Sistema Campo Limpo é sinônimo de sustentabilidade e de economia circular. A produção de embalagens, sistemas de vedação de alta performance e outros artefatos com as resinas pós-consumo das embalagens vazias estende o ciclo de vida do plástico, reduzindo a extração de matérias-primas virgens e, consequentemente, a geração de resíduos, o uso de energia e de água e a emissão de gases de efeito estufa (GEE).

A embalagem Ecoplástica® e o sistema de vedação Ecocap® são fabricados pela Campo Limpo Reciclagem e Transformação de Plásticos e Campo Limpo Tampas, idealizadas pelo inpEV e que começaram a operar, respectivamente, em 2008 e 2014. Os lucros obtidos com a comercialização dos dois produtos são reinvestidos no próprio Sistema.

Atualmente, existem 38 artefatos aprovados pelo inpEV, que podem ser produzidos com a resina pós-consumo, a exemplo dos tubos para esgoto usados na construção civil, os postes de sinalização para o setor de transportes e as cruzetas para postes de energia. Em 2023, foram aprovados quatro novos artefatos idealizados pelos recicladores, dois deles pela Campo Limpo. Com maior valor agregado que a resina, esses itens geram mais renda a parceiros ao serem comercializados.

Os ganhos ambientais do Sistema Campo Limpo não se limitam aos impactos evitados. O inpEV se mantém comprometido com o uso eficiente de recursos naturais e desenhou o modelo arquitetônico das centrais sustentáveis, que prevê sistemas de captação de água de chuva, painéis fotovoltaicos para geração de energia elétrica e uso eficiente de iluminação natural.

Segundo estudo conduzido pela Fundação Eco+, cada Ecoplástica®
de 20 litros evita a emissão de
1,24 kg de CO2e

Inovação

Atualmente, o Sistema garante a destinação ambientalmente adequada de 100% das embalagens que recebe, das quais 97% são encaminhadas para a reciclagem. Vale destacar que a reciclagem das embalagens primárias1 plásticas rígidas (lavadas e não lavadas) alcança 100%. Focado em aumentar o percentual de reciclabilidade, o inpEV investe constantemente em pesquisa e desenvolvimento.

Fruto de uma inovação desenvolvida no ano anterior, em 2023 teve início a reciclagem das bolhas (parte plástica) do Intermediate Bulk Container (IBC), que armazena grande quantidade de defensivos agrícolas. Vale lembrar que, desde 2016, as estruturas metálicas do IBC deixaram de ser incineradas e começaram a ser reutilizadas.

Em parceria com um reciclador, o Instituto também desenhou uma solução para reciclar as embalagens flexíveis, hoje incineradas, que entrará em operação em breve.

1. Aquelas que entram em contato com o produto.

Emissões de GEE evitadas pelo Sistema

A Fundação Eco+ calcula todos os anos os ganhos que a existência do Sistema Campo Limpo gera ao meio ambiente. A metodologia adotada está em linha com normas internacionais de avaliação de ciclo de vida de embalagens.

O estudo mais recente apontou que apenas em 2023:
75.239
toneladas de CO2e deixaram de ser emitidas para a atmosfera.

4 bilhões
de megajoules de energia e
43,5 milhões de litros de água também deixaram de ser consumidos.

No acumulado 2002-2023:
1,05 milhão
toneladas de CO2e evitadas, o que corresponde às emissões de
19.830 viagens
de caminhão ao redor da Terra.

7,5 milhões
de árvores teriam que ser plantadas para compensar essas emissões caso o Sistema não existisse.

GESTÃO AMBIENTAL
 GRI 3-3, 302-1, 303-3 

O inpEV monitora o consumo de energia e de água de suas unidades, sempre buscando oportunidades de otimização. Em fevereiro, teve início a operação da usina solar da central de Unaí (MG), o que fez crescer 169% a autogeração de energia em relação a 2022. A central já era abastecida por energia solar e agora, com a ampliação da infraestrutura, o excedente gerado é distribuído entre as outras seis centrais no estado: Montes Claros, Patrocínio, Pouso Alegre, São Joaquim de Bicas, São Sebastião do Paraíso e Uberaba.

Desde 2022, o Sistema conta também com a usina da central de Guariba (SP), que abastece as centrais paulistas de Araçatuba, Araraquara, Ituverava e São José do Rio Preto.

Em comparação com o ano anterior, o consumo de energia cresceu 21% em 2023 e o de água, 27,6%, reflexo do aumento do número de centrais gerenciadas diretamente pelo Instituto.

Ao longo de 2023, o inpEV também concluiu o primeiro inventário de emissões de GEE do Sistema Campo Limpo segundo a metodologia GHG Protocol. O inventário incluiu as emissões de 2022 dos escopos 1 (diretas), 2 (indiretas ligadas à aquisição de energia elétrica) e 3 (outras emissões indiretas). Essa primeira medição foi parcial para o escopo 3. Os dados completos estão disponíveis na plataforma de Registro Público de Emissões do Programa Brasileiro GHG Protocol.

CONSUMO DE ENERGIA (GJ)
 GRI 302-1 

2021

2022

2023

Autogeração (energia solar)1

40,6

114,9

309,0

Aquisição de energia elétrica
(centrais de recebimento)2

1.373,4

2.003,6

2.173,7

Aquisição de energia elétrica
(escritório administrativo)

121,2

135,6

139,3

Total

1.535,2

2.254,1

2.622,0

1. Em 2021, somente a central de recebimento de Unaí (MG) realizava a autogeração. A partir de março de 2022, o processo passou a ser realizado também na central de Guariba (SP) e, em 2023, foi ampliado em Unaí.

2. O indicador monitora todas as centrais sob gestão do inpEV em cada ano: 35 em 2021, 58 em 2022 e 61 em 2023.

169%
foi o aumento da
autogeração de energia
em relação a 2022.

CAPTAÇÃO DE ÁGUA1 (m3)  GRI 303-3 

2021

2022

2023

Poço artesiano2

10.348

10.163

15.803

Concessionárias de saneamento3

2.678

6.322

5.228

Total

13.026

16.485

21.031

1. Todo o consumo é de água doce (com até 1.000 mg de sólidos dissolvidos por litro de água). As informações se limitam às centrais gerenciadas pelo inpEV que contam com hidrômetro ou são atendidas por concessionárias de saneamento. No escritório em São Paulo (SP), localizado em um condomínio empresarial, não é possível individualizar o consumo

2. Os dados incluem as centrais com hidrômetro: 25 em 2021, 42 em 2022 e 45 em 2023.

3. Centrais atendidas por concessionárias: 10 em 2021 e 16 em 2022 e 2023.