Jornalistas conhecem as operações do Sistema Campo Limpo 

Grupo de 10 profissionais de todo o país visitou a Central de Recebimento de Embalagens Vazias de Taubaté e a Campo Limpo Reciclagem 

A Press Trip do Sistema Campo Limpo, organizada pelo inpEV, recebeu 10 jornalistas, de várias partes do Brasil, em Taubaté (SP), no dia 16 de maio. Os profissionais da imprensa conferiram de perto as operações do programa brasileiro de logística reversa de embalagens vazias de defensivos agrícolas, visitando a Central de Recebimento e a fábrica da Campo Limpo Reciclagem.  

Durante o evento, os jornalistas conheceram a história do Sistema e o seu impacto ao meio ambiente e à sociedade. O grupo acompanhou o trajeto dos materiais pós-consumo, desde o momento em que chegam em uma unidade de recebimento até a transformação em novas embalagens e tampas, na recicladora. 

“Foi uma ação muito especial na qual destacamos aos jornalistas o papel fundamental que o nosso programa de logística reversa desempenha na destinação correta de resíduos sólidos, além de promover a conscientização ambiental. Acreditamos que a imprensa pode ser uma grande parceira, ao divulgar informações precisas e transparentes sobre nossas iniciativas”, ressalta Marcelo Okamura, presidente do inpEV, que acompanhou o grupo e esclareceu seus principais questionamentos. 

“Essa visita nos mostrou a importância da gestão sustentável das embalagens vazias de defensivos no setor agropecuário e nos deixou inspirados pelo compromisso e dedicação do time do inpEV. Agradecemos pela hospitalidade e pela valiosa oportunidade de aprendizado”, afirmou Adeilton Silva, repórter do Agro Sertão (RN) que esteve presente ao evento.  

inpEV destaca o SCL no AgroBalsas 2024 

Equipe do Instituto reforçou a importância da destinação ambientalmente correta das embalagens vazias de defensivos agrícolas 

Com o objetivo de reforçar a importância da devolução adequada das embalagens vazias de defensivos agrícolas e difundir informações sobre o Sistema Campo Limpo, o Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV) marcou presença no AgroBalsas 2024 – um dos maiores eventos de agronegócio do Maranhão – que ocorreu de 13 a 18 de maio, na Fazenda Sol Nascente, em Balsas (MA).  

No evento, representantes do Instituto estiveram em estande em parceria com a Agência Estadual de Defesa Agropecuária (AGED) e Governo do Maranhão. A equipe do inpEV, entidade gestora do Sistema Campo Limpo, divulgou materiais informativos referentes aos procedimentos para a devolução correta de embalagens vazias, como a tríplice lavagem e agendamento eletrônico.  

 “Foi uma ótima oportunidade para reforçarmos o nosso compromisso com a sustentabilidade, chamando a atenção do público presente para a destinação ambientalmente correta dos materiais pós-consumo”, destaca Ana Telma Maia, coordenadora Regional Institucional do inpEV. 

Durante a 20ª edição do AgroBalsas, que recebeu cerca de 170 mil visitantes, foram apresentadas diversas inovações e tecnologias voltadas ao campo. Estima-se que, neste ano, o evento superou R$ 3,2 bilhões em negócios. A feira ocorre anualmente e reúne instituições de grande relevância, empresários, produtores rurais, pecuaristas, educadores, estudantes, comercio varejistas, prestadores de serviços, dentre outros. 

Presidente do inpEV ministra palestra na ESALQ/USP 

Para cerca de 200 alunos, Marcelo Okamura destacou a importância da sustentabilidade no agro e o case de sucesso do Sistema Campo Limpo  

O presidente do inpEV, Marcelo Okamura, ministrou uma palestra na segunda-feira (15/4) para cerca de 200 alunos ingressantes do curso de Engenharia Agronômica da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ), da Universidade de São Paulo (USP), em Piracicaba (SP). Marcelo reforçou a importância da sustentabilidade no agro, evidenciando o Sistema Campo Limpo como um case mundial de sucesso em economia circular.  

Em sua apresentação, Marcelo mostrou como o Sistema se consolida como o “ESG na prática” da indústria fabricante de defensivos agrícolas. O gestor destacou a capilaridade, o funcionamento e os resultados do programa brasileiro de logística reversa de embalagens vazias de defensivos.  

“É essencial que os alunos que ingressam nesse importante curso tenham uma abordagem referente a práticas sustentáveis no agro. Foi uma ótima oportunidade de destacarmos o Sistema Campo Limpo, que tanto orgulha o nosso país”, completou o presidente do inpEV.   

No dia 2 de maio, Marcelo também ministrará palestra para estudantes do primeiro ano de Agronomia da Faculdade Dr. Francisco Maeda (FAFRAM), em Ituverava, no interior de São Paulo. O presidente irá falar sobre sua carreira, ESG e Sistema Campo Limpo. 

Rio Grande do Sul ganha nova e moderna Central de Recebimento

O norte do estado contará com unidade moderna em Carazinho, gerida pelo inpEV, que atenderá 200 munícipios da região 

São Paulo, abril de 2024 – O Rio Grande do Sul está ampliando a sua estrutura para a devolução adequada de embalagens vazias de defensivos agrícolas. A ação contribui para a sustentabilidade no agro e a redução do impacto ambiental. Para isso, o município de Carazinho, no norte do estado, acaba de inaugurar uma nova e moderna central de recebimento desses materiais. A unidade será gerida pelo Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV), entidade gestora do Sistema Campo Limpo e responsável legal pela destinação ambientalmente correta dessas embalagens.  

A Central atenderá 200 municípios da região e deve receber cerca de 1.000 toneladas de embalagens por ano. Com essa nova estrutura de devolução, o Rio Grande do Sul passa a contar com 10 centrais e 39 postos de recebimentos ligados ao Sistema.  Só em 2023, o estado foi responsável pela destinação ambientalmente correta de 5.208 toneladas de embalagens vazias de defensivos agrícolas.  

“A unidade conta com o apoio dos revendedores e cooperativas da região, que representam um elo fundamental do sistema de logística reversa. Sem o envolvimento deles e toda a comunicação e promoção relacionadas à devolução das embalagens vazias, não teríamos um sistema bem-sucedido e que segue se ampliando no estado”, destaca Antonio Carlos do Amaral, Gerente de Operações do inpEV.  

A Central passou por todo o processo de licenciamento ambiental da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (FEPAM) e de licenças municipais, cumprindo todos os requisitos legais para obter a autorização de operação. A sua construção foi totalmente otimizada em seu layout, mais adequado para reduzir a movimentação dos materiais e melhorar a performance operacional, além de cuidados com a ergonomia dos colaboradores e agricultores atendidos.  

Saiba mais sobre as Centrais de recebimento de embalagens 

As centrais de recebimento têm área mínima de 160 m2 e são geridas por associações de distribuidores, cooperativas ou pelo inpEV. São responsáveis pelo recebimento, inspeção e classificação de embalagens lavadas e não lavadas; emissão de recibo confirmando a entrega dos materiais pelos agricultores; compactação das embalagens; e emissão de ordem de coleta para que o inpEV providencie o transporte para o destino (reciclagem ou incineração). 

Agricultores da Bahia levam embalagens para Recebimento Itinerante

Mais de 400 quilos de embalagens foram destinadas em ação em Gandu (BA), no final de janeiro

Neste início de ano, pequenos agricultores da região Baixo Sul da Bahia deram descarte correto para um total de 408 quilos de embalagens vazias de defensivos agrícolas durante a ação de Recebimento Itinerante realizada no município de Gandu (BA), de 25 a 27 de janeiro. 

Apesar das fortes chuvas que caíram durante os dias de recebimento, ao todo, 48 produtores rurais da região se dirigiram por conta própria a Gandu para devolver as embalagens nessa ação especial promovida pelo Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV), entidade gestora do Sistema Campo Limpo, em parceria com a Associação dos Revendedores de Insumos Agrícolas do Sul da Bahia (Arisba). 

Participaram produtores rurais de seis munícipios do Baixo Sul do Estado da Bahia, incluindo além da Gandu, as cidades de Ibirapitanga, Itamary, Nova Ibiá, Piraí do Norte e Wenceslau Guimarães. 

“Esse último Recebimento Itinerante foi muito solicitado pelo pessoal das revendas da Região do Baixo Sul da Bahia. E mesmo as fortes chuvas ocorridas no período não assustaram os pequenos produtores, o que mostra que eles estão comprometidos com o descarte correto, inclusive entregando as embalagens devidamente lavadas”, avalia Andréa Brito, gerente da Central Campo Limpo de Ilhéus (BA). 

Os Recebimentos Itinerantes visam atingir principalmente os pequenos agricultores que estão em propriedades rurais distantes das mais de 400 unidades de recebimento (centrais e postos) que integram o Sistema Campo Limpo em todo o Brasil. 

Essa modalidade de devolução permite que os produtores rurais cumpram com sua obrigação legal e com sua responsabilidade no Sistema Campo Limpo, programa brasileiro de logística reversa de embalagens vazias de defensivos, que é referência mundial. O material recebido nessa ação especial segue para as centrais de recebimento mais próximas, onde são prensadas e dadas a destinação ambientalmente adequada. 

Cerca de 4 mil eventos de Recebimentos Itinerantes ocorrem, anualmente, em todo o Brasil. Com essas ações de recebimento de embalagens e as devoluções nas unidades credenciadas, o Sistema Campo Limpo destina 100% das embalagens vazias de defensivos recebidas de forma ambientalmente correta, sendo 93% recicladas e 7% incineradas. Desde 2002, o Sistema já destinou, adequadamente, mais de 750 mil toneladas de embalagens, e só no ano passado, foram 52.538 toneladas. 

Saiba mais sobre os próximos eventos de Recebimentos Itinerantes, clicando aqui

Equipes de centrais participam de oficinas do PEA Campo Limpo 2024

Ao todo, 95 colaboradores acompanharam as 10 capacitações virtuais, realizadas em todas as regiões do país, a fim de promover o engajamento das comunidades para as atividades do programa

A mobilização para edição de 2024 do Programa de Educação Ambiental (PEA) Campo Limpo já começou. Um total de 95 colaboradores de centrais – supervisores, gerentes, analistas e Coordenadores Regionais de Operações – participaram de oficinas sobre o programa. De 23 de janeiro a 6 de fevereiro, foram realizadas 10 reuniões virtuais, de forma a contemplar cada região do país. 

O objetivo é capacitar os profissionais para que promovam o engajamento em seus respectivos territórios. Durante os encontros, destacou-se a importância do PEA Campo Limpo no desenvolvimento socioambiental das comunidades e como ferramenta institucional do Sistema. Além disso, foram discutidos oportunidades e desafios que envolvem o programa e apresentados os materiais de apoio e kit educativo para os colaboradores. Foram apontadas ainda estratégias para fomentar o projeto e uma escuta sobre como as atividades têm sido realizadas ao longo dos 15 anos de existência do PEA Campo Limpo. 

“Essas oficinas foram de fundamental importância. Nos aproximamos dos profissionais que atuam na ponta, apresentando oportunidades e materiais adequados para estimular o engajamento de todos os envolvidos com o PEA Campo Limpo”, destacou Fernanda Cardozo, Coordenadora de Educação do inpEV. 

Emanuele de Almeida, presidente do Indea-MT

“A atuação contínua do INDEA-MT e a evolução na conscientização, integração e empenho dos agentes envolvidos fazem do Estado do Mato Grosso o maior destinador de embalagens vazias.”

Emanuele de Almeida é advogada e assumiu a presidência do Instituto de Defesa Agropecuária (Indea) do Mato Grosso, em janeiro de 2021. O órgão é responsável pelo controle sanitário e por monitorar o maior rebanho bovino brasileiro, com 34,4 milhões de animais. Além disso, atua diretamente no controle e fiscalização do processo de logística reversa das embalagens vazias de defensivos agrícolas no Mato Grosso, o Estado que mais destinou embalagens de forma ambientalmente correta – um total de 15.495 toneladas de embalagens – segundo os dados mais recentes divulgados pelo inpEV. Em entrevista ao Portal do Sistema Campo Limpo, a presidente do Indea-MT destaca a importância do trabalho de fiscalização feito no Estado e os desafios na gestão da pasta. 1) O Estado do MT é o que mais destina as embalagens vazias de defensivos agrícolas de forma correta no Brasil. Que fatores contribuem para isso? A capilaridade, controle e atuação contínua do INDEA-MT com certeza são fatores primordiais, aliados à evolução na conscientização, integração e empenho de muitos agentes envolvidos, desde a fabricação até o processamento das embalagens vazias. 2) O poder público representa um importante elo do Sistema Campo Limpo. Como tem sido a atuação do INDEA-MT na fiscalização desse processo de destinação? O INDEA-MT atua diretamente no controle e fiscalização no processo de logística reversa das embalagens vazias no Estado de Mato Grosso. Atualmente, toda aquisição de agrotóxico é registrada no Sistema de Defesa Vegetal (SISDEV), assim como as devoluções das embalagens realizadas nas Unidades de Recebimento de Embalagens. Dessa forma, a fiscalização atua diretamente, amparada pelo Extrato de aquisições e devoluções, e com fiscalizações in loco nas propriedades rurais, que são consideradas atividades de rotina, realizadas de forma contínua ao longo do ano. 3) A senhora acredita que os agricultores estão mais conscientes em relação à importância da devolução das embalagens vazias de defensivos agrícolas? Com certeza. Já faz parte da rotina do produtor rural realizar a devolução das embalagens vazias de agrotóxicos. É claro que ainda são encontradas destinações irregulares, de forma pontual, mas a grande maioria já está ciente da importância do processo de logística reversa das embalagens. 4) Mato Grosso também concentra o maior rebanho bovino do país. Quais os principais desafios do INDEA-MT nesse contexto? O Indea está presente em 139 municípios e, portanto, descentralizado. Tem investido em tecnologia, com o intuito de desburocratizar os serviços oferecidos aos produtores. Pelo Sistema Integrado de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Sindesa), um conjunto de sistemas online do Indea, é possível a emissão eletrônica da Guia de Trânsito Animal (GTA), verificação de saldo, do histórico analítico e da conferência de nascimento e de morte, entre outros serviços oferecidos. Nesta gestão lançamos um aplicativo que deu mais segurança e agilidade às operações dos produtores rurais. Por meio de QR Code, as GTAs emitidas pelo Indea, no Sindesa e no Módulo do Produtor, podem ser escaneadas por celulares, facilitando a conferência de sua veracidade por parte da Polícia Rodoviária Federal, Polícia Federal e dos próprios funcionários do Indea, em seus mais longínquos postos de fiscalização. Em janeiro, os atestados de vacinação contra a brucelose passaram a ser enviados pela internet. Até dezembro passado, o documento que comprovava a vacinação contra a doença transmissível que ataca os bovinos, outras espécies animais e o homem, era apresentado apenas de forma presencial nas unidades do órgão no estado. Portanto, os avanços que estamos realizando acompanham o crescente número de gado bovino no Mato Grosso. 5) Em 2021, a senhora foi apontada pela revista Forbes como uma das 100 mulheres mais influentes do agronegócio do país. Como avalia a presença feminina no agro brasileiro? Há um protagonismo? Uma maior participação das mulheres tem sido crescente a cada década e em diversos segmentos, como no agronegócio. O desenvolvimento de máquinas de precisão, que substituíram a mão de obra braçal e de força, a chegada de investimentos tecnológicos e o uso de melhoramento genético ajudaram a atrair cada vez mais mulheres ao campo, antes predominantemente masculino. As mulheres atentas a isso trataram de se qualificar e aperfeiçoar para aplicar na propriedade familiar ou até mesmo no emprego no campo. E, com o tempo, fomos ocupando mais espaços.

A dedicação que nos propomos a fazer e a vontade em nos prepararmos tecnicamente para a atividade é, sem dúvida, os motivos que levam a nossa participação no agronegócio crescer a cada década. E ao que tudo indica, a nossa presença, será cada vez maior, e sem sombra de dúvidas, o crescimento da agricultura terá uma maior participação com a nossa força de atuação.?

Mato Grosso ganha nova Central de Recebimento

Unidade em Nova Santa Helena, gerida pelo inpEV, atenderá 14 munícipios da região

O município de Nova Santa Helena (MT) conta com uma nova Central de Recebimento de Embalagens Vazias de Defensivos Agrícolas, gerida pelo Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV), entidade gestora do Sistema Campo Limpo. A unidade, que entra em operação nesta terça-feira (23), atenderá 14 municípios da região e terá capacidade inicial de receber 1.000 toneladas de embalagens por ano. 

Com essa central, o Mato Grosso passa a ter 37 unidades de recebimento ligadas ao Sistema, sendo 17 centrais e 20 postos de recebimento. Trata-se de um dos Estados com o maior número de estruturas de recebimento de embalagens, o que ressalta seu potencial agrícola. Em 2022, Mato Grosso foi responsável pela destinação ambientalmente correta de 14.685 toneladas de embalagens vazias de defensivos agrícolas. 

A nova central atenderá os municípios de Sinop, Itaúba, Nova Santa Helena, Colíder, Nova Canaã do Norte, Carlinda, Alta Floresta, Nova Monte Verde, Nova Bandeirantes, Paranaíta, Terra Nova do Norte, Peixoto de Azevedo, Matupá e Guarantã do Norte. 

“O norte do Mato Grosso é uma região de expansão agrícola e com isso há um aumento na devolução de embalagens vazias de defensivos. Essa nova central vem então suprir uma necessidade da região e melhorar essa estruturação de recebimento das embalagens pelos agricultores”, destaca Rosangela Soto, Coordenadora Regional de Operações do inpEV.

Saiba mais sobre as Centrais de recebimento de embalagens

As centrais de recebimento de embalagens vazias de defensivos agrícolas são unidades com área mínima de 160 m2, geridas por associações de distribuidores, cooperativas ou pelo inpEV. São responsáveis pelo recebimento de embalagens lavadas e não lavadas; inspeção e classificação das embalagens entre lavadas e não lavadas; emissão de recibo confirmando a entrega das embalagens pelos agricultores; compactação das embalagens por tipo de material; e emissão de ordem de coleta para que o inpEV providencie o transporte para o destino (reciclagem ou incineração).

Brasil atinge marca de 750 mil toneladas de embalagens vazias de defensivos destinadas corretamente

Sistema Campo Limpo faz do país uma referência mundial na logística reversa desses materiais. O volume destinado equivale a mais de 600 vezes o peso do Cristo Redentor

O Sistema Campo Limpo, gerido pelo Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV), superou a marca de 750 mil toneladas de embalagens vazias de defensivos agrícolas destinadas de forma ambientalmente correta. O volume destinado adequadamente desde 2002, início das operações do Sistema, equivale a mais de 600 vezes o peso do Cristo Redentor. Só em 2023, houve a destinação correta de cerca de 53 mil toneladas de embalagens. 

Esse marco reforça o Sistema Campo Limpo como o programa brasileiro que é referência mundial em logística reversa de embalagens vazias e sobras pós-consumo de defensivos agrícolas. Atualmente, o Sistema destina 100% das embalagens vazias de defensivos recebidas de forma ambientalmente correta, sendo 93% recicladas e 7% incineradas. 

“O resultado é fruto, principalmente, do empenho dos elos da cadeia do Sistema, de sua capilaridade, eficiência e inovação nos processos. O programa é um case de sucesso em economia circular e se aprimora, constantemente, gerando impactos positivos para o meio ambiente e à sociedade”, destaca Marcelo Okamura

Economia circular na prática

Por meio de 11 recicladoras parceiras, o Sistema Campo Limpo viabiliza a produção de até 37 artefatos homologados que atendem diferentes setores da economia, além de promover a economia circular no próprio setor de embalagens. São geradas novas embalagens de defensivos agrícolas e tampas, além de produtos para a construção civil, transportes, setor energético e indústria moveleira. Esses artefatos são produzidos a partir da resina reciclada das embalagens vazias de defensivos agrícolas devolvidas pelos agricultores ao Sistema Campo Limpo.

Entrevista com Nilto Mendes, Gerente de Combate a Produtos Ilegais da CropLife Brasil

“Acreditamos que por meio da conscientização, além de mais fiscalização e repressão, vamos reverter a utilização de insumos ilegais”

Nilto Mendes é bacharel em Direito pela Universidade São Judas Tadeu. Iniciou a carreira no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), onde atuou por três anos. Depois, foi para a Polícia Federal, por 22 anos, onde desempenhou funções nas áreas de Inteligência Policial, Polícia Judiciária e Polícia Administrativa. Atualmente, ocupa a gerência de Combate a Produtos Ilegais na CropLife Brasil.  

A entidade lançou, neste ano, a campanha Agricultor de Valor, que visa orientar agricultores sobre os riscos da utilização de insumos ilegais no campo. O inpEV é parceiro da CropLife nesta mobilização. Em entrevista ao Informativo do Sistema Campo Limpo, Nilto conta um pouco mais sobre a campanha e em relação à atuação da organização.  


1) O que motivou a campanha Agricultor de Valor? 

Os insumos de origem ilegal se tornaram uma grande ameaça para a agricultura brasileira e para a saúde humana. Por isso, é preciso conscientizar produtores rurais da gravidade da situação e disponibilizar canais para denúncias dessas práticas ilegais. Assim nasceu a campanha da CropLife Brasil (CLB), Agricultor de Valor, cujo objetivo é orientar agricultores sobre os riscos da utilização de insumos ilegais nas lavouras. Além dessa conscientização no campo, a CLB realiza um curso de capacitação para agentes de segurança pública e privada e fiscais agropecuários e ambientais que atuam nas áreas de combate à produção, circulação, comercialização e uso de insumos agrícolas ilegais, para agirem com máxima efetividade nas operações. O curso foi desenvolvido em parceria com a Universidade de São Paulo (USP) e conta com o apoio do Ministério da Justiça e Segurança Pública do Brasil. 

2) Como está a mobilização e a capilaridade da campanha? 

A campanha visa mobilizar e engajar produtores rurais com o maior número de informações e conteúdo. Acreditamos que por meio da conscientização, além de mais fiscalização e repressão, vamos reverter a utilização de insumos ilegais. Os agricultores de valor devem entender como agir e reagir a insumos agrícolas ilegais. E para isso temos produzido materiais de campanha e promovido ações educativas, por meio das nossas redes sociais proprietárias, e de mobilização, em conjunto com a indústria. Os resultados têm aparecido, seja por meio das denúncias que temos recebido, seja pela atuação dos órgãos de segurança pública e fiscalização. A apreensão e destinação de defensivos ilegais no Brasil mais que dobrou. De 301 toneladas apreendidas em 2020 e 2021 chegou a 784 toneladas em 2022 e 2023. 

3) Como funciona o canal de denúncias e quais encaminhamentos são dados? 

O canal de denúncias está disponível no site da CropLife Brasil e é 100% anônimo e seguro. Uma vez que a pessoa identifica o uso, transporte, comercialização ou armazenamento de produtos ilegais, ela pode acessar o site e responder um breve questionário para finalizar a denúncia. Uma vez realizada, encaminhamos às autoridades responsáveis para averiguação.  

4) Quais os principais impactos do uso desses produtos ilegais no campo? 

A utilização de insumos ilegais coloca em risco as lavouras, a saúde humana e o meio ambiente. Além disso, traz prejuízos socioeconômicos, que afetam a qualidade dos alimentos, a geração de empregos e a arrecadação de impostos. O investimento no desenvolvimento de novas tecnologias e produtos também é afetado diretamente pela aceitação dos insumos ilegais. 


5) Que outras ações a CropLife Brasil têm desenvolvido a fim de promover boas práticas no agro? 

Além do combate ao mercado de insumos ilegais e a parceria com o Sistema Campo Limpo, gerido pelo inpEV, a CLB atua em projetos educativos como o Curso de Habilitação de Aplicadores de Defensivos Agrícolas, realizado por meio de uma rede de parceiros, como o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) e a EMATER, cujo objetivo é habilitar agricultores e trabalhadores rurais por meio da disseminação de boas práticas agrícolas e orientações sobre a aplicação correta de defensivos químicos e biológicos, promovendo a agricultura sustentável. O curso é realizado no contexto do Programa Nacional de Habilitação de Aplicadores de Agrotóxicos (Aplicador Legal), do Ministério da Agricultura e Pecuária. 

A CropLife Brasil também é parceira da Associação Brasileira de Estudos das Abelhas (A.B.E.L.H.A.), que desenvolve diversas ações, como treinamentos e ações educativas com o SENAR e a Embrapa Meio Ambiente para promover as boas práticas apícolas e agrícolas. Os incidentes com abelhas e outras criações, como o bicho da seda, estão, na maioria, associados à pulverização incorreta de inseticidas. São problemas localizados e que não podem ser atribuídos apenas à aviação agrícola e ao uso de defensivos.