ambiente e boas práticas operacionais. Esses cuidados refletem nosso compromisso com a responsabilidade social e com a valorização das pessoas que fazem a ADICER acontecer.
5.No ano passado, Minas Gerais foi o 8º estado que mais destinou embalagens vazias de defensivos agrícolas no Sistema Campo Limpo. Sendo 4.403 toneladas e colaborando para os expressivos números de recebimentos. Como vocês avaliam a importância desse trabalho para a sustentabilidade?
Acreditamos que sustentabilidade começa dentro de casa. Por isso, garantimos condições de trabalho adequadas, fornecemos EPIs e promovemos treinamentos constantes sobre segurança, meio ambiente e boas práticas operacionais. Esses cuidados refletem nosso compromisso com a responsabilidade social e com a valorização das pessoas que fazem a ADICER acontecer.
6. O que representa ser um importante elo do Sistema Campo Limpo, o maior programa mundial de logística reversa de embalagens vazias de defensivos agrícolas?
É algo muito importante para nós. Onde a ADICER atua, sempre abrimos portas com o poder público, estabelecemos o Dia Nacional do Campo Limpo nas cidades e também divulgamos o PEA Campo Limpo, para falar sobre educação ambiental. A última cidade a incluir o Dia Nacional do Campo Limpo como atividades oficiais do município, foi a cidade de Buritizeiro-MG e isso é muito importante para a divulgação da sustentabilidade real, que devemos ser ambientalmente corretos e sermos sustentáveis. O produtor faz sua parte e nós estamos aqui para ajudá-los a fazer sua parte. É uma preocupação legitima de ter o campo limpo, tendo em vista a necessidade de sempre aumentar a produtividade, a produção de alimentos, geração de empregos entre outras ações. Além disso, também destaco a propagação do conhecimento e boas práticas por meio de materiais e informativos com orientações aos produtores rurais.
7. Para o futuro, o que podemos esperar da ADICER em relação à sustentabilidade e boas práticas?
Nosso foco está em ampliar ainda mais a eficiência das ações existentes e investir na educação como ferramenta de transformação. Queremos fortalecer o relacionamento com universidades, expandir a cultura da responsabilidade compartilhada e continuar sendo referência em boas práticas no agronegócio brasileiro.
Participação no painel sobre logística reversa no Seminário Nacional sobre Insumos Agropecuários destacou o impacto ambiental positivo e a importância do engajamento e responsabilidade compartilhada entre os elos do setor agrícola
Crédito: inpEV
O Sistema Campo Limpo foi um dos destaques do Seminário Nacional sobre Insumos Agropecuários – Senagri 2025, realizado de 10 a 12 de junho no Hangar Convenções & Feiras da Amazônia, em Belém (PA). No dia 10 o painel “Logística reversa das embalagens pós-consumo” reuniu especialistas, gestores públicos e representantes do setor para debater os avanços e os próximos desafios da logística reversa no Brasil tendo como exemplo prático a atuação robusta e colaborativa do Sistema Campo Limpo.
Crédito: inpEV
O programa brasileiro de logística reversa de embalagens vazias de defensivos agrícolas, que é referência mundial em sustentabilidade e responsabilidade compartilhada, foi apresentado na ocasião por Marcelo Okamura, diretor-presidente do inpEV, elo integrante e entidade responsável pela destinação de embalagens vazias do Sistema. Em sua fala, Okamura destacou a importância da articulação entre indústria, revendas, produtores, postos, centrais e recicladoras para garantir uma operação eficaz e transformadora com benefícios diretos para o meio ambiente, a sociedade e os próprios elos da cadeia agrícola.
“Por um destino melhor”: Compromisso com a sustentabilidade em toda a cadeia.
Durante o painel no Senagri, o público teve a oportunidade de conhecer como o Sistema Campo Limpo atua em todas as etapas da logística reversa de embalagens de defensivos agrícolas. Muito além de uma exigência legal, o modelo brasileiro mostra como é possível transformar um dever ambiental em valor compartilhado para todos os envolvidos: Com o campo mais limpo, a terra mais segura, novas oportunidades de reciclagem e ganhos em reputação e eficiência.
Esse modelo só é possível graças ao esforço conjunto dos mais de 300 parceiros espalhados pelo país. E é esse compromisso coletivo que inspira a assinatura que orienta a comunicação do Sistema: “Por um destino melhor”.
Da esquerda para a direita: Gustavo Pimentel (Coordenador Regional Operacional), Renata Nishio (Gerente de Assuntos Institucionais), Bárbara Kobayashi (Gerente Jurídica), Jair Furlan (Coordenador Regional Institucional), Marcelo Okamura (Diretor-Presidente), Ana Telma Maia (Coordenadora Regional Institucional), Antonio Carlos Pimentel (Gerente de Operações) e Hamilton Flandoli (Coordenador Regional Institucional).
Evento estratégico em preparação à COP 30
Promovido pela Sociedade Brasileira de Defesa Agropecuária (SBDA), com apoio do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o Senagri 2025 antecipou debates estratégicos que devem ganhar ainda mais relevância durante a conferência mundial do clima, a COP 30, que também será realizada em Belém, no Pará. Entre os temas em pauta estiveram bioinsumos, agropecuária digital, defesa agropecuária e segurança alimentar.
A programação contou ainda com a presença do ex-ministro de Estado Aldo Rebelo, que discutiu o papel da Amazônia na geopolítica global. Nesse cenário de grandes transformações, a presença do Sistema Campo Limpo no evento reforça sua contribuição concreta para o futuro do campo, com sustentabilidade, inovação e compromisso com todos os elos da cadeia.
Muito além da produção: dados e ações que mostram o campo como exemplo de responsabilidade ambiental.
O agronegócio brasileiro vai muito além da produção de alimentos. Quando o assunto é sustentabilidade, o campo tem mostrado que é possível unir eficiência produtiva, responsabilidade ambiental e transformação social. Com dados sólidos, ações coordenadas e compromisso com o meio ambiente, o setor se tornou exemplo dentro e fora do país. A seguir, você confere seis razões para ter orgulho dessa trajetória.
1. O Brasil tem o maior programa de logística reversa de embalagens vazias de defensivos agrícolas do mundo
Crédito: inpEV
Em 2024, o Brasil superou em 29% a meta nacional de destinação de embalagens vazias, com 68.589 toneladas corretamente encaminhadas segundo o Relatório de Sustentabilidade do inpEV. Isso só foi possível graças ao engajamento de todos os elos da cadeira agrícola que integram o Sistema Campo Limpo, além da estrutura capilar: 411 unidades fixas, mais de 4 mil operações itinerantes e 18 mil caminhões percorrendo 7,6 milhões de quilômetros em 25 estados. Desde 2002, já foram retiradas do meio ambiente mais de 800 mil toneladas de embalagens vazias, consolidando o Brasil como referência mundial em logística reversa agrícola e contribuindo para um campo limpo livre de contaminações.
2. Embalagens que seriam descartadas viram novos artefatos
Crédito: inpEV
A sustentabilidade no agronegócio não para na coleta. As embalagens, depois de lavadas, inutilizadas e devolvidas, são recicladas e transformadas em artefatos utilizados em diferentes setores da indústria, como conduítes, postes plásticos e peças de baterias. Mais de 90% das embalagens primárias recebidas pelo Sistema são recicladas, o que fecha o ciclo da economia circular e ainda reduz a extração de matéria-prima virgem. É a transformação de um resíduo em recursos reutilizáveis.
3. O produtor rural é essencial na sustentabilidade
Crédito: inpEV
Por trás de cada dado do Sistema Campo Limpo está o envolvimento direto dos agricultores. Mais de 230 mil produtores rurais estão engajados no processo, seguindo orientações como a tríplice lavagem, a devolução no prazo legal e a separação correta das embalagens. Esse protagonismo mostra que, além de produzir com eficiência, o agronegócio brasileiro também entrega compromisso com o meio ambiente e com a saúde das próximas gerações.
4. O campo brasileiro preserva mais do que muita gente imagina
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De acordo com a Embrapa Territorial, os imóveis rurais no Brasil mantêm 282,8 milhões de hectares de vegetação nativa — o equivalente a 33,2% do território nacional. Em média, 49,4% da área dos imóveis rurais cadastrados no CAR (Cadastro Ambiental Rural) permanece com cobertura vegetal. Já a Forbes Agro aponta que os produtores rurais preservam cerca de 120 milhões de hectares em Áreas de Preservação Permanente e Reservas Legais, o que supera toda a área das Unidades de Conservação públicas do país. Esses números ajudam a desconstruir estigmas e mostram que produção e preservação caminham juntas.
5. O modelo brasileiro de reciclagem agrícola inspira o mundo
Crédito: inpEV
A eficiência do Sistema Campo Limpo já ultrapassou as fronteiras do país. O modelo brasileiro é reconhecido internacionalmente por sua rastreabilidade, capilaridade e impacto ambiental positivo, sendo estudado por instituições de diversos países como referência em logística reversa no setor agrícola. Aqui dentro, essa consciência também cresce e se celebra. Criado oficialmente em 2008, o Dia Nacional do Campo Limpo mobiliza diferentes elos da cadeia e, em 2024, reuniu mais de 74 mil pessoas em 133 municípios, por meio de ações educativas e comunitárias que reforçam o compromisso coletivo com a sustentabilidade no campo.
6. Sustentabilidade que começa com educação
Crédito: inpEV
Responsabilidade ambiental também se aprende. O Programa de Educação Ambiental (PEA) Campo Limpo completou 15 anos em 2024 com mais de 2,8 milhões de estudantes impactados desde sua criação. Só no último ano, foram 294 mil alunos, 695 professores e mais de 3 mil escolas envolvidas.
Além disso, o 1º Desafio Universitário, feito em parceria com a Enactus Brasil, incentivou jovens do ensino superior a desenvolverem soluções alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. Porque quem aprende a cuidar do planeta desde cedo, leva essa consciência para a vida toda.
O agronegócio brasileiro mostra, com números e ações coletivas, que é possível produzir mais conservando o meio ambiente. Do campo à escola, da propriedade à política pública, o setor avança com protagonismo em soluções sustentáveis e em colaboração com todos os elos da cadeia.
O Sistema Campo Limpo é símbolo desse movimento: um modelo que transforma resíduos sólidos em valor, educação em legado e responsabilidade em ação. Esse trabalho coletivo mostra que sustentabilidade no campo é realidade e pode ir ainda mais longe com o engajamento de todos.
Quer acompanhar de perto como esse compromisso acontece na prática? Siga o Sistema Campo Limpo nas redes sociais e fique por dentro de histórias, resultados e iniciativas que mostram que estamos, todos os dias, atuando por um destino melhor.
Semana do Meio Ambiente destaca soluções concretas para um agro mais responsável. No MS, o SCL inspira pelas ações com escolas, agricultores e cooperativas.
Crédito: inpEV
Na Semana do Meio Ambiente, celebrada anualmente na primeira semana de junho, o foco volta-se para iniciativas que realmente transformam práticas e mentalidades em favor da sustentabilidade. No campo, o Sistema Campo Limpo (SCL) é um dos maiores exemplos de como o Brasil une tecnologia, educação e logística reversa para enfrentar os desafios ambientais do agronegócio. E no Mato Grosso do Sul, esse movimento ganha força com o apoio de lideranças locais, como Gervasio Kamitani, presidente da Copasul.
Gervasio Kamitani
“O mais importante é mostrar desde cedo, nas escolas, como a agricultura pode ser sustentável. As crianças aprendem e repassam para os pais. Isso muda a mentalidade no campo”, afirma Kamitani, que lidera uma das maiores cooperativas do estado e também é presidente da Associação Nipo-Brasileira de Naviraí.
Um programa com impacto real
O Sistema Campo Limpo é referência mundial em logística reversa de embalagens vazias de defensivos agrícolas. Criado em 2002, o programa já destinou corretamente mais de 800 mil toneladas, desde 2002. Em 2024, os resultados foram históricos: 68.589 toneladas de embalagens foram devolvidas e destinadas, superando em 29% a meta prevista para o ano.
Além disso:
Foram realizados mais de 4.000 eventos de recebimento itinerante, que ampliam o acesso de pequenos produtores rurais ao programa;
294 mil alunos participaram de ações do Programa de Educação Ambiental (PEA), que leva conteúdos sobre sustentabilidade às escolas rurais e urbanas;
A operação envolveu 18 mil caminhões, que percorreram 7,6 milhões de km, garantindo rastreabilidade e segurança.
Sustentabilidade que começa com educação
Na região de Naviraí, MS, a Copasul foi pioneira ao apoiar a instalação de uma central de recebimento de embalagens, que foi inaugurada em 2018 — passo decisivo para fortalecer a conscientização ambiental entre os cooperados. Hoje, a cooperativa ainda colabora com o Sistema na organização de recebimentos itinerantes e na promoção de parcerias com escolas.
“O Sistema Campo Limpo mostra que agricultura e preservação podem andar juntas. Os agricultores já entendem que cuidar do solo e da água é também proteger sua própria produção”, reforça Kamitani.
Essa mudança de mentalidade também se reflete na nova geração de produtores e produtoras:
“Eles já vêm com essa consciência. Não precisamos mais pedir. Eles sabem o que pode e o que não pode ser feito”, completa o líder rural.
Um exemplo de economia circular no agro
O Sistema Campo Limpo representa um modelo de responsabilidade compartilhada, onde cada elo – produtor, indústria, revenda, recicladora e poder público – tem um papel definido. A nova campanha, “Por um destino melhor” reforça a união de esforços em torno de um agro mais consciente e conectado com os compromissos ambientais, sociais e de governança (ESG). A presença em todos os estados brasileiros e no DF também reforça sua capilaridade e impacto.
Semana do Meio Ambiente: reforçando o compromisso coletivo
A Semana do Meio Ambiente é mais do que uma data simbólica, é um chamado à ação. E o Sistema Campo Limpo responde com resultados, especialmente onde mais importa: no dia a dia de quem vive do campo.
Com ações de educação, coleta, reciclagem e mobilização, o Sistema segue mostrando que é possível produzir com responsabilidade, preservar com consciência e crescer com sustentabilidade.
Relatório de Sustentabilidade 2024 do inpEV mostra superação de metas, avanços em educação ambiental e protagonismo internacional
Ainda que os desafios de atuar em um território com dimensões continentais sejam muitos, o Brasil continua a dar exemplo de como a produtividade e a sustentabilidade podem caminhar juntas no campo. É o que mostra o novo Relatório de Sustentabilidade 2024 do inpEV (Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias). O documento revela que o país superou em 29% a meta anual de destinação correta de embalagens vazias de defensivos agrícolas, consolidando ainda mais o Sistema Campo Limpo como modelo global de logística reversa.
Em apenas 12 meses, 68.589 toneladas de embalagens vazias de defensivos agrícolas foram recebidas em mais de 400 unidades fixas e 4 mil ações itinerantes, distribuídas por 25 estados brasileiros. Mais de 18 mil caminhões foram mobilizados para percorrer 7,6 milhões de quilômetros, garantindo transporte seguro e rastreável de ponta a ponta.
“Com o tamanho do Brasil, garantir capilaridade, eficiência e impacto real é um desafio. O Sistema Campo Limpo faz isso com excelência, indo além da logística e promovendo educação, inovação e transformação local. Trata-se de um impacto real por meio de uma gestão eficiente”, afirma Marcelo Okamura, diretor-presidente do inpEV.
Educação ambiental que forma novas gerações e inspira soluções
A transformação promovida pelo Sistema Campo Limpo vai muito além da logística. Um dos pilares dessa mudança é o Programa de Educação Ambiental (PEA) Campo Limpo, que há 15 anos contribui para a formação de crianças e adolescentes mais conscientes e engajados com a sustentabilidade.
Desde sua criação, o PEA já alcançou mais de 2,8 milhões de estudantes. Em 2024, foram 294 mil alunos impactados, com o envolvimento de 695 professores em mais de 3 mil escolas públicas. Por meio de materiais didáticos, oficinas, concursos culturais e visitas às centrais de recebimento, os alunos aprendem sobre temas como logística reversa, consumo consciente, economia circular e preservação ambiental, levando esse conhecimento para suas famílias e comunidades.
Na educação superior, o inpEV realizou, em parceria com a Enactus Brasil, o 1º Desafio Universitário. A iniciativa mobilizou estudantes e professores conselheiros para desenvolver ações educativas e diagnósticos sobre economia circular nas universidades e comunidades do entorno, utilizando materiais como o curso EAD do Sistema Campo Limpo e o kit do PEA. Os projetos foram avaliados por jurados do inpEV e os times vencedores receberam apoio financeiro para expandir suas soluções.
Com essas iniciativas, o Sistema Campo Limpo reforça seu compromisso com o futuro da sustentabilidade, integrando educação, inovação e impacto social em diferentes fases da vida escolar.
Mobilização nacional e reconhecimento internacional
Em 2024, o Dia Nacional do Campo Limpo mobilizou mais de 74 mil pessoas em 133 municípios, com ações educativas e comunitárias. O inpEV também manteve sua adesão ao Pacto Global da ONU, com foco nos ODS 8 (trabalho decente e crescimento econômico), 12 (consumo e produção responsáveis) e 16 (paz, justiça e instituições eficazes).
Outro reconhecimento importante foi a conquista, pelo segundo ano consecutivo, do Selo Prata do GHG Protocol, que atesta a seriedade do Instituto na gestão das emissões de gases de efeito estufa.
O Relatório de Sustentabilidade 2024 está disponível aqui e oferece uma visão abrangente dos resultados ambientais, sociais e de governança (ESG) que colocam o Brasil em posição de destaque mundial.
Evento reuniu entidades gestoras de logística reversa e destacou boas práticas em circularidade no campo e em diferentes cadeias produtivas
Marcelo Pricoli, Marcelo Okamura e Fabrício Soler Créditos: Rodrigo Silveira
Marcelo Okamura, diretor-presidente do inpEV (Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias), elo responsável pela destinação de embalagens vazias no Sistema Campo Limpo, participou no dia 16 de maio da Sessão de Aceleração do Fórum Mundial de Economia Circular – WCEF 2025, realizada na sede da FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), em São Paulo. Representando o Sistema Campo Limpo, Okamura integrou o painel “Circularidade de Materiais e Recursos”, ao lado de lideranças de diferentes cadeias de logística reversa do país.
Durante sua fala, Okamura destacou os resultados expressivos do Sistema Campo Limpo, referência mundial na destinação correta de embalagens vazias de defensivos agrícolas. “Somente em 2024, foram recebidas mais de 68,5 mil toneladas de embalagens vazias, demonstrando como a circularidade já é uma realidade no campo. A atividade rural gera grande volume de resíduos, por isso a educação ambiental é uma ferramenta essencial para avançarmos com responsabilidade”, afirmou.
O executivo também reforçou o modelo de governança colaborativa do Sistema, que une agricultores, indústria, canais de distribuição e o poder público em torno da responsabilidade compartilhada. “Essa articulação é fundamental para garantir que o ciclo se feche de forma eficiente e sustentável.”
Robson Esteves, Carlos RV Silva Filho, Diego Paludetti, Camila Horizonte, Fabrício Soler, Marcelo Okamura, Marcelo Pricoli Créditos: Rodrigo Silveira
“Sem dúvida alguma, a abordagem feita pelo Marcelo Okamura trouxe muita clareza sobre a importância do prazo para a maturidade, para uma implementação gradual e progressiva dos sistemas de logística reversa. No decorrer da implementação da história e, naturalmente, do sucesso do Sistema Campo Limpo, houve muitos desafios superados, muitos obstáculos administrados e, sem dúvida alguma, um grande empenho do setor privado empresarial em efetivar as ações de coleta e reciclagem de materiais. Essa troca de experiências no Fórum Mundial de Economia Circular, na Sessão de Aceleração, proporcionou que os setores que ainda não alcançaram aquele nível de maturidade tivessem lições aprendidas com os resultados já alcançados pelo Sistema Campo Limpo. Sem dúvida, engrandeceu sobremaneira a sessão realizada pelo Instituto Brasileiro de Resíduos Sólidos e certamente contribuiu para o debate com uma abordagem pragmática e clara sobre a implementação das medidas de coleta e reciclagem de embalagens no país.” destaca Fabrício Soler, presidente do Instituto Brasileiro de Resíduos Sólidos (Instituto PNRS).
Além do inpEV, participaram da sessão representantes de outras entidades gestoras de logística reversa que atuam em setores estratégicos para a economia circular no Brasil:
ABREE (Associação Brasileira de Reciclagem de Eletroeletrônicos e Eletrodomésticos) – Representada por Robson Esteves, destacou a importância das campanhas itinerantes para coleta de eletrônicos e o papel da conscientização como ferramenta de transformação;
LogMed (Programa de Logística Reversa de Medicamentos) – Representado por Diego Paludetti, enfatizou a atuação em rede entre os elos da cadeia farmacêutica e o compromisso com a responsabilidade compartilhada;
Reciclus (Associação para a Gestão da Logística Reversa de Produtos de Iluminação) – Representada por Camila Horizonte, apresentou experiências de educação ambiental e pontos de recebimento itinerantes para o descarte correto de lâmpadas fluorescentes;
ReciclANIP (Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos) – Representada por Marcelo Pricoli, destacou a abrangência nacional do programa de logística reversa de pneus e sua contribuição para a circularidade no setor automotivo.
O painel evidenciou como diferentes cadeias produtivas têm enfrentado desafios semelhantes e desenvolvido soluções alinhadas com os princípios da economia circular. “É inspirador ver como todos esses setores compartilham objetivos parecidos. O Sistema Campo Limpo busca sempre se desenvolver, compartilhando informações e trocando experiências com outras entidades. Esse tipo de evento é extremamente importante”, completou Okamura.
A Sessão de Aceleração fez parte da programação oficial do WCEF 2025 no Brasil e foi promovida pela FIESP em parceria com o Instituto PNRS (Instituto Brasileiro de Resíduos Sólidos). O evento reuniu especialistas, gestores e representantes da sociedade civil com o objetivo de antecipar discussões estratégicas e fortalecer a agenda nacional da economia circular.
“Por um destino melhor” reforça a união de esforços para um futuro mais sustentável no Brasil e no mundo
Novo logo e assinatura Sistema Campo Limpo
O Sistema Campo Limpo, líder global em logística reversa de embalagens vazias de defensivos agrícolas, apresenta sua nova assinatura institucional: “Por um destino melhor”. A mensagem simboliza a força da colaboração entre todos os envolvidos no processo e destaca o compromisso contínuo com a sustentabilidade e a responsabilidade socioambiental.
A operação do Sistema, que já é referência mundial, garante que 100% das embalagens recebidas sejam destinadas de maneira ambientalmente responsável, seja por meio de reciclagem ou incineração controlada, conforme a classificação do resíduo. Graças a essa atuação, o Brasil se consolidou como referência mundial na logística reversa de embalagens vazias do setor agrícola.
Com mais de 800 mil toneladas de embalagens vazias e sobras pós-consumo corretamente destinadas desde 2002, o Sistema Campo Limpo conta com uma rede de 411 unidades de recebimento e 256 associações de revendas e cooperativas, impactando diretamente mais de 2 milhões de propriedades rurais em todo o Brasil.
Além da logística, o Sistema é uma verdadeira mobilização setorial, envolvendo indústria, agricultores, canais de distribuição e poder público. O modelo de governança colaborativa fortalece práticas sustentáveis e promove uma cultura de responsabilidade compartilhada no campo.
Para Aline Zanin, produtora rural e um dos elos do Sistema, fazer parte desse movimento está além de cumprir com uma obrigação legal, é um compromisso coletivo com o futuro do planeta e com a valorização da própria produção no campo:
“Realizando uma simples ação de levar as embalagens para reciclar no local correto, além de contribuir à conservação do meio ambiente, ajuda também com a geração de emprego e, reduzindo os gastos, ajuda o produto a ser menos custoso para o próprio consumidor. É uma contraprestação de ajuda que nos engrandece.” — Aline Zanin, produtora rural
O depoimento de Aline traduz como pequenas ações individuais somam para grandes transformações coletivas, reforçando o espírito da nova assinatura institucional do Sistema Campo Limpo: “Por um destino melhor”.
“A nova assinatura reflete a essência do Sistema Campo Limpo: a união de esforços em torno de um objetivo comum. Quando estamos juntos cuidando do destino das embalagens, estamos cuidando de um destino melhor para todos nós”, afirma Marcelo Okamura, diretor-presidente do inpEV (Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias), organização que representa a indústria no Sistema Campo Limpo.
Com esse movimento, todas as mídias sociais, incluindo Facebook, Youtube, Instagram e TikTok, passaram a adotar o nome @sistemacampolimpo — um passo importante para engajar ainda mais todos os elos da cadeia agrícola e dar visibilidade ao protagonismo coletivo na causa.
Assista ao vídeo que simboliza esse novo momento e emociona ao mostrar que o destino de todos depende das escolhas de cada um:
Com informações de qualidade, assuntos de interesse para o setor, a comunicação também é um diferencial do Sistema, que contribui para a disseminação de conhecimento e contribui com a conscientização coletiva sobre sustentabilidade.
A nova assinatura reforça o papel do Sistema Campo Limpo na construção de um futuro mais consciente, incentivando uma maior integração de esforços em busca de soluções para os desafios ambientais.
Vamos juntos por um destino melhor? Siga, compartilhe e faça parte desse movimento.