Instituto destacou a importância do trabalho do Sistema Campo Limpo e reforçou o compromisso com um agro sustentável;
No dia 13 de agosto, em Brasília, diversos parlamentares estiveram presentes para a reunião da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA). Com o objetivo de discutir as pautas de interesse do setor, o evento contou com a participação do inpEV, Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias, entidade sem fins lucrativos que faz a gestão do Sistema Campo Limpo, programa brasileiro de logística reversa de embalagens vazias e sobras pós-consumo de defensivos agrícolas, que é referência mundial.
Segundo Marcelo Okamura, presidente do inpEV, o encontro foi uma oportunidade para apresentar os resultados e mostrar a magnitude do programa. “O agronegócio brasileiro é uma potência, pois são 28 milhões de trabalhadores, contribui com 20% do PIB brasileiro e nós conseguimos atuar de uma maneira sustentável ao meio ambiente, colaborando de forma ativa com a preservação ao promover a destinação adequada de 100% das embalagens vazias que recebemos. No total, foram mais de 750 mil toneladas de embalagens destinadas corretamente nos últimos 20 anos e isso evitou a emissão de 1,05 milhão toneladas de CO2e na atmosfera. Esse volume equivale a 19.830 viagens de caminhão ao redor da terra”.
Parlamentares aproveitaram a oportunidade para parabenizar o inpEV pelas ações que são desenvolvidas. “Devemos parabenizar o INPEV, que está fazendo um belíssimo trabalho, limpando o campo brasileiro e auxiliando o setor agropecuário,” disse o deputado Luiz Nishimori (PSD-PR). O deputado Pezenti (MDB-SC) destacou que este trabalho muda a face da agricultura brasileira. “Vocês trouxeram mais saúde para quem trabalha no campo. É algo crucial para enfrentarmos essa guerra de narrativas contra o agro e continuarmos lutando pelo setor.”
Ainda de acordo com Okamura, o poder público é um elo essencial dentro da cadeia agrícola. “Falar sobre o Sistema Campo Limpo é falar sobre o sucesso de uma cadeia virtuosa que começou com uma lei que possibilitou a destinação correta de embalagens vazias de defensivos agrícolas no Brasil, país com vocação agrícola e de dimensões continentais. É uma oportunidade de mostrarmos para todos os setores que, se o agronegócio consegue ser sustentável, os demais setores também podem”.
Projeto está prestes a completar 10 anos e impacta cerca de 20 mil agricultores no estado
A Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (IAGRO) de Mato Grosso do Sul vem investindo desde 2015 em um projeto de controle de devolução de embalagens vazias de defensivos agrícolas. Integrado ao Sistema Campo Limpo, o objetivo principal da iniciativa é promover a conformidade no campo, desde a comercialização e prescrição do produto até a devolução das embalagens. O órgão estima que mais de 20 mil agricultores possuem suas informações rastreadas em relação ao consumo dos produtos em todo o estado.
Por meio de controles informatizados, a Iagro conta com um painel macro, em sua sede, que informa o volume de embalagens vazias de defensivos devolvidas no estado, com dados por classe de produto, tipo de material e por município. A atual etapa do projeto visa fornecer ao produtor a informação do que foi adquirido e devolvido em um extrato que pode ser acessado em seu celular, por exemplo.
“Ao receber essa informação, o produtor pode fazer uma gestão mais adequada das embalagens que estão em sua propriedade. Atualmente, os nossos técnicos já possuem um dispositivo móvel no processo de fiscalização em campo. Isso representa um ganho de eficiência, permitindo que orientem cada vez melhor os agricultores”, destaca Glaucy Ortiz, fiscal da Iagro.
“A informatização do Sistema Campo Limpo, seja via as devoluções nas unidades de recebimento, seja no âmbito da fiscalização, visa melhorar o programa de logística reversa como um todo. Dessa forma, cada parte consegue cumprir suas responsabilidades”, ressalta Hamilton Flandoli, coordenador Regional Institucional do inpEV.
A celebração teve iniciativas em mais de 130 cidades. Oportunidade para levar informações sobre sustentabilidade e a importância do descarte correto das embalagens de defensivos agrícolas
As atividades promovidas para celebrar o Dia Nacional do Campo Limpo (18/08) contaram com a participação de 74,5 mil pessoas que estiveram presentes em cerca de 400 ações realizadas em mais de 130 cidades. Com o tema “Comemorando juntos as conquistas de todos”, a 20ª edição do evento reuniu autoridades, agricultores, estudantes e comunidade. O DNCL é promovido pelo inpEV (Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias), entidade gestora do Sistema Campo Limpo.
O Instituto, sem fins lucrativos, celebra ainda o marco de mais de 754 mil toneladas de embalagens vazias destinadas de forma ambientalmente correta desde 2002, contribuindo para que 1,05 milhão de toneladas de CO2 e deixassem de ser emitidas.
“Os dados comprovam o sucesso da celebração do Dia Nacional do Campo Limpo. As nossas ações para a preservação do meio ambiente e promoção da sustentabilidade estão cada vez mais fortes e vamos continuar atuando junto aos elos da cadeia para que as nossas conquistas sejam cada vez maiores,” comenta Marcelo Okamura, diretor-presidente do inpEV.
Ainda de acordo com Okamura, o agronegócio pode servir de exemplo para outros setores. “Se o agro consegue ser sustentável e ter esse olhar atento ao meio ambiente, todos os demais setores também conseguem. Nosso objetivo também é servir de modelo e inspiração sobre economia circular e logística reversa.”
A programação para a celebração da data incluiu palestras para estudantes de todos os níveis, ação educativa e homenagens a centenas de agricultores por se destacarem ao cumprir sua parte para a destinação adequada das embalagens. Foram reconhecidos os produtores rurais que realizam a tríplice lavagem, inutilizam e entregam as embalagens nas unidades de recebimento credenciadas ao inpEV e ao Sistema Campo Limpo.
A série O Sistema que nos orgulha apresenta depoimentos de representantes de elos da cadeia do Sistema Campo Limpo – agricultores, fabricantes, registrantes, canais de distribuição e poder público – além de admiradores do programa de logística reversa de embalagens vazias de defensivos, referência mundial. Veja, abaixo, outros depoimentos:
Abaixo o depoimento de Lilian Ferreira, Secretária adjunta de licenciamento ambiental e recursos hídricos (SEMA/MT). Lilian destaca o case de sucesso e a relevância do Sistema Campo Limpo, além de trazer em seu depoimento a organização de toda cadeia produtiva e a defesa do meio ambiente.
Confira o depoimento de Renan Tomazele, Diretor técnico do Indea (MT), que destaca que o sucesso do Brasil resulta da união de todos os setores, enfatizando a consciência ambiental desenvolvida pelos agricultores brasileiros, que estão preparados para promover a devolução de embalagens vazias de defensivos agrícolas. Ele ressalta que a agricultura tropical do Brasil é uma das mais desenvolvidas do mundo, contando com um sistema eficiente que trata os resíduos de forma a não gerar passivos:
Confira o depoimento de Adilson Ruiz, Diretor comercial da Plastibras (MT):
Confira o depoimento de Jerusa Rech, Gerente de Defesa Agrícola da Aprosoja (MT):
Confira o depoimento de Ângelo Massambani, Head de Compra de Insumos do Grupo Scheffer (MT):
Confira o depoimento de Marcelo Machado, Diretor de Originação da Amaggi (MT):
Publicação enfatiza o desempenho do Sistema Campo Limpo durante o período, com destaque para o aumento de 10% no volume de destinação de embalagens vazias, comparado ao ano anterior, totalizando 53,2 mil toneladas
O Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV) acaba de divulgar seu Relatório de Sustentabilidade 2023, que reúne os principais resultados financeiros, operacionais e socioambientais do Sistema Campo Limpo, programa brasileiro de logística reversa de embalagens vazias e sobras pós-consumo de defensivos agrícolas.
A publicação destaca dados expressivos referentes à atuação e desempenho do Sistema que, em 2023, recebeu um volume de embalagens pós-consumo 10% superior ao registrado em 2022, destinando de forma ambientalmente correta 53,2 mil toneladas. Já na frente de educação ambiental, o Programa de Educação Ambiental (PEA) Campo Limpo impactou mais de 261 mil estudantes de 358 municípios de todo o país.
“Por meio desse documento, apresentamos nossas conquistas e desafios de forma concreta. Entre os destaques, vale citar a expansão do Sistema e o avanço do Programa de Gestão Integrada de Centrais, pelo qual o inpEV assumiu mais cinco centrais de recebimento só no ano passado”, ressalta Marcelo Okamura, presidente do Instituto.
No Relatório, é possível também conferir dados de ecoeficiência operacional do Sistema Campo Limpo, relacionados ao consumo de energia e água, geração de resíduos sólidos e emissão de gases do efeito estufa. Segundo estudo conduzido pela Fundação Eco+, o programa de logística reversa deixou de emitir 75.239 toneladas de CO2e apenas em 2023.
Veja os destaques do Relatório de Sustentabilidade 2023 no vídeo, abaixo, ou acesse o material na íntegra.
Durante o evento, cerca de 100 estudantes de escolas estaduais de Tocantinópolis participaram de palestras sobre a devolução adequada de embalagens vazias de defensivos agrícolas
O Recebimento Itinerante de embalagens vazias de defensivos agrícolas, realizado no dia 6 de junho, em Tocantinópolis (TO), teve um toque especial. Cerca de 100 alunos do ensino médio regular e técnico de escolas estaduais do munícipio – muitos deles filhos de produtores rurais – acompanharam o evento e participaram de palestras sobre a importância da devolução correta dos materiais pós-consumo.
A atividade educativa foi promovida pela Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Tocantins (ADAPEC), sendo as palestras ministradas por Antônio Francisco da Cruz Pacheco, Fiscal do órgão. A ação contou com a participação de estudantes do Colégio Estadual Dom Orione (curso técnico em Controle Ambiental), Colégio Estadual Professor José Carneiro de Brito e da Escola Estadual Paroquial Cristo Rei (curso técnico em Segurança do Trabalho).
“Essa iniciativa está alinhada ao propósito do Sistema Campo Limpo, que é destinar corretamente as embalagens vazias de defensivos e promover a educação e conscientização ambiental”, observa Ana Telma Maia, coordenadora Regional de Assuntos Institucionais do Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV).
“Esse momento não apenas ampliou nosso entendimento sobre a importância da devolução das embalagens, mas também nos motivou a disseminar essa prática consciente em nosso meio, visando promover uma cultura de responsabilidade ambiental e coletiva”, destaca Thais Sousa, estudante da segunda série do curso técnico em Segurança do Trabalho Integrado ao Ensino Médio, da Escola Estadual Cristo Rei.
Somente nesta ação de Recebimento Itinerante, 28 produtores rurais e empresas do agro devolveram suas embalagens vazias, resultando em um total de 1,1 tonelada de materiais recebidos. O evento foi realizado pela Associação do Comércio de Insumos Agropecuários da Região Tocantina (ACIART) em parceria com a Secretaria Municipal de Agricultura de Tocantinópolis e com o inpEV.
“O trabalho do inpEV como entidade gestora do Sistema Campo Limpo é vital para garantir que as embalagens vazias sejam processadas de maneira segura e sustentável”, ressalta Tiago Santos, diretor de Marketing de Proteção de Cultivos da Divisão Agrícola da multinacional
Tiago Santos é diretor de Marketing de Proteção de Cultivos da Divisão Agrícola da Bayer, uma das maiores empresas dos setores da saúde e agrícola do mundo. Formado em Engenharia Agronômica pela Unesp, tem mais de 20 anos de atuação no agronegócio brasileiro. Acumula experiência em empresas do ramo nas áreas técnicas, de vendas e marketing, com grande proximidade aos agricultores brasileiros. Nessa entrevista exclusiva ao Portal do Sistema Campo Limpo, o executivo destaca algumas iniciativas sustentáveis da companhia e fala sobre a importância do trabalho do inpEV, por meio do Sistema Campo Limpo.
1. Quais ações a Bayer tem desenvolvido para garantir a destinação correta das embalagens vazias de defensivos agrícolas?
A Bayer tem implementado diversas ações para garantir a destinação correta das embalagens vazias de defensivos agrícolas, visando preservar o meio ambiente, a segurança do trabalhador rural e do consumidor. Esse compromisso abrange todas as fases do ciclo de vida dos produtos, desde o desenvolvimento até a descontinuação, assegurando uma gestão segura e sustentável.
Temos várias iniciativas de orientação, rastreamento e apoio a programas em todo o mundo para garantir a reciclagem e eliminação seguras de embalagens e recipientes vazios. Só no Brasil, mais de 750 mil toneladas de embalagens foram destinadas desde 2002 por meio do Sistema Campo Limpo e do inpEV, do qual somos associados desde a sua constituição. O Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias conta com uma ampla operação de logística reversa das embalagens vazias de produtos da indústria de defensivos agrícolas, assegurando sua correta destinação. O país é referência na destinação ambientalmente correta desses materiais.
Essa parceria também nos permitiu desenvolver programas de design de embalagens ecologicamente corretas, implementar treinamentos para distribuidores e agricultores sobre o manuseio adequado dessas embalagens e testar opções de reciclagem de plástico.
2. Que outras iniciativas relevantes da companhia relacionadas à sustentabilidade você destaca?
A sustentabilidade permeia todas as nossas estratégias de negócio. Começamos dentro de casa e em nossas unidades fabris. A Bayer assumiu o compromisso de se tornar neutra em carbono e de reduzir em 30% a pegada de gases de efeito estufa no campo até 2030, por meio de medidas de eficiência energética e captura de carbono. Desde janeiro, 10 de nossos sites consomem energia de matriz 100% renovável e, até o final deste ano, serão 11 unidades no Brasil, incluindo Camaçari (BA). Este importante avanço é resultado de uma parceria firmada para os próximos 10 anos e já reduziu em 29% nossa emissão de CO2 em 2023, em comparação com 2019.
Desenvolvemos várias iniciativas de food chain e para escalar a agricultura regenerativa. Nosso programa de Carbono é referência no Brasil. Junto à Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e outros parceiros, estamos cocriando um mercado de carbono para agricultores, estimulando a adoção de práticas agrícolas regenerativas, aliando produtividade à redução e mitigação do impacto no meio ambiente, expandindo nosso olhar para adaptação e regeneração. Para a Bayer, a agricultura regenerativa é um modelo de produção baseado em resultados. Melhorar a saúde do solo é uma parte fundamental. Outros aspectos fundamentais incluem a mitigação das mudanças climáticas por meio da redução das emissões de gases de efeito estufa e do aumento da remoção de carbono, a manutenção, preservação ou restauração da biodiversidade nas explorações agrícolas, a conservação dos recursos hídricos por meio da melhoria da retenção de água e da diminuição do escoamento, além da melhoria do bem-estar social e econômico dos agricultores e das comunidades.
3. Quais são os principais desafios que a Bayer enfrenta na implementação dessas práticas sustentáveis?
Atualmente, temos dois grandes desafios ao apoiar os agricultores na intensificação de práticas sustentáveis. Um deles é a mensuração dessas ações, especialmente quando olhamos para o sequestro e as emissões de carbono na agricultura. Temos evoluído nesse aspecto por meio de nossa parceria com a Embrapa para tropicalizar as ferramentas de mensuração de carbono no ecossistema agrícola, nos programas de Carbono da Bayer. Outro desafio é escalar as soluções para que cada vez mais agricultores possam aderir a essas práticas e acessar diferentes elos da cadeia, considerando a demanda crescente por produtos que atendam a diversos critérios socioambientais, desenvolvendo seus negócios em conformidade com novas e rigorosas regulamentações climáticas no mundo todo.
4. Como avalia os resultados do Sistema Campo Limpo em termos de impacto ambiental e sustentabilidade?
Avaliamos os resultados do Sistema Campo Limpo como altamente positivos em termos de impacto ambiental e sustentabilidade. Desde 2002, o inpEV, por meio deste programa, tem desempenhado um papel crucial na destinação correta das embalagens de defensivos agrícolas, sendo um dos programas mais bem-sucedidos no mundo. Esse esforço e a parceria entre toda a cadeia têm contribuído substancialmente para a preservação do meio ambiente, reduzindo a contaminação do solo e da água e promovendo a reciclagem de materiais.
5. Gostaria que falasse da importância do trabalho do inpEV como entidade gestora Sistema.
O trabalho do inpEV como entidade gestora do Sistema Campo Limpo é vital para garantir que as embalagens vazias sejam processadas de maneira segura e sustentável. Ao colaborar com essa iniciativa, a Bayer reafirma seu compromisso com a responsabilidade ambiental, contribuindo para a preservação dos recursos naturais e a proteção do meio ambiente.
Universidade corporativa do inpEV já impactou mais de 400 colaboradores
Com o objetivo de ser uma ferramenta para apoiar o desenvolvimento de seus colaboradores, o Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV) lançou, em abril de 2023, a sua universidade corporativa: a uninpEV. Desde então, mais de 400 alunos já participaram dos cursos e acessaram os conteúdos voltados ao dia a dia de trabalho.
A plataforma EAD disponibiliza materiais de treinamento que visam o aprimoramento profissional, relacionados à execução de tarefas, gestão do tempo, desenvolvimento de liderança, entre outros. Além disso, há também conteúdos que visam o bem-estar, abordando assuntos como inteligência emocional, gestão do tempo e educação financeira.
“Nos dá muito orgulho comemorar o 1º ano de uninpEV. Avaliando os resultados obtidos, é possível ver com muita clareza que o desenvolvimento dos nossos colaboradores não se resume apenas à contribuição para o Sistema Campo Limpo. Trata-se de um investimento que será usufruído por eles em todas as fases de suas vidas. Isso nos motiva cada vez mais em persistir e trabalhar pela sua contínua ampliação”, aponta Silvana de Carvalho, gerente de Recursos Humanos do inpEV.
Algumas capacitações contam com o apoio dos próprios funcionários em sua execução, como cursos de integração das áreas, os técnicos e tutoriais. Os planos da uninpEV incluem a integração das áreas 100% EAD, programas de ensinos técnicos voltados para os cargos do inpEV e a disponibilização do acesso e temáticas voltadas para os dependentes dos colaboradores.
“Com o apoio do setor como um todo, a agricultura sustentável segue expandindo no Brasil. E nós temos participação ativa nesta evolução”, destaca o executivo, diretor de Operações Suplly Latam da multinacional e presidente do Conselho Diretor do inpEV.
Jorge Buzzeto é engenheiro químico formado pela PUC-RS, com pós-graduação e MBA em administração. Está na Syngenta há mais de 24 anos, onde atualmente ocupa o cargo de Diretor de Operações Suplly Latam. Tem forte atuação no inpEV e Sistema Campo Limpo, sendo presidente do Conselho Diretor do Instituto. Em entrevista ao Portal do Sistema Campo Limpo, o executivo destaca a importância do trabalho desenvolvido no Instituto, faz um balanço de sua gestão e exalta a sustentabilidade no agro brasileiro.
1) A Syngenta é associada ao inpEV há mais de 20 anos. O que esse compromisso representa para a empresa?
A Syngenta foi uma das pioneiras na criação do inpEV e sempre participou ativamente do Conselho Diretor da Instituição. Vemos o inpEV como fundamental à indústria, tanto pela gestão da logística reversa das embalagens vazias quanto pela função social que o Instituto exerce, fazendo com que este material recebido do campo gere receita para quem está envolvido nesta cadeia de valor. Para a Syngenta, isto sempre foi de crucial importância e está totalmente alinhada com nossa agenda de sustentabilidade. Inclusive, divulgamos recentemente nossas novas prioridades de sustentabilidade, avançando em nossa agenda de ESG, e o tema de reciclagem de embalagens vazias se encaixa perfeitamente em nosso compromisso de Operações Sustentáveis.
2) Qual balanço de seu novo ciclo à frente do Conselho Diretor do inpEV?
Acredito que tenho me envolvido no Conselho Diretor do inpEV há mais de 5 anos, ora como Presidente do Conselho, ora como Vice-Presidente ou membro representante da Syngenta. Neste novo ciclo, entendo que estejamos dando continuidade ao trabalho exemplar de outros anos em busca de otimizar o sistema e buscar a autossustentabilidade financeira do inpEV, bem como de reforçar a Governança Corporativa do Instituto. Acabamos de definir o plano estratégico para os próximos 5 anos e temos definidas ações que maximizam nossas opções e, mais do que isso, definimos um plano de expansão de nossas centrais de recebimento e processamento de embalagens no sentido de acompanhar o crescimento da agricultura no Brasil. Acabamos de inaugurar Centrais no RS, expandimos centrais no Mato Grosso e estamos indo para Gurupi no Tocantins, seguindo o movimento de expansão da agricultura no Brasil.
3) O Brasil atingiu, recentemente, a marca de 750 mil toneladas de embalagens vazias de defensivos agrícolas destinadas corretamente. O que contribui para que o Sistema Campo Limpo seja uma referência mundial em logística reversa desses materiais?
O fato de que termos este volume de recebimento, o que representa aproximadamente 95% das embalagens geradas no Sistema. Também geramos valor aos recicladores quando eles usam estes materiais recebidos para gerar novos produtos, como condutores elétricos e materiais de uso em saneamento, entre outros. O sistema é um sucesso, o que nos orgulha bastante.
4) A indústria fabricante de defensivos agrícolas é um importante elo da cadeia do Sistema. Quais os principais desafios na atuação desse e dos demais elos para que o programa de logística reversa seja cada vez mais eficiente e aprimorado?
O Sistema é dependente de muitos elos da cadeia como distribuidores, cooperativas, agricultores, órgãos de governo e a própria indústria. Posso dizer que o Programa tem o apoio destes diversos atores, mas sempre temos que garantir que estas relações estejam balanceadas e baseadas na lei e na confiança de todos os atores. Nosso trabalho, como inpEV, também é de reforçar estes elos da cadeia com proximidade e excelência em nossas operações de logística reversa.
5) Na sua opinião, as práticas sustentáveis no campo têm acompanhado a expansão do agro brasileiro?
Sem dúvida alguma. O Brasil tem uma legislação muito clara sobre proteção de mananciais, de seus biomas, de manutenção das propriedades rurais e o agro tem evoluído muito em novas geografias, em rastreabilidade de seus produtos e assim por diante. Práticas regenerativas, como plantio direto e rotação de culturas, já são aplicadas há anos por agricultores brasileiros, que estão cada vez mais atentos às necessidades ambientais, bem como, às expectativas dos consumidores finais. Com o apoio do setor como um todo, a agricultura sustentável segue expandindo no Brasil. E nós, como inpEV, temos participação ativa nesta evolução.
Unidade está mais ampla e em localização estratégica, a fim de facilitar o acesso dos agricultores da região
O Posto de Recebimento de Embalagens Vazias de Defensivos Agrícolas do município de Guaxupé (MG) está em operação em um novo local desde a última segunda-feira (29/04). A unidade, gerida pela Associação de Preservação Ambiental de Minas Gerais (Apamig), tem capacidade para receber 100 toneladas de materiais por ano e passa a funcionar na Rodovia Guaxupé/Tapiratiba, Km 64, bairro Macedos.
“O novo endereço foi escolhido estrategicamente para facilitar o acesso dos agricultores da região. O espaço ficou mais amplo, para atendê-los cada vez melhor. Assim, proporcionamos uma experiência mais eficiente aos produtores locais e mantemos o compromisso com a sustentabilidade”, ressalta Jair Furlan, coordenador Regional Institucional do inpEV.
Minas Gerais conta com 70 unidades de recebimento ligadas ao Sistema Campo Limpo, sendo 63 postos e 7 centrais. Em 2023, o estado foi responsável pela destinação ambientalmente correta de 2.934 toneladas de embalagens vazias.
Saiba mais sobre os postos de recebimento
Os postos de recebimento têm área mínima de 80 m2 e são geridos por associações ou cooperativas que integram o Sistema Campo Limpo. São responsáveis por receber, inspecionar e classificar as embalagens lavadas e não lavadas; emitir o recibo de confirmação da devolução feita pelos agricultores; e encaminhar esses materiais para as centrais de recebimento.